Bolsa começa a semana em queda; China adiciona tensão

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A última semana do primeiro semestre não começou bem para o mercado brasileiro. O índice fechou a segunda-feira abaixo dos 46 mil pontos, por conta do desempenho das principais ações da carteira e das tensões registradas na China.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as negociações em queda de 2,32%, aos 45.965 pontos e um volume negociado de R$ 9,037 bilhões. O índice atingiu seu menor patamar desde 28 de abril de 2009, quando o fechamento foi de 45.821 pontos. Com o resultado, a bolsa paulista perde 14,09% no mês e 24,59% no ano.

“Um conjunto de fatores acabou por influenciar a bolsa. A questão do Fed (Federal Reserve, o Banco Central norte-americano) continua complicada, e também existe o fator China”, explica Pedro Galdi, analista-chefe da corretora SLW. “O mal estar com os eventos ocorridos no Brasil também atrapalha um pouco, e estamos em um movimento de aversão ao risco. Acho que não tem muito jeito, a bolsa vai seguir pesada”.

Em linhas gerais, as negociações foram influenciadas por preocupações sobre a escassez de liquidez no mercado interbancário da China, ao mesmo tempo em que o governo chinês anunciou que manterá uma política monetária prudente – o que causa efeito direto nas commodities.

“O mote do dia pelo mundo foi o “Efeito China”, com receios sobre a postura do governo chinês em relação ao estreitamento da liquidez bancária local, além das bolsas de Nova York continuarem a se ajustar a anunciada redução dos estímulos do Fed.  Recursivamente, nesta época de turbulências, os agentes, normalmente, preferem “viver um dia de cada vez””, explicam os analistas da BB Investimentos, em relatório.

O cenário também contou com as declarações do presidente do Federal Reserve Bank (o Banco Central americano) regional de Minneapolis, Narayana Kocherlakota, de que a autoridade monetária norte-americana deveria adotar “gatilhos” para definir a política de compra de bônus, além de uma redução para a “meta” de desemprego do país, um parâmetro usado como referência como base para a política sobre a taxa dos títulos norte-americanos.

No caso do dólar, a cotação no balcão fechou a segunda-feira em queda de 0,83%, cotada a R$ 2,2240, o segundo recuo consecutivo após cinco sessões de alta, segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado.

O Banco Central não interferiu nas negociações, mas anunciou para esta terça-feira (25) um leilão de swap cambial – equivalente à venda de dólares no mercado futuro -, o que ajudou a melhorar o humor dos agentes, que já não estava tão bom por conta dos desdobramentos no mercado internacional.

Para terça-feira, os agentes vão acompanhar os dados de crédito a serem divulgados pelo Banco Central, além de uma série de indicadores importantes nos Estados Unidos – como pedidos de bens duráveis, confiança do consumidor, índice de manufatura do Fed de Richmond, e vendas de casas novas.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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