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Na avaliação do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, o presidente Jair Bolsonaro deve por ponto final ao silêncio que adotou desde a derrota nas urnas. Além de reafirmar a postura de líder, Bolsonaro tem de se posicionar para manter o eleitorado unido e dar apoio a livres manifestações, inclusive nas redes, disse Costa Neto à CNN.
Bolsonaro, em encontro com o presidente do PL na manhã desta terça-feira (29) no Palácio do Planalto, teria dito que “ainda não tem o que falar”.
O pedido do presidente do PL, no entanto, pode não passar de uma grande demagogia. Desde o fim do pleito, que consagrou Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo chefe do Executivo, Bolsonaro tem usado Costa Neto como sua voz nas articulações para reverter o resultado do pleito. Se o fizer publicamente, Bolsonaro pode responder por crime em flagrante e agravar sua situação jurídica que já soma 28 crimes sob investigação, como mostra matéria do GGN da última quinta (28).
Multa
Valdemar Costa Neto afirmou ainda que o PL vai recorrer da multa de R$ 22,9 milhões imposta pelo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, após divulgação de relatório que aponta falha no código de registro de algumas urnas. Caso não tenha êxito no TSE, o partido vai questionar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). “Queremos que expliquem o que aconteceu (nas urnas)”, afirmou Costa Neto à CNN.
O quase ex-presidente deve participar ainda de um jantar, promovido pelo PL, com os atuais e futuros parlamentares da sigla, a fim de integrar os eleitos e determinar o posicionamento do partido nas próximas pautas do Congresso.
Na eleição da Câmara, o PL deve apoiar a reeleição de Arthur Lira (PP), o atual chefe da casa. Já no Senado, a legenda deve lançar a candidatura de Rogério Marinho.
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