Dívida pública sobe para R$ 1,99 trilhão em agosto

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O estoque da dívida pública federal subiu 1,77% em termos nominais durante o mês de agosto, atingindo um total de R$ 1,991 trilhão, segundo levantamento divulgado pela Secretaria do Tesouro Nacional. O total apurado em julho era de R$ 1,957 trilhão. Esta variação deveu-se à emissão líquida, no valor de R$ 17,28 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 17,39 bilhões.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve seu estoque ampliado em 1,69%, ao passar de R$ 1,864 trilhão para R$ 1,895 trilhão, devido à emissão líquida, no valor de R$ 17,55 bilhões, e à apropriação positiva de juros, no valor de R$ 13,98 bilhões. 

O estoque da Dívida Pública Federal externa (DPFe), houve elevação de 3,39% sobre o estoque apurado no mês de julho, encerrando agosto em R$ 95,84 bilhões (US$ 40,40 bilhões), sendo R$ 86,30 bilhões (US$ 36,37 bilhões) referentes à dívida mobiliária e R$ 9,54 bilhões (US$ 4,02 bilhões), à dívida contratual.

As emissões da Dívida Pública Federal ao longo do período corresponderam a R$ 40,33 bilhões, enquanto os resgates alcançaram R$ 23,05 bilhões, resultando em emissão líquida de R$ 17,28 bilhões, sendo R$ 17,55 bilhões referentes à emissão líquida da Dívida Pública Mobiliária Federal interna e R$ 270 milhões referentes ao resgate líquido da Dívida Pública Federal externa.

Em relação à composição da DPF, houve diminuição na participação da DPMFi, passando de 95,26%, em julho, para 95,19%, em agosto. Em contrapartida, a DPFe teve sua participação ampliada de 4,74% para 4,81%. A parcela dos títulos com remuneração prefixada da DPF passou de 37,78%, em julho, para 38,21%, em agosto. Já a participação dos títulos indexados a índice de preços caiu de 35,12% para 34,37%. Os títulos remunerados port axa flutuante tiveram sua participação ampliada de 22,42% para 22,66%.

O percentual de vencimentos da DPF para os próximos 12 meses subiu de 22,40%, em julho, para 24,32% em agosto, enquanto o volume de títulos da DPMFi a vencer em até 12 meses aumentou de 23,01%, em julho, para 25,04%, em agosto. Os títulos prefixados correspondem a 54,58% deste montante, seguidos pelos títulos indexados a taxa flutuante, os quais apresentam participação de 27,96% desse total.

Em relação à DPFe, observou-se que o percentual vincendo em 12 meses permaneceu em 10,07% entre julho e agosto, sendo os títulos denominados em dólar responsáveis por 71,16% desse montante. Segundo o Tesouro Nacional, os vencimentos acima de 5 anos respondem por 52,32% do estoque da DPFe.

O prazo médio da DPF caiu de 4,38 anos em julho, para 4,35 anos, em agosto. O prazo médio da DPMFi diminuiu de 4,26 anos para 4,23 anos, e o prazo médio da DPFe passou de 6,81 anos para 6,75 anos.

Quanto ao Tesouro Direto, as emissões atingiram R$ 273,37 milhões em agosto, enquanto os resgates corresponderam a R$ 162,24 milhões, o que resultou em emissão líquida de R$ 111,13 milhões. Os títulos mais demandados pelos investidores foram os remunerados por índice de preços, que responderam por 44,55% do montante vendido.

O estoque do Tesouro Direto alcançou R$ 10,301 bilhões, o que representa um acréscimo de 1,74% em relação ao mês anterior. Os títulos com maior representação no estoque são as NTN-B Principal (Notas do Tesouro Nacional – Série B Principal), que correspondem a 42,83% do total.

Em relação ao número de investidores, 4.244 novos participantes se cadastraram no Tesouro Direto em agosto, levando o total de investidores cadastrados a 362.158, o que representa um incremento de 15,37% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

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  1. Esse números brutos não querem dizer muita coisa

    O endividamento de um pais se mede pelas relações Divida Pública bruta/ PIB, e Divida Pública liquida (deduzindo as reservas de cambio)/ PIB, em percentual. É isso que dá uma ideia dos riscos do endividamento. Nestes quesitos não estamos mal, mas tambêm não tão bem assim. Mas já foi pior! 

    Tambêm importa  o custo desta divida, sempre em relação ao PIB, e neste quesito estamos bem mal ainda, mas já foi muito pior nos anos do farol de higienópolis.

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