FMI faz previsões mais tímidas sobre crescimento mundial e alerta para apatia

Jornal GGN – O FMI (Fundo Monetário Internacional) reduziu sua previsão de crescimento para a economia global em 2013 e 2014, e alertou que o cenário poderá piorar se houver um prolongamento da situação de bloqueio orçamentário nos Estados Unidos.

 

De acordo com o World Economic Outlook divulgado nesta terça-feira (08), a economia global deverá fechar o ano de 2013 com um crescimento de 2,9%, abaixo dos 3,2% que foram registrados no ano passado e dos 3,9% de 2011. Em 2014, o crescimento global alcançará 3,6%.

 

Já para o Brasil, o FMI manteve a projeção de crescimento em 2,5%, mas reduziu a estimativa para o próximo ano também para 2,5%, ante 3,2%. O Brasil cresceu apenas 0,9% no ano passado e tem enfrentado uma inflação alta, em um momento em que a economia tem dificuldades para decolar.

 

O documento também ressalta que o país terá o menor crescimento entre os integrantes do Brics (Rússia, Índia, China, África do Sul): a Rússia crescerá 3%, a Índia, 5,1%, a China, 7,3% e a África do Sul, 2,9%. Já o crescimento global foi projetado em 2,9%, em 2013, subindo para 3,6% em 2014.

 

Segundo o FMI, grande parte do crescimento deverá ser impulsionada pelo avanço das economias consideradas desenvolvidas. Por outro lado, o crescimento nos principais mercados emergentes, embora ainda forte, deverá ser mais fraco do que a previsão do FMI anunciada anteriormente. 

 

Contudo, a entidade afirmou que o movimento é “natural”, após a série de estímulos adotados para o enfrentamento da crise. Ao mesmo tempo, os gargalos estruturais na infraestrutura, mercados de trabalho e de investimento têm contribuído para desaceleração em muitos mercados emergentes.

 

O FMI considera que o processo de transição de crescimento e a política monetária adotada pelos Estados Unidos são novos desafios e apresentam riscos. “Apesar de o Federal Reserve [Banco Central dos Estados Unidos] decidir recentemente não diminuir o ritmo das compras de ativos, as saídas de capital dos mercados emergentes caíram um pouco, e os rendimentos de títulos norte-americanos continuam bem acima dos níveis do início de maio.”

 

 

 

Com informações da Agência Brasil