Prévia da inflação oficial tem deflação de -0,73% em agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Apesar da queda dos combustíveis, alimentos e saúde mantiveram ritmo de alta; IPCA-15 tem menor variação da série iniciada em 1991

Foto: Imagem de Steve Buissinne por Pixabay

A queda dos preços da energia elétrica e dos combustíveis levou o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) a fechar o mês de agosto com deflação de -0,73%, o menor percentual da série histórica iniciada em 1991, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Com isso, o IPCA-15 acumula alta de 5,02% ao longo do ano e, em 12 meses, a variação totaliza 9,60%, abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2021, a taxa foi de 0,89%.

Foram apuradas variações negativas em três dos nove grupos pesquisados, com destaque para o grupo Transportes, cuja deflação de -5,24% foi diretamente afetada pela queda dos combustíveis (-15,33%), como gasolina (-16,80%), etanol (-10,78%), gás veicular (-5,40%) e óleo diesel (-0,56%)

Entretanto, os preços de Alimentação e bebidas (1,12%) e Saúde e cuidados pessoais (0,81%) continuaram subindo.

No caso da alimentação, o resultado foi diretamente afetado pelo aumento de 14,21% no preço do leite longa vida, que já acumula variação de 79,79% ao longo do ano. Outros itens que afetaram o grupo foram as frutas (2,99%), o queijo (4,18%) e o frango em pedaços (3,08%).

Já a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,80% em agosto, desacelerando em relação ao mês anterior (1,27%), sendo que tanto o lanche (0,97%) quanto a refeição (0,72%) tiveram variações inferiores às registradas em julho (de 2,18% e 0,92%, respectivamente).

Quanto ao grupo Saúde e Cuidados Pessoais, o avanço foi afetado pela categoria planos de saúde (1,22%), correspondente à fração mensal do reajuste de 15,50% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 26 de maio para os planos novos. Além disso, os itens de higiene pessoal aceleraram de 0,67% em julho para 1,03% em agosto.

Outros resultados

Segundo o IBGE, a variação negativa no grupo habitação (-0,37%) está relacionada ao recuo nos preços da energia elétrica residencial (-3,29%), por conta da redução em vários estados da alíquota de ICMS cobrada sobre esse serviço.

Além disso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou revisões tarifárias extraordinárias de diversas distribuidoras que operam em áreas de abrangência do índice, reduzindo as tarifas a partir de 13 de julho.

No caso do grupo Comunicação (-0,30%), o destaque ficou com os planos de telefonia fixa e de telefonia móvel, cujos preços caíram 2,29% e 1,04%, respectivamente, em agosto. Por sua vez, os aparelhos telefônicos registraram alta de 0,57%, após queda de 0,52% em julho.

Por outro lado, o grupo Educação subiu 0,61%: os cursos regulares subiram 0,52% principalmente por conta dos subitens creche (1,47%), ensino fundamental (0,71%) e ensino superior (0,44%).

Os cursos diversos registraram alta de 1,18%, cuja influência veio dos cursos de idiomas (2,15%) e cursos preparatórios (2,04%). Já as despesas pessoais (0,81%) apresentaram variação próxima a do mês anterior (0,79%).

Na avaliação regional, as onze áreas pesquisadas tiveram variações negativas em agosto. A menor variação ocorreu em Belo Horizonte (-1,58%), especialmente por conta da gasolina (-20,50%) e da energia elétrica (-13,11%).

Por outro lado, a maior variação foi registrada em São Paulo (-0,11%), cujo resultado foi influenciado pelas altas de 11,31% no leite longa vida e de 2,96% na energia elétrica.

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Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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