Comunicado do Copom foi “muito preocupante” e futuras decisões podem “comprometer resultado fiscal”, declara Haddad

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
[email protected]

Ministro ainda afirmou que o texto do Comitê “abre perspectivas que não são as desejadas”, tendo em vista o relatório bimestral da LRF

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou na noite desta quarta-feira (23) que o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), em que anunciou a decisão de manter a taxa básica, Selic, em 13,75%, é “muito preocupante”.

Além disso, segundo Haddad, “a depender das futuras decisões [do colegiado], pode comprometer o resultado fiscal”. 

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”      

“Eu considerei o comunicado preocupante, muito preocupante, porque hoje divulgamos relatório bimestral mostrando que nossas projeções de janeiro estão se confirmando sobre as contas públicas”, declarou o ministro aos jornalistas, na saída do ministério.

Haddad ainda alegou que o texto do Comitê “abre perspectivas que não são as desejadas”, tendo em vista o relatório bimestral da lei de responsabilidade fiscal (LRF) divulgado pelo governo mais cedo, em que apontou que as projeções de janeiro sobre as contas públicas estão se confirmando.

“Em momento em que a economia está retraindo e que o crédito está com problema para empresas e famílias, o Copom chega a sinalizar até a possibilidade de uma subida da taxa de juros, que já é hoje a mais alta do mundo. Lemos com muita atenção, mas achamos que realmente o comunicado preocupa bastante”, continuou o ministro.

Leia também:

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

5 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Analise e Responda caro Nassif: O governo, já que não tem força para destituir o Campos Neto, não teria como esvaziar os poderes do BC, trazendo para o planejamento/Fazenda, órgãos decisórios como COPOM e CNM, aumentando o colegiado e deixando o BC ôco? Seria um verdadeiro golde placa.

  2. Bobbynho Field tornou Haddad o bobinho da roda. Viu que ele é fraco, não consegue se impor. São mais dois meses de asfixia econômica até a próxima reunião do cupom . Como diz Nassif, só nos resta o Sr Crise pra romper esse nó da corda que enforca a economia produtiva. Bobbynho fará de tudo pra agradar seus iguais do rentismo, o povo da Faria Lima. O sonho de Bobbynho deve ser virar o Levy do governo Lula 3. Até agora está tendo sucesso.

  3. A tarefa da política monetária é de proteger os patrimônios medíveis em valores fiduciários. Tudo o que pode ser representado por essa garantia fiduciária aos cuidados do BCB, salários, atividades de pessoas e corporações, etc. Garantir a sanidade do sistema. Preferencialmente para todo o conjunto do País. O evento patrocinado pela expansão do crédito desde o real, perdeu a validade justamente porque o País não obteve através de crescimento econômico, os ganhos desejáveis em produtividade e aumento da competitividade sistêmica dessa pátria economia. A renda geral das partes do todo econômico caiu, ou reduziu com a estagnação de parcelas dessas partes. E o Brasil, claro sofre com suas consequências. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Crédito é igual safra agrícola, precisa ser renovado e crescer. Uma pessoa teve sua prótese dentária, a popular dentadura quebrada; está endividada e adiando várias precisões em função disso e emendou a prótese com a cola superbonder. Seria engraçado se não fosse a tradução da tragédia brasileira. A pessoa tem renda residencial de 2 pessoas, de mais de quatro salários mínimos. A decisão do COPOM, por mais que seja festejada pelo chamado mercado, no íntimo das expectativas, decepcionou o próprio mercado. É no aceno simbolizado pela decisão, que aponta para o porvir, ou seja, um País sem qualquer unidade, sem definição de como quer fazer parte das relações econômicas internacionais.

  4. Ja basta de boa vontade com o pervertido la do BC. Não é possível que o governo fique cativo desse canalha e não tenha condições de contornar esses juros incabíveis. Coloca BB CAIXA E BNDES para bancar juros decentes. Cria um deságio progressivo nesse juros, remunera acima deles setores descentes da industria e do comercio. Sei la….

  5. Caso se constate que há uma intenção de dificultar a ação do governo no sentido de conduzir uma política econômica sadia; e se persistem as diferenças; deve haver de início, uma tentativa de entendimento. Creio que isto já aconteceu. Então há de se montar uma outra estratégia para contornar a crise; mas a democracia deve ser respeitada.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador