OMS alerta “iminente catástrofe de saúde pública” por falta de água limpa em Gaza

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
[email protected]

ONU também chamou atenção para o risco de mortes de bebês e crianças por desidratação

Norte da Faixa de Gaza está sendo reduzida a escombros antes de possível entrada por terra das tropas israelenses. Foto: Flickr/ONU
Norte da Faixa de Gaza reduzida a escombros. Foto: Flickr/ONU

Um representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta terça-feira (31), que uma “catástrofe de saúde pública” é iminente na Faixa de Gaza.

A situação precária da população é resultado da superlotação das instalações hospitalares, em meio ao deslocamento em massa de civis e danos à infraestrutura de água limpa e saneamento na região. 

A situação se agrava ainda mais quando se trata dos bebês e crianças. Na mesma ocasião, um porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou sobre o risco de mortes de pequenos por desidratação.

A Oxfam, entidade que reúne diversas ONGs humanitárias ao redor do mundo, chegou a declarar que Israel usa a fome como arma de guerra contra os civis em Gaza, que só recebeu cerca de 2% de toda a ajuda humanitária destinada por diversos países.

Muitos caminhões com mantimentos básicos estão travados no Egito, na fronteira entre Rafah e Gaza, por causa das inspeções rigorosas feitas por Israel.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) tem alertado, inclusive, que privar a populações de itens básicos é considerado um crime de guerra e Israel pode ser julgado por descumprir as regras no Tribunal Penal Internacional (TPI).

O conflito

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) afirmou netsa terça que atingiu 300 locais, no seu último ataque a Gaza.

Os militares de Israel estão “atacando em todas as partes da Faixa de Gaza”, afirmou o porta-voz Jonathan Conricus, que disse aos residentes de Gaza para fugirem para o sul.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 8.525 palestinos, incluindo 3.542 crianças, foram mortos por ataques israelenses desde 7 de outubro. 

O porta-voz Ashraf al-Qudra disse que 130 profissionais de saúde foram mortos e 15 hospitais estavam fora de serviço, além de 32 centros de saúde.

Com informações da Reuters

Leia também:

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador