Bolsa de valores sobe 0,90% na volta do feriado

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – As negociações na bolsa de valores ficaram em alta ao longo de toda a quarta-feira (10), mas o ritmo perdeu um pouco de força após a divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária dos Estados Unidos (EUA). O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou o dia em alta de 0,90%, aos 45.483 pontos e um volume negociado de R$ 5,463 bilhões.

Basicamente, o índice brasileiro sofreu uma leve correção pelo fato de não ter aberto na terça-feira (9), em virtude do feriado estadual em São Paulo, e por conta do avanço apresentado no mercado internacional. “O índice deu uma melhorada, embora tenha recuado um pouco mais para o fim do dia”, diz Elad Revi, analista da corretora Spinelli. “Aparentemente, o mercado não gostou muito do que foi dito nos Estados Unidos, e isso interferiu tanto na questão do investidor estrangeiro na bolsa como no cenário”.

Um dos pontos de referência da quarta-feira ficou com a divulgação da ata do FOMC (Federal Open Market Committee, o Copom dos EUA). Apesar do aumento do consenso sobre a necessidade de começar a reduzir as medidas de estímulo econômico em breve, muitos integrantes do colegiado querem mais garantias de que a recuperação do emprego no país esteja sólida o suficiente para que tenha início a desaceleração das compras de ativos. Para o mercado, é justamente essa tensão em torno do início do ciclo de cortes que está trouxe instabilidade aos mercados dos países emergentes. “O que está acontecendo com os Estados Unidos também não favorece [o mercado]. A expectativa está trazendo bastante volatilidade, o que coopera para a incerteza dos investidores”, explica o analista da Spinelli.

Outro ponto que tem causado algum impacto nas negociações envolve o debate relacionado ao aumento dos custos de empréstimo pessoal, devido ao impacto que a medida pode causar sobre o ciclo econômico como um todo. “Isso pode desestimular desde a compra imobiliária até as compras no varejo; também é preciso avaliar o impacto oriundo do cenário externo. Precisamos que a China possua bastante estímulo para girar sua economia, para exportar commodities e importar itens manufaturados, o que infla toda balança”, ressalta Revi.

Quanto ao dólar, nem mesmo a intervenção do Banco Central foi suficiente para conter o avanço da moeda. Segundo informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, a cotação da divisa norte-americana fechou em alta de 0,27% ante o real, chegando a R$ 2,270, que acumula no ano uma valorização de 11%.

Um ponto que chamou a atenção foi o anúncio do leilão de swap tradicional – equivalente à venda de moeda no mercado futuro – que, ao contrário a que se destinava (conter a alta do dólar), não exerceu nenhum impacto sobre os negócios, e a moeda chegou a renovar a alta do dia. Ao todo, foram vendidos US$ 1,476 bilhão em contratos, sendo 17 mil contratos com vencimento em dezembro de 2013 (US$ 845,8 milhões) e 12,7 mil contratos que vencem em janeiro de 2014 (US$ 630,6 milhões).

As negociações desta quinta-feira (11) devem repercutir a decisão tomada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, após o fechamento da bolsa brasileira, aliada à expectativa em torno da temporada de balanços financeiros referentes ao segundo trimestre de 2013. Em termos de indicadores, destaque para as vendas do varejo no Brasil, os dados de seguro-desemprego nos Estados Unidos e os índices de preços ao atacado, na Alemanha, e ao consumidor, na França.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador