Cielo lucra R$ 623,3 milhões no trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A operadora de cartões Cielo apresentou um lucro líquido de R$ 623,3 milhões ao longo do segundo trimestre, alta de 13,6% em relação ao mesmo período do ano passado, mas 2,7% abaixo do contabilizado nos primeiros três meses deste ano.

De acordo com balanço financeiro divulgado pela empresa, a receita líquida da Companhia e de suas controladas, proveniente da captura, transmissão, processamento e liquidação financeira das transações realizadas com cartões de crédito e débito, aluguel de POS e outras receitas, aumentou 28,9%, para R$ 1,604 bilhão no trimestre, comparada com R$ 1,245 bilhão no ano passado.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em de R$ 859,1 milhões, aumento de 22% em relação ao ano passado, mas 1,8% abaixo do apurado no primeiro trimestre. A margem EBITDA atingiu 53,5%, redução de 3,1 pontos percentuais em comparação a 2012 e redução de três pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre.

A empresa realizou a captura de 1,416 bilhão de transações, um crescimento de 10,4% em relação a 2012 e de 4,3% sobre o primeiro trimestre. O volume financeiro de transações totalizou R$ 104,7 bilhões, um acréscimo de 14,1% quando comparado aos R$ 91,7 bilhões no mesmo período em 2012 e aumento de 5,9% em relação aos primeiros três meses deste ano.

Análise elaborada pela Votorantim Corretora afirma que os volumes de débito apresentaram um crescimento mais forte do que o esperado, e o pré-pagamento de recebíveis surpreendeu com maior penetração. “Revertendo a desaceleração no crescimento dos volumes de crédito nos últimos quatro trimestres, a Cielo finalmente apresentou aceleração no crescimento, com expansão de 12% no ano e 3,7% no trimestre. Os volumes de débito vieram fortes, 3% acima da nossa estimativa, com expansão de 17,8% no ano e 10% no trimestre”, diz a corretora, em relatório.

O número de POS (ponto de venda) na base instalada atingiu 1,742 milhões, representando 10% de crescimento anual. Não apenas o número de POS cresceu, mas a porcentagem de terminais sem fio também aumentou, atingindo 52%, em comparação aos 49% no primeiro trimestre e 42% no segundo trimestre do ano passado.

Para a Votorantim Corretora, “a mudança do mix deve resultar em uma maior receita por POS”. O pré-pagamento de recebíveis atingiu R$ 268 milhões e, segundo a corretora, superou as expectativas. “O principal motivo para essa performance foi o aumento da porcentagem de pré-pagamento sobre o volume de crédito total, que cresceu de 13,1% no primeiro trimestre para 16,1% no segundo trimestre, em comparação à nossa estimativa de 13,2%”.

O resultado financeiro da companhia totalizou R$ 186,6 milhões, uma redução de 1,1% em relação ao ano passado, mas 0,9% acima do registrado no primeiro trimestre. Os custos de serviços prestados atingiram R$ 610 milhões no segundo trimestre, aumentando 49,6% no ano, principalmente em razão da consolidação das operações da Merchand e-Solutions – Me-S (o que ocorreu somente no quarto trimestre de 2012, e contribuiu para o aumento de R$ 147 milhões neste trimestre).

Os custos também foram impactados pelo aumento do número de transações (tarifas com bandeira), e maior depreciação dos POS. As despesas aumentaram 7,1% no ano, atingindo R$ 235 milhões. As despesas com pessoal cresceram 32% no ano, enquanto as despesas com marketing encolheram 35% no ano, devido à redução de campanhas com parceiros e bancos emissores.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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