Comércio fechou 4% de suas vagas no primeiro ano da pandemia

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Dos 404,1 mil trabalhadores que deixaram setor, 90,4% atuavam no varejo, segundo dados divulgados pelo IBGE

Foto: Donald Giannatti on Unsplash

O comércio brasileiro perdeu 4% de sua ocupação, 7,4% das empresas e 7% das lojas no ano de 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Dos 404,1 mil trabalhadores que saíram do setor, 90,4% (ou 365,4 mil deles) estavam empregados no varejo, conforme divulgado na Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2020.

Esta foi a maior queda apurada na ocupação do comércio no período de um ano desde o início da série histórica, em 2007.

A pesquisa também destaca a queda recorde do número de trabalhadores em dois dos três grandes segmentos do comércio: – 4,8%, no setor varejista, que emprega 73,7% dos trabalhadores do comércio, e -8,5% no segmento de veículos, peças e motocicletas.

Entre as atividades, a maior redução foi apurada no segmento varejista de tecidos, vestuário, calçados e armarinho, que sofreu retração de 176,6 mil trabalhadores – ou 15,3% em seu contingente de ocupados. Além disso, o número de empresas desse setor caiu 15,6%, o equivalente a 32,6 mil estabelecimentos comerciais.

Outras fortes retrações de ocupação ocorreram nos setores varejistas de produtos alimentícios, bebidas e fumo (-81,5 mil trabalhadores) e de material de construção (-59,7 mil).

Entre os três grandes segmentos investigados pela pesquisa, apenas o atacado cresceu de tamanho no período – 2,2%, ou 37,9 mil trabalhadores a mais – por conta das contratações em segmentos como madeira, ferragens, ferramentas, materiais elétricos e material de construção (10,0%), produtos alimentícios, bebidas e fumo (4,4%) e mercadorias em geral (6,1%).

Leia Também

Desemprego recua, mas subemprego segue avançando

Vendas no varejo caem 1,4% no mês de julho, segundo IBGE

Custo da cesta básica sobe no ano e no acumulado em 12 meses

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Essa informação não pode ser levada a serio estatisticamente, não existe aferidor para esse dado, o CAGED, não tem como afirmar isso, o IBGE, também não, durante a pandemia, nada funcionou, além de mudanças na legislação trabalhista e mudanças de metodologias, juntaram o sujo com o mau cheiroso para produzir esses dados. Qualquer um que sair as ruas verá o caos de lojas fechadas, micro empresários devendo e doentes, e pessoas trabalhadoras em situação de rua.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador