Contas externas apresentam déficit de US$ 1,919 bilhão

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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 Viagens internacionais caem 75%, para um total de US$ 242 milhões

Jornal GGN – As transações correntes (que representam as compras e vendas de mercadorias e serviços, além de transferências de renda com outras nações) fecharam fevereiro com déficit de US$ 1,9 bilhão, segundo dados divulgados pelo Banco Central. O resultado é o menor desde agosto de 2009, quando o saldo ficou negativo em US$ 828,5 milhões.

No balanço das transações correntes, a conta de serviços registrou despesas líquidas de US$1,9 bilhão no mês, recuo de 31,3% na comparação com o resultado de fevereiro de 2015. Ao longo do período, as despesas líquidas com transportes recuaram 64,5%, na mesma base de comparação, atingindo US$ 211 milhões.

O item viagens internacionais registrou despesas líquidas de US$ 242 milhões, redução de 75%, comparativamente ao ocorrido em mesmo mês do ano anterior. Com a alta do dólar e menor renda, os gastos de brasileiros em viagens internacionais caíram 43,5% em fevereiro, na comparação com fevereiro de 2015. No mês passado, os gastos chegaram a US$ 841 milhões, contra US$ 1,49 bilhão registrado no mesmo mês do ano passado. De acordo com o BC, é o menor resultado em sete anos.

Se por um lado, as despesas de brasileiros no exterior caíram, as receitas de estrangeiros no Brasil aumentaram 14,97%, no mesmo período de comparação. As receitas de estrangeiros no país totalizaram US$ 599 milhões no mês passado, contra US$ 521 milhões fevereiro e 2015.

Outros destaques apontados pelo BC são as reduções nas despesas líquidas com aluguel de equipamentos (4,3%), e serviços de propriedade intelectual (30,8%), enquanto os gastos líquidos com telecomunicação, computação e informações elevaram-se 131,8%, para US$ 209 milhões.

As despesas líquidas de renda primária somaram US$3,1 bilhões em fevereiro, aumento de 111,3% comparadas ao mesmo mês de 2015. As remessas líquidas de lucros e dividendos atingiram US$2,5 bilhões, ante US$377 milhões em mês correspondente do ano anterior, enquanto as despesas líquidas de juros somaram US693 milhões, recuo de 38,9% no período comparativo. As rendas de investimento direto registraram despesas líquidas de US$2,3 bilhões, ante US$298 milhões em fevereiro do ano anterior.

As despesas líquidas de renda de investimentos em carteira atingiram US$ 771 milhões, compostas por despesas líquidas de lucros e dividendos, US$404 milhões; de juros de títulos negociados no mercado externo, US$121 milhões; e no mercado interno US$247 milhões. A despesa líquida de renda de outros investimentos somou US$ 300 milhões, redução de 20,6% comparado ao mês equivalente do ano anterior, enquanto as receitas de reservas cresceram 14,8%.

No mês, as receitas líquidas da conta de renda secundária somaram US$  275 milhões, superando o ocorrido em fevereiro de 2015 em 29,8%. A receita líquida de transferências pessoais atingiu US$105 milhões em fevereiro, 62,6% acima do observado em mesmo mês do ano anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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