Governo anuncia planos para estimular exportações

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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O Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, lançou hoje (24) o Plano Nacional de Exportações (PNE), que prevê, entre outras medidas, a ampliação de US$ 15 bilhões para o Fundo de Garantia às Exportações (FGE). O objetivo é incentivar o aumento da participação do Brasil no comércio exterior nos próximos anos.
 
A ampliação dos recursos, que constitui um dos pontos relevantes do PNE, se baseia no Programa de Financiamento às Exportações (Proex). O Proex tem uma linha de financiamento, denominada equalização, em que os exportadores são financiados por instituições financeiras estabelecidas no país ou no exterior. O Proex arca com parte dos encargos financeiros incidentes, de forma a tornar as taxas de juros equivalentes às praticadas internacionalmente.
 
O ministro Armando Monteiro disse que o novo pacote está sendo lançado para acompanhar a tendência mundial de crescimento do comércio entre os países. O ministro disse que o plano prevê aperfeiçoamento de mecanismos de financiamento, adequando-se às necessidades dos exportadores.
 
“O crescimento médio do comércio mundial é bem superior ao crescimento do Produto Interno Bruto [PIB] mundial. Considerando esse cenário, é evidente a oportunidade de lançar esta iniciativa, consubstanciada num plano. O mercado internacional nos oferece mais oportunidades que riscos, temos espaço para ocupar, há um PIB equivalente a 32 brasis fora de nossas fronteiras e 97% do mercado consumidor está lá fora”, disse o ministro.

 
O Plano Nacional de Exportações se baseia em cinco estratégias: acesso a mercados; promoção comercial; facilitação de comércio; financiamento de garantias à exportações; e aperfeiçoamento do sistema tributário relacionado ao comércio exterior.
 
O novo plano, que terá vigência até 2018, unifica pela primeira vez todas as ações e estratégias do país a para exportação de bens e serviços. O governo espera aumentar as exportações brasileiras com a ampliação do número de empresas que vendem para outros países, inclusive micro, pequenas e médias. O plano também prevê medidas específicas para exportações do agronegócio e para recuperação das vendas externas de produtos manufaturados.
 
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Brasil é a sétima economia do mundo, mas ocupa o 25º lugar no ranking de exportações. Na elaboração do novo plano, o governo listou 32 países considerados prioritários para a ampliação das exportações brasileiras, entre mercados tradicionais – como os Estados Unidos – e emergentes.
 
Em 2014, de acordo com o governo, as exportações de produtos brasileiros somaram US$ 225,1 bilhões. Este ano, até o dia 22 de junho, segundo dados do ministério, os embarques ao exterior chegaram a US$ 88,331 bilhões e as compras externas, a US$ 87,417 bilhões, com saldo positivo de US$ 914 milhões na balança comercial.
 
O plano está sendo apresentado pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, em cerimônia no Palácio do Planalto ao lado da presidenta Dilma Rousseff. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy – que lidera a equipe econômica do governo – não participa do anúncio. O vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro de Orçamento, Planejamento e Gestão, Nelson Barbosa  estão na solenidades, além de representantes do setor produtivo.
 
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, disse que o plano “confere papel estratégico e prioritário para a política comercial brasileira”. Segundo ele, sem uma postura ativa, amparada em instrumentos que estimulem o acesso a novos mercados, “o país não alcançará posição no cenário global à altura da sétima maior economia do mundo”.
 
Para o economista Roberto Giannetti da Fonseca, consultor no setor exportador e ex-secretário da Câmara de Comércio Exterior (Camex), o plano é importante para “retomar a competitividade e o crescimento econômico do país”.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

3 Comentários

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  1. Quem são eles?

    Alguém avise o Ministro que ele deve estar para ser preso. Seu governo está acabando…

     

    O pior é que ele deve ficar surpreso.

    Quem são estas pessoas que colocamos no Planalto?

  2. O QUE SIGNIFICA EXPORTAR?

    O QUE SIGNIFICA EXPORTAR?

    A grosso modo significa enviar nossas melhores riquezas ao exterior, e em troca receber um punhado de papel, que eles chamam de dólar. Se um ET visse isso, quando viesse visitar a Terra, sentaria no chão pra dar risadas dos brasileiros, que chegavam a exportar 70 % de sua produção de veículos até o governo FHC, graças ao arrocho salarial.

    Países desenvolvidos, como Japão e Alemanha, exportam muito, porque não têm nada lá dentro, e precisam importar quase tudo. Assim, usam esse punhado de papéis (dólar) pra negociar essas transações. Países como os EUA exportam cerca de apenas 10% de sua produção em momentos de crise, como o atual. Mas quando estavam em desenvolvimento, e mesmo até pouco tempo atrás, exportavam menos de 5% da produção, algo insignificante; já que, como o Brasil, tem quase tudo o que precisam dentro do próprio país. Até a facilitação de exportações por um curto período, vizando equilibrar balança de pagamentos, deve ser vista com muita preocupação. Porque o mais adequado no caso brasileiro seria evitar as importações, e proibir conversão em dólar de lucro de multinacionais, como já fazem alguns países.

    Só que o Brasil, até o governo FHC exportava mais que Alemanha e Japão, e usava o punhado de dólares (ou papel), como se faz até hoje, não para que pudesse importar bens de consumo ao seu povo, mas sim para garantir remessa de lucros em dólar para multinacionais. Vejam nesses dois links o que é ser colônia, e como podemos ser recolonizados, se não abrirmos o olho:

    http://democraciadiretabrasileira.blogspot.com/2014/11/como-deixar-de-ser-colonia.html

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/637876009681398/?type=3&theater

    Não estamos dizendo pra não se exportar. Exportar o que sobra é bom, pois com o punhado de papel (dólar) podemos importar tranqueiras que não temos aqui dentro. O que não pode é voltar a economia pra exportação, pra fazer sobrar artificialmente a oferta de produtos. Imaginem as propinas que são oferecidas no exterior, pra que um país funcione como colônia. Pra se ter uma ideia, mesmo sobrando, e muito, os EUA (americanos) proíbem a exportação de petróleo no país…

    Afinal, por que um país como o nosso deveria, por exemplo, permitir a saída de imensas quantidades de minerais como o Ferro, Alumínio, Nióbio, etc; e também produtos agrícolas, como a soja? Afinal, se esses produtos ficassem aqui dentro, o preço deles despencaria. Ou seja, nossa moeda seria valorizada, e poderíamos consumir muito mais com o que ganhamos. Quando produtos assim deixam o país, servem apenas para fazer com que algumas empresas se entupam de dinheiro. Quando são estatais, se bem administradas, tudo bem; porque seus lucros irão para o tesouro nacional.

    Entretanto, estamos entrando como os IDIOTAS da globalização, pois permitimos a exportação desses produtos e ainda damos a isenção de impostos! Ou seja, não ganhamos praticamente nada com isso. Até as divisas que entram em moeda estrangeira, também são perdidas, por causa da absurda conversão em dólares do lucro das multinacionais aqui instaladas, permitida por uma lei ultrapassada da década de 60. Ou seja, o absurdo e inviável esforço de exportação dessas empresas, em vez de nos garantir o direito de comprar bens de consumo, importando-os de outros países, é anulado pela remessa de lucros convertida em dólares por empresas estrangeiras.

    Países soberanos, não corruptos ao extremo, como os EUA, China, Israel, Argentina, Rússia, Índia, etc, cobram altos impostos sobre exportações desse tipo de produtos. Os americanos, por exemplo, que possuem as maiores reservas do mundo, a maior produção, e os melhores preços de petróleo; em vez de queimar essa grande riqueza no mercado mundial desvairadamente, PROÍBE SUA EXPORTAÇÃO. Afinal, é o mínimo que se pode exigir de quem os está comprando, que contribuam para a construção de escolas, hospitais, equipamentos médicos, etc, no país exportador. Pensem no que fazem nesses países, com essas fabulosas riquezas que vão pra lá…

    Por outro lado, quando as exportações pelo menos geram empregos e investimentos, agregando um alto valor aos produtos, trazendo bem mais divisas ao país (dólar), elas são bem vindas. Ainda mais se forem feitas por empresas genuinamente nacionais. Aliás, tem país que chega a proibir que multinacional possa exportar, para que não pressionem seus políticos a fazer o arrocho salarial. Os americanos, por exemplo, que proíbem exportação de petróleo, adoram exportar gasolina. Argentinos, que cobram altos impostos sobre cereais, adoram exportar óleos e farinhas; e assim por diante.

    O QUE SIGNIFICA SER COLONIZADO?

    Significa um governo comprado por grupos estrangeiros, que corrompem a justiça nacional, para que deixe os políticos roubarem à vontade. Sem dinheiro para elevar salário mínimo, aposentadorias, e funcionalismo, o país fica sem mercado interno, e o valor da mão de obra na iniciativa privada também cai, criando o círculo vicioso. Ou seja, ninguém tem dinheiro pra comprar nada, e as empresas do mercado interno vão quebrando, porque não tem pra quem vender. É nessa hora que entram os EXPORTADORES! Grandes empresas, geralmente multinacionais, que dominam mercados inteiros no exterior, e estão pouco se lixando se não compraremos seus produtos. É até pelo contrário, se tivermos dinheiro para comprá-los, elas não poderão exportar, e colocar dólar no bolso, em vez de reais. Se a roubalheira for tamanha, que não der pra pagar as contas externas, e precisar emprestar do FMI, aí o esquemão está completo. Porque a dívida em dólares justificará o esforço de exportação…

    O DESRESPEITO!

    O povo merece uma satisfação sobre o que está acontecendo. Devemos ter direito de debater oficialmente o assunto, recebendo informações dos melhores especialistas, e inclusive deliberar sobre os rumos a serem tomados. Vejam como questões importantes, como essa, são discutidas e decidas na parte mais rica da Europa:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/312667208868948/?type=3&theater

    Vejam porque ainda somos considerados incapazes, e nossos ABAIXO ASSINADOS não tem valor para convocar PLEBISCITOS, onde poderíamos propor a convocação de uma CONVENÇÃO PARTICIÁTIVA DE CONSENSO, como a explicada no link acima:

    https://www.facebook.com/democracia.direta.brasileira/photos/a.300951956707140.1073741826.300330306769305/314356765366659/?type=3&theater

    RESSALVAS!

    Vale ressaltar, que essa situação vergonhosa do país é estrutural, e vem de muito tempo. Os exportadores fazem parte do grupo que fez a vaquinha dos bancos, e despejou bilhões de reais nas candidaturas da Dilma, Aécio, e Marina. Se a atual Presidenta não pegasse a verba, não teria como concorrer com os outros. Mas, pegando, com certeza comprometeu-se com muita coisa.

    Por aí vemos claramente o desastre que vem a ser o FINANCIAMENTO EMPRESARIAL DE CAMPANHAS. O Atual governo é fraco, embora sua bancada tenha votado 100% contra o financiamento empresarial, ele passou na primeira votação da câmara. Resta agora o VETO da Presidenta, que também pode ser derrubado pelos ladrões e vagabundos do congresso. Por isso precisamos urgente da valorização de nossos ABAIXO ASSINADOS, para podermos dizer uma NÃO a eles, convocando um PLEBISCITO, e acabando com essa palhaçada!

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