Apagão foi desencadeado por falha em equipamento de usina, diz diretor da ONS

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Luiz Carlos Ciocchi prestou esclarecimentos sobre o caso, durante audiência na Câmara dos Deputados

Diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, em audiência conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle; e de Minas e Energia. | Foto Lula Marques/ Agência Brasil

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, afirmou que o apagão nacional, do último dia 15, foi desencadeado por uma falha no tempo de resposta de um equipamento em uma usina de energia. A declaração foi dada, nesta terça-feira (29), em reunião conjunta das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e de Minas e Energia da Câmara dos Deputados.

Ontem (28), o ONS informou que o baixo desempenho de fontes de geração de energia na linha de transmissão de Quixadá-Fortaleza, no Ceará, teria dado início ao apagão. Contudo, somente esta ocorrência não “causaria o impacto visto” no sistema elétrico nacional.

Esse desligamento não foi a causa do fenômeno, pois o sistema Brasileiro tem a capacidade de resistir a uma perda simples dessa natureza”, mas foi o chamado “marco zero”, explicou o diretor-geral. 

Segundo Ciocchi, o equipamento apontado como a raiz do problema deveria ter demorado 15 milissegundos para entrar em ação, conforme previsto, mas levou entre 80 milissegundos e 100 milissegundos. A falha, então, deu origem a uma “série de outros pequenos eventos” que ocasionaram na desconexão do sistema integrado.

Esta avaliação só foi possível graças às informações que os agentes [do setor elétrico] nos passaram, mostrando o tempo que o aparelho [um regulador de tensão] de uma usina demorou a entrar em ação”, explicou.

A grande pista, já discutida com técnicos, engenheiros e com vários experts do setor, é que aí está a causa de uma série de outros eventos, de aberturas de linhas, que levaram a esta desconexão que atingiu praticamente todo o Brasil”, acrescentou.

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Ciocchi ainda destacou que não houve “falha de informações” prestadas por agentes sobre o desempenho técnico de equipamentos que teriam gerado o apagão. “Não é que foi falha de informação [prestada pela empresa]. É que o [equipamento] testado, quando em funcionamento, não apresentou o desempenho exigido”, declarou.

Em meio as constatações técnicas, a Polícia Federal (PF) ainda investiga a possibilidade de uma possível sabotagem.

O apagão deixou cerca de 29 milhões de brasileiros sem energia, em 25 estados, com exceção de Roraima, uma vez que seu sistema não está ligado ao do resto do país.

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