Gustavo e o câmbio

Em sua recente polêmica com Márcio Garcia, da PUC-RJ, Gustavo Franco caiu em uma armadilha que atrapalha sua defesa sobre a política cambial do Plano Real.

Na época se escancarou o país para o livre fluxo de capitais, permitindo-se uma apreciação excessiva do real – que acabou levando ao desequilíbrio das contas externas, ao aumento dos juros, à impossibilidade do país crescer.

Na época, foram tomadas medidas insuficientes para conter a enxurrada de dólares, como cobrança de IOF e outras do gênero. A idéia de deixar o câmbio flutuar (para baixo) surgiu de discussões onde se dizia ser impossível utilizar outras ferramentas para conter a invasão dos bárbaros.

Em seu “paper”, Garcia insiste na tese da incapacidade do Banco Central de conter os fluxos financeiros. Na conversa que tive com Gustavo, na semana passada, ele sustenta que o BC dispõe de todas as armas. No “paper” em que pretende responder a Garcia, detalha os argumentos.

Aí se entra na questão: se era possível controlar a inundação financeira, de capitais gafanhoto na época, porque não foi feito, porque se permitiu a apreciação do real e volta da vulnerabilidade externa?

Luis Nassif

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