A vulnerabilidade externa

Do Estadão

Crise derruba saldo comercial ao nível de 2003

Superávit cai para US$ 24,7 bilhões, mesmo patamar do início do governo Lula; queda ante 2007 é de 38,7%

Sérgio Gobetti, BRASÍLIA

O superávit da balança comercial brasileira, dado pela diferença entre exportações e importações, fechou 2008 em US$ 24,7 bilhões, voltando ao nível do início do governo Lula. Foi o pior saldo em seis anos e 38,2% menor do que o de 2007. O resultado só não foi pior porque em dezembro as importações caíram mais do que as exportações, como reflexo da alta do dólar, que torna os produtos estrangeiros muito mais caros (continua)

Luis Nassif

27 Comentários

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  1. Logo abaixo da matéria tem um
    Logo abaixo da matéria tem um comentário de um leitor do Estadão, onde ele xinga Lula e seu governo, mente, distorce a realidade, com uma virulência e ódio dignas daqueles que jogam sobre os ombros do governo as suas próprias mazelas.

    Na minha concepção, o governo FHC foi o pior de toda a história do Brasil, incluindo até os da ditadura. Foi o mais entreguista, corrupto e apátrida, o mais venal, o que mais esqueceu os pobres e desvalidos, o que mais beneficiou os ricos.

    Quanto a Lula, ele não vem fazendo tudo que prometeu e que deveria fazer: repatriar a Vale, dar prioridade absoluta à educação, controlar os juros bancários (nem falo de SELIC), melhorar em níveis mais aceitáveis a distribuição de renda. Mas mesmo com todas as dificuldades, os escândalo verdadeiros e gerados pela mídia, a falta de coragem de enfrentar esse mídia comprometida e corrupta, mesmo assim, o Governo Lula é o melhor que o país já teve, o que mais avançou nas questões sociais, que tirou o Brasil das mãos do FMI e do Clube de Paris, que melhorou o salário mínimo em proporções mais humanas, que devolver a auto-estima aos brasileiros. E não falo isso sozinho, tenho a companhia de 83% dos brasileiros. Não é possível que uma nação inteira esteja errada enquanto só 7% de iluminados é que têm a verdade.

  2. O resultado da balança
    O resultado da balança comercial não demonstra vulnerabilidade externa do país,pelo contrário,o aumento das importações,provocadas por um câmbio apreciado,possibilitou neste momento um pesado investimento na modernização de nossas indústrias que,agora,na virada do câmbio,poderão concorrer em condições melhores para exportação,tanto em preço como em qualidade.
    Para este ano as importações já deverão apresentar uma queda bastante acentuada e,o câmbio,ainda uma incognita,com certeza servirá como um freio.
    As exportações,principalmente as de commodities agrícolas,ainda que tenham seus preços ligeiramente diminuídos,continuarão em ritmo forte o que possibilitará a manutenção de superávit comercial do país,isso sem contar que um possível reaquecimento,ainda que vagaroso,da economia mundial possibilitará uma maior participação de nossos manufaturados no mercado interancional.
    Enfim,se o céu não é de brigadeiro,também grandes tempestades não deverão ocorrer.

    Ligeiramente diminuídos em 50%.

  3. O superavit de U$24,7 bilhões
    O superavit de U$24,7 bilhões , não intimida. Temos que olhar e ver que as exportações cresceram cerca de 23%. O país exportou 198 bilhões de doláres. O crescimento das exportações vem se mantendo nos últimos 6 anos. Agora com a desvalorização do real estima-se que a indústria faturará 34 bilhões mais, com a substituição de importações. Isto interessa ao Brasil, pois, igualmente fortalece a demanda e o mercado interno, mantendo o crescimento,. Ademais, o Brasil vem mantendo o nível de reservas.
    Os números devem ser contextualizados.
    Apenas a armadilha dos juros altos é que ainda NÃO se desarmou.
    Mas ocãmbio já esta se ajustando.
    E ainda, o Governo está atento e tomando as medidas oportunas para enfrentar a desacelaração no crescimento..

  4. Creio que a vulnerabilidade
    Creio que a vulnerabilidade externa já estava anunciada pelo erro da Política Monetária que provocou a queda do dólar no Brasil.

    É preciso tomar cuidado, os mesmos que agora apontam a vulnerabilidade externa como o maior problema a enfrentar pelo BACEN, são os mesmos que no final de 2007 diziam que a queda do Superávit Comercial não era um problema e sim uma virtude, e que o COPOM deveria continuar aumentando os juros da Selic.

    Agora que a realidade chegou, as mesmas pessoas apontam a mesma vulnerabilidade externa como o maior problema e a razão pela qual o COPOM deve manter os altos juros da Selic senão não haverá como financiar a Balança de Pagamentos. Estão propondo que o Brasil continue refém do capital externo de curto prazo.

  5. De qualquer maneira creio que
    De qualquer maneira creio que as condições da contas externas ainda não está claro.

    Depende de como irá ficar a tendência do saldo da Balança Comercial, da capacidade das empresas instaladas no Brasil em substiutir as importações.

    Pelo que estamos observando no mecado internacional, os preços dos manufatirados também estão em forte queda no mercado internacional, mas o determinante será as condições de crédito tanto para exportar como para importar.

  6. Só um detalhe que estão
    Só um detalhe que estão escondendo,as exportações e as importações tiveram um acréscimo de quase 47 por cento,logo…
    A melhor matéria sobre o assunto foi no Jornal da Record que em matéria de informar corretamente está dando de cem a zero no jornal nacional.Ontem, entrevistaram um especialista que disse que o Brasil aproveitou o bom momento para modernizar o parque industrial,fato que a globo faz questão de esconder.Eu só assisto o tal jn quando quero verificar como eles vão manipular certas notícias e essa foi uma delas.

  7. O bom da matéria foi o
    O bom da matéria foi o comentário do rapaz dizendo q “o Lula pegou um país arrumado , no piloto automático , deixado pelo FHC” ! Esse é o bem-informado !

  8. Nassif,

    1. A discussão que
    Nassif,

    1. A discussão que precisa ser feita refere-se aos impactos que a crise terá sobre o PDP – Plano/Programa de Desenvolvimento Produtivo. Desenhado com um conjunto de metas para a ampliação da participação brasileira no comércio internacional, para a modernização tecnológica e agregação de valor à pauta exportadora, para a ampliação da atuação das microempresas no comércio exterior, etc., sob coordenação do MDIC e ABDI, o PDP é o programa governamental que corre maior risco de não alcançar êxito, a meu ver, dado o cenário atual.

    2. Concordo com a Adnan. Considero, além disso, que ainda que o volume financeiro das exportações tenha alguma queda, do ponto de vista da distribuição de renda, a substituição de importações tem efeito mais direto do que o aumento das exportações. Em geral, as empresas que operam apenas no mercado interno são menores e com menores índices de agregação tecnológica, demandando maior ocupação de mão-de-obra. Mantido o atual nível de exportações, em volume, substituindo-se as importações, creio que teríamos um cenário de fortalecimento do mercado interno, importante pelos seus efeitos sociais. Quanto ao problema na balança de pagamentos, considero que o governo terá que lidar com a restrição ao fluxo cambial. É preciso evitar que a sangria de remessas continue ou se acentue, causando aí sim, desequilíbrios graves. Há ainda as remessas ilegais e a necessidade de repatriação desses valores. Nestas áreas, em que o governo tem se mantido relutante, a crise pode estar ofererendo a oportunidade para a ação mais decidida.

    Bom final de semana.

  9. Creio que vários setores
    Creio que vários setores poderão aproveitar a correção cambial para substituir os importados, mas o fundamental é o governo sinalizar já com uma forte redução dos juros da selic para evitar uma nova queda do dólar no Brasil assim que ocorrer uma recuperação do Superávit Comercial.

    Este é o ponto fundamental, é preciso criar condições para evitar uma nova queda do dólar no Brasil.

    Ao sinalizar com a redução dos juros da Selic as empresas poderão se sentir a vontade para investir no aumento da produção para poder os importados.

  10. Nassif,

    quando vejo notícias
    Nassif,

    quando vejo notícias de economia deste tipo sinto falta de uma comparação básica: Qual era a previsão para este dado no início do ano?

    Se bem me lembro, previa-se uma queda para 20 a 25 bi, comparados com os 40 de 2007. Isto ainda considerando um possível resultado favorável da conta petróleo, que ainda não havia acontecido com auto-suficiencia em quantidade e que, peo contrário, os preços absurdos durante o ano levaram a um deficit significativo.

    Se, mesmo com crise no último trimestre, chegamos a 25 bi e com exportações crescendo 23% com o câmbio tão valorizado, parece que fizemos muito melhor do que nos julgavamos capazes.

  11. Concordo que as importaçoes
    Concordo que as importaçoes foram na sua maioria para melhorar as empresas nacionairs. Concordo que estamos aumentando as nossas exportaçoes. Entretanto acho tambem que nao devemos nos esquecer que estamos vivendo numa economia globalizada e por consequencia nao estamos imunes a tempestade.

  12. Concordo com o Adan El Kadri.
    Concordo com o Adan El Kadri. Os números da balança comercial em 2008 foi excelente.
    Quanto aos juros altos, Lula precisa criar coragem e mudar TODA diretoria do BC.
    É um absurdo estarmos em melhor situação que outros emergents e pagarmos os juros como se estivéssemos em pior situação

  13. Peraí… A Crise não foi a
    Peraí… A Crise não foi a responsável pela diminuição do superávit!
    Foi a política de valorização exagerada do real que o fez,ao longo do ano!

  14. É comovente o esforço do PIG
    É comovente o esforço do PIG (Partido da Imprensa Golpista) e da oposição para inflar a crise! É patético! Se agarram a cada novo episódio, como náufragos, a berrarem: agora a crise vem! Agora o Lula sifu! ô alminha pequena, gente! Estão se enforcando com a própria corda!

  15. “O resultado só não foi pior
    “O resultado só não foi pior porque em dezembro as importações caíram mais do que as exportações, como reflexo da alta do dólar, que torna os produtos estrangeiros muito mais caros.”.

    Nassif, isso não demonstra que já se iniciou um processo de reversão da balança comercial e que, daqui em diante, a tendência será o crescimento do superávit comercial, até em função da substituição de importações que, segundo projeções, poderá chegar a US$ 34 Bilhões??

    Creio que sim.

    Além disso, as vendas de automóveis cresceram 9,4% em Dezembro em relação à Novembro, mostrando que a redução de impostos promovida pelo governo federal já surtiu efeito.

    Veja isso, Nassif:

    “IPI menor impulsiona venda de veículos”:

    A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de carros e picapes impulsionou as vendas de veículos em dezembro, totalizando 194.520 licenciamentos –9,4% a mais do que em novembro–, informa Tatiana Resende na edição de hoje da Folha. A reportagem completa está disponível apenas para assinantes do jornal e do UOL.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u485672.shtml

    E mesmo com toda a turbulência financeira de 2008, as reservas internacionais líquidas do Brasil cresceram US$ 26 Bilhões em 2008 e terminaram o ano em US$ 206,8 Bilhões.

    Notícia:

    “Reservas internacionais terminam 2008 em US$ 206,8 bilhões

    As reservas internacionais do Brasil encerraram o ano de 2008 em US$ 206,806 bilhões. No final de 2007, estavam em US$ 180,334 bilhões.”

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u485567.shtml

    E como neste mês o Banco Central irá iniciar um processo de redução da taxa Selic, e que deverá se estender durante todo o ano de 2008 (a previsão é que os juros terminem 2009 em 12% ao ano), e o salário mínimo será reajusta para R$ 465, subindo 12% em relação aos atuais R$ 415, então creio que as perspectivas da economia brasileira são bem melhores do que se imaginava até a alguns meses atrás.

    E as notícias mais recentes vindas dos EUA mostram que o pacote de estímulo econômico de Obama pode chegar a assombrosos US$ 1 Trilhão.

    Notícia:

    Obama divulga plano econômico; principal meta é criar 3 mi de empregos

    Obama não quer apenas criar empregos a curto prazo, mas estimular o crescimento e a competitividade econômica a longo prazo. Entre as medidas de estímulo figuram a realização de obras de infraestrutura, a modernização do sistema de saúde e a construção de instituições de ensino “do século 21”, assim como “um desconto fiscal direto para 95% dos trabalhadores americanos”.

    De acordo com a imprensa americana, a conta apresentada aos congressistas pela nova administração pode chegar a impressionantes 850 bilhões de dólares, enquanto alguns analistas chegam a especular cifras na casa do trilhão.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u485742.shtml

  16. Do jeito que os preços de
    Do jeito que os preços de produtos la fora estão despencando, logo voltaremos a ter a invasão de produtos importados, o dolar abaixo R$ 2,40 não consegue segurar. Estão tirando muita margem la fora, e os importadores aqui tinham muita gordura para queimar. E como acabou a farra dos gringos comprarem tudo o que tinha pela frente, vamos ver nossa balança comercial minguar.

  17. NASSIF

    A imprensa,
    NASSIF

    A imprensa, infelizmente, esquece-se que, os sete primeiros anos do governo FHC, houve um déficit de 47 bilhões na balança comercial, à mercê da implantação do Plano Real.

    Por sinal, lembro-me que, na Folha, V. Sa. foi um das poucas vozes das poucas vozes do jornalismo econômico a se expor contra o Plano, principalmente com relação à manutenção do câmbio fixo, baseada na âncora cambial, que funcionava na base no pamento de juros extraordinário elevados, para o real não se desvalorizar.

    Essa política do FHC levou o Brasil a uma degradação financeira, com uma dívida interna na ordem de 60% do PIB e uma dívida externa altíssima, que trouxe alto risco ao País.

    Só com o câmbio flutuante, FHC conseguiu, no último ano, um saldo de aproximadamente 10 bilhões de dólares, em virtude de seu plano ter virado água, desvalorizando o câmbio, que voltou a flutuar e que levou novamente o Brasil no caminho de uma melhoria econômica.

    Sei que já tivemos saldo comercial muito melhor do que este e se projeta, ainda, para o ano vindouro um decréscimo ainda maior.

    Mas é tão importante assim ter altos saldos comerciais ou manter exportação e importação em alta, de forma a desenvolver melhor e economicamente o País, além de dar melhores condições de vida e desenvolvimento ao povo brasileiro ?

    Vender demais no exterior e quase nada importar levá-nos a excassez e à inflação.

    Hoje, como temos um reserva cambial muito boa, se não estou errado, a maior de toda a nossa história, que mata, por si, a dívida externa toda, além de termos reduzida a divida interna a pouco mais de 30 % do PIB, continuará ser importante obter grandes resultados na balança comercial ?

    Acredito que a grande falha atual do governo Lula está sendo a manutenção de altas taxas de juros, desnecessariamente, pois a oferta está muito maior, cada vez mais, do que a demanda, diante da crise, tornando inócua e inoportuna uma política de juros altos.

    Estamos jogando dinheiro pela janela e nisto acho procederia uma crítica forte.

    No entanto, quanto à balança comercial a crítica parece-me improcedente, diante do aumento das exportações.

    Por sinal, o aumento das importações parece-me até benéfico,, principalmente pela qualidade da importação que mais se dirige à melhoria do nosso setor produtivo do que ao próprio consumo.

    Ademais, alguns produtos importados, quando para o consumo, estão mantendo os nossos em patamar menos ambiciosos.

    A melhoria das exportações e importações revelam o substancial progresso econômico do País, que hoje, inclusive, já possue um razoável mercado interno.

  18. Mas maior, muitíssimo maior,
    Mas maior, muitíssimo maior, que qualquer saldo comercial durante o governo demo-tucano, aquele que só passou por crises em países periféricos*, nenhuma nas maiores economias do mundo, nem tão duradoura.
    *Tailândia, Turquia, México

  19. O atraso tecnológico é a bola
    O atraso tecnológico é a bola chumbo amarrada no pé da indústria. Nosso parque industrial é obsoleto na raiz, e a pesquisa industrial simplesmente inexiste. O que está ai é a exceção para confirmar a regra.

    A única saída para isto é fazer como a China, criar zonas de exclusão econômica (leis tributárias, trabalhistas e civis diferenciadas) dentro da nação e promover a importação de tecnologia e maquinário para dar o gostinho da produção nacional. Manaus antigamente foi assim, hoje o sistema teria de ser mais difuso, digamos 300 áreas de 1000 hectares espalhadas por todo o pais, é uma fração insignificante do território nacional mas teria o condão de mostrar ao povo um verdadeiro capitalismo de mercado, sem ter de destruir o arcabouço jurídico-democrático que impera atualmente.

    Uma pequena, bem pequena área, para que brasileiros e estrangeiros que queiram efetivamente trabalhar, possam desenvolver o seu potencial sem as peias de um estado falido a lhes cingir.

    Este pequeno , porém significante passo, que aliás está elencado na carta de lançamento da OMC, teria o condão de despertar o espírito animal do capitalismo, adormecido que está em nossa nação.

    Lula pode passar para a história como O ESTADISTA, é só querer, vontade política, nunca foi tão fácil.

  20. Os ingressos por exportações
    Os ingressos por exportações deveriam cair em 2009 pela redução dos preços dos produtos exportados (commodities) e pela redução do volume exportado, por causa da recessão internacional. Além disso, a expansão das exportações já vem mostrando uma velocidade menor que a das importações há vários anos, fruto do aumento do custo brasileiro, por causa do real valorizado, e da própria demanda externa, minguante desde 2007. Já as importações mostraram renovado vigor, pelos motivos opostos: real valorizado e aumento da demanda interna. A recessão externa é um fato, assim como a desvalorização do real, já a diminuição da demanda interna ainda é uma incógnita: enquanto o governo projeta crescimento entre 3,5% e 4%, o mercado projeta 2%. De qualquer forma, ambos projetam crescimento. A parada do 4T de 2008 deveu-se muito mais a uma contração do crédito do que a uma contração da demanda. O Natal daquí foi positivo, o de lá fora, negativo. A dívida pública foi drásticamente reduzida com a desvalorização, ao contrário do que aconteceu no passado, o que é muito bom. Tudo isso mantém as expectativas inflacionárias, ao menos na cabeça do BCdoB, intactas, com o dólar pressionando pra cima. Se o Brasil conseguir navegar por esses mares turbulentos com juros baixos e câmbio estável (e alto), pode muito bem tirar algo do atraso a respeito do mundo do período 2002-2007, quando todos cresceram mais do que o Brasil. A expectativa do brasileiro como o Brasil ainda é alta. O 2009 será de difícil equaçãoghjk, mas sem dúvida, a situação é muitíssimo melhor que a do período 2000-2002. O problema lá fora é que é muitíssimo maior.

  21. Gente, vcs. estão falando de
    Gente, vcs. estão falando de um superávit do início do governo Lula…superávit !!!

    Substituição de importações neles…

    Estão parecendo a Dª Miriam Leitão, criando uma crise maior do que ela é…calma…catastrofistas…o Br ainda não quebrou…

    Depois de uma crise mundial dessas ainda querem ser uma ilha de prosperidade nesse mundão em chamas…

    Sempre ouvi dizer do preço médio…uma hora está alto, outra está baixo e vai se compensando…
    Por aqui, só está bom no pico…saiu dele estamos em crise..pera lá.

    Calma que a situação é difícil mas não é deseperadora…é preciso falar nos indicadores que foram positivos, apesar de toda a crise, como o mercado interno, p.ex.

    Foram muitas decisões positivas do BC desde o início, que apesar dos críticos ferozes, deram uma condição do país aguentar mais todo o tsunami…CALMA afobados…

    Reforçem o crédito e vamos lá…

  22. Aqui do Alto Xingu, os índios
    Aqui do Alto Xingu, os índios alertam quanto às perspectivas macroeconômicas para 2009: 1) haverá uma seqüência de taxas de crescimento progressivamente negativas do PIB a partir do 3T08 até o 2T09 e apenas uma ligeira melhoria no 2S09; 2) para 09, os índios estão revisando a taxa de expansão do PIB, de 2,5% estimados há dois meses, para algo entre 0%-0.5%, à vista da severidade da depressão mundial e, internamente, devido à forte retração dos investimentos e do setor industrial; 3) face à gravidade da crise,o Banco Central será forçado a sair da torre de marfim do autismo da sua política ortodoxa de metas de inflação em que se encastelou para reduzir a Selic por pelo menos quatro vezes até fins de 09, 0,5% a cada vez; 4) a deterioração da balança comercial (exportações caindo mais que importações) e dos investimentos diretos estrangeiros conduzirá a taxa de câmbio para faixa entre R$2,70-3.00, ao final de 09.

  23. Esse Pig não tem remédio.Nos
    Esse Pig não tem remédio.Nos anos de 03 a 06 criticavam o saldo da balança comercial alegando a importancia das importações que deveriam
    se equiparar,em número,às exportações;saldo favoraval em balança comercial só para paises de produção agricola ou mineral.
    Agora,mudam o discurso;querem,ou dizem querer,o saldo positivo.
    Ainda bem,que lhes falta a credibiliadade perdida.

  24. Olá Nassif, o desequílibrio
    Olá Nassif, o desequílibrio do governo nas decisões econômicas gerou grandes problemas na economia, desemprego em massa, queda de vendas no comércio, e os juros continuam alto, tudo isso influencia no mar da desilusão perante a população.E para este novo ano não temos perspectivas de melhora, é deprimente, no primeiro mandato o Lula fez a li~ção de casa, mas nesse mandato n~~ao acertou e quem paga a conta é o povo brasileiro.

  25. Do Clipping de Notícias do
    Do Clipping de Notícias do Ministério da Fazenda

    http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2008/12/4/recessao-e-heterodoxia

    Recessão e heterodoxia Autor(es): Paulo Nogueira Batista Jr.
    Folha de S. Paulo – 04/12/2008

    O governo Obama terá de patrocinar uma política fiscal heterodoxa e fortemente expansionista

    HOJE QUERO falar um pouco do desastre econômico aqui nos Estados Unidos. Tudo começou com a esplêndida turma da bufunfa. A economia americana foi transformada em uma imensa Los Angeles.

    Como observou Keynes, “quando o desenvolvimento de um país se torna o subproduto das atividades de um cassino, o trabalho será provavelmente malfeito”.
    Vários anos de especulação desenfreada levaram os Estados Unidos (e com eles boa parte do resto do mundo) à maior crise financeira desde a Grande Depressão da década de 1930. A crise financeira provocou o colapso da oferta de crédito e da demanda agregada, jogando a economia numa recessão.
    Agora, os Estados Unidos correm o risco de mergulhar na mais grave recessão desde os anos 30. Os mais pessimistas prevêem depressão e deflação.

    Já há algum tempo se podia perceber que o grande perigo era a formação de um círculo vicioso entre instabilidade financeira e queda dos níveis de atividade e de emprego.

    Aconteceu o que se temia. O círculo vicioso está instalado……………….

    ……….As autoridades monetárias e fiscais têm feito o possível e até o inimaginável para tentar sair dessa armadilha.
    Desde o final do ano passado, medidas extraordinárias vêm sendo adotadas.
    A política econômica americana tem se tornado cada vez mais heterodoxa -as cautelas tradicionais estão sendo abandonadas uma a uma, na tentativa desesperada de evitar o pior.
    Se políticas semelhantes fossem adotadas aí no Brasil, o Ministério da Fazenda e o Banco Central seriam condenados em praça pública como ignorantes e irresponsáveis.

    Mas os Estados Unidos são um caso especial. Podem fazer o diabo e ainda colher elogios pela rapidez com que respondem a desafios.

    A política financeira americana conduziu a uma intervenção gigantesca do Estado nos mercados financeiros. As tradicionais preocupações com “risco moral” (“moral hazard”) e a disciplina do mercado foram deixadas em segundo plano.

    Na hora do aperto, os bufunfeiros -normalmente defensores fervorosos do livre mercado- apelaram para o socorro oficial.

    O mais recente pacote de resgate foi para o Citigroup, banco que na crise da dívida da década de 1980 coordenou vários comitês de credores e se destacava por exigir pesados pagamentos e medidas drásticas de ajustamento dos países devedores em apuros.
    A política monetária americana também tem sido extremamente heterodoxa. A taxa de juro básica foi reduzida para quase zero. Além disso, o Federal Reserve expandiu a liquidez com grande agressividade, criou novas linhas e flexibilizou as regras de acesso a seus financiamentos.

    Apesar disso tudo, a economia continua piorando a cada semana que passa. Para reativar o crédito e a demanda, é provável que o Federal Reserve seja levado a medidas ainda mais heterodoxas.

    Já se sabe, entretanto, que a política monetária sozinha não dará conta do recado. O governo Obama terá de patrocinar uma política fiscal heterodoxa e fortemente expansionista. O que se verá, provavelmente, é um grande crescimento do déficit público -única maneira de contrabalançar a acentuada contração do consumo e do investimento privados.
    Não há doutrina que sobreviva a uma emergência

    PAULO NOGUEIRA BATISTA JR. , 53, escreve às quintas-feiras nesta coluna. Diretor-executivo no FMI, representa um grupo de nove países (Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Haiti, Panamá, República Dominicana, Suriname e Trinidad e Tobago).

  26. Creio que para atacar o
    Creio que para atacar o problema da vulnerabilidade externa e a queda da atividade econômica deveríamos evitar ao máximo medidas de incentivos fiscais e a diminuição do superávit primário, e garantir o equilíbrio da contas públicas conquistado a duras penas e continuar o processo de redução da dívida pública em relação ao PIB.

    Mas para isso é fundamental o COPOM acordar e usar todas as ferramentas disponíveis da política monetária e reduzir agressivamente os juros da Selic.

    Sem a redução dos juros da Selic não se conseguirá evitar o inferno da recessão e do desemprego, colocando em sério risco o equilíbrio das contas públicas.

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