Haddad anuncia primeira mulher da equipe e garante “sustentabilidade fiscal do país”

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Anelize Almeida será a Procuradora-Geral da Fazenda. Durante anúncio, Haddad martelou compromissos fiscais

Foto: Reprodução Lula Oficial

O escolhido ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou uma mulher para cargo importante na Economia: a subprocuradora-geral da Fazenda Nacional, Anelize Lenzi Ruas de Almeida, será Procuradora-Geral da Fazenda Nacional.

Ela é o terceiro nome anunciado por Haddad e a primeira mulher da equipe. Ao lado de Anelize, o ministro escolheu Gustavo Caldas para ser o vice no cargo. Vinculado ao Ministério da Fazenda, o posto faz ponte entre a pasta e a Advocacia-Geral da União (AGU).

Anelize Almeida é atualmente subprocuradora da Fazenda, desde 2006. O cargo de chefia é político, mas Haddad escolheu a representante que tem experiência na Fazenda e nome de carreira. Ela é mestre em Política Pública pela Oxford e pós-graduada em Administração Pública pela FGV.

Ao anunciar seu nome, Haddad ressaltou a importância do órgão para o equilíbrio fiscal do país, um dos temas mais questionados desde a eleição de Lula.

“As vitórias que obtivemos nas últimas semanas dão prova do quão importante é a atuação da advocacia pública no interesse da sustentabilidade fiscal do país”, disse Haddad.

PEC da Transição seguirá, diz Haddad

Pouco antes de se reunir no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) para o anúncio, Haddad falou com a imprensa e foi questionado sobre o impacto da decisão de Gilmar Mendes, que confirmou que o Bolsa Família não precisa seguir o Teto de Gastos e que tampouco é necessária uma PEC para isso.

Fernando Haddad respondeu que proposta parlamentar continua na Câmara, ressaltou a importância de se criar um diálogo, sem “desentendimento” com o Congresso Nacional e que não é só o Bolsa Família que depende da verba extra.

“Nós vamos continuar na mesa discutindo o que é melhor para o país. Isso dá conforto para os beneficiários do Bolsa Família, que não é por desentendimento no Congresso Nacional que eles ficarão desamparados”, disse.

Sobre o equilíbrio fiscal, cobrado por algumas linhas representantes do mercado, Haddad também “assegurou” um “um cenário de sustentabilidade das contas públicas” ainda em janeiro, “no mês inaugural do próximo governo”.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Lula tem o dever de ter mulheres com viés de esquerda em cargos centrais da administração, não em ministérios periféricos. Não vale Simone Tebet. Na área econômica, nomes como Esther Dwek têm que estar presentes em cargo de primeiro escalão, como o ministério do planejamento. Uma das grandes e principais respostas aos governos golpistas de temer e bolsonaro é a paridade de gênero na composição ministerial. E isso é emblemático.

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