O Brasil voltou a bater recorde de inadimplência ao contabilizar 67,6 milhões de pessoas com contas atrasadas, oitavo avanço consecutivo e o maior patamar apurado pela Serasa Experian desde o início da base histórica, em 2016.
Aproximadamente 41,8% da população brasileira adulta está inadimplente, e a faixa etária da maior parte dos endividados está entre 26 e 40 anos.
Os bancos e os cartões lideram a lista dos principais responsáveis pela maioria das dívidas, com 28,6% do total, seguido pelas contas básicas como água, luz e gás, com 22,2%.
Em terceiro está o setor de Financeiras (13,7%), e que vem em uma crescente diante da dificuldade das pessoas em obter crédito nos bancos; em quarto lugar está o varejo, com 12,4%. Na sequência, estão Serviços (10,1%); Telefonia (6,8%); e Securitizadoras (2,1%).
Segundo a pesquisa, fatores como a inflação elevada ajudam a explicar tal recorde, principalmente em um cenário onde a alta dos preços dos alimentos compromete a renda dos mais pobres.
Outro ponto é a desvalorização do salário: segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) , o rendimento médio caiu 5,1% em 12 meses; e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostrou que, em julho, o reajuste salarial ficou abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em 47,3% das negociações.
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A coisa só não está pior justamente por conta do crédito que foi bastante ampliado no País. E à medida que os rendimentos são diminuídos a tendência é o aumento desses indicadores negativos para a economia brasileira. Se as partes componentes da economia tem sua renda geral reduzida, o produto gerado será também diminuído. A inadimplência é somente parte do problema, o desempenho declinante de todo o conjunto econômico deve ser a preocupação maior, uma vez que compromete o futuro de todos os brasileiros. O País precisa ser responsável pela solução das suas dificuldades e parar de relacionar justificativas pra fugir dessa responsabilidade. O desenvolvimento e o crescimento econômico e social tem que ser resolvido pelos setores dirigentes do País e sua sociedade. O tempo não fica parado esperando uma decisão.