Navio Jatobá simboliza o renascimento da indústria naval brasileira – Nove mil trabalhadores empregados a cada navio lançado

Batizado com o nome de uma árvore ameaçada de extinção — o Jatobá -, o novo navio brasileiro lançado ao mar nesta segunda-feira (25/10) no Rio de Janeiro, é um perfeito símbolo da recuperação da indústria naval do País. Para o presidente Lula, que compareceu à solenidade de lançamento noEstaleiro Ilha S.A. (EISA), o gigante de mais de 200 metros de comprimento e 47 mil toneladas, com capacidade para 2.800 contêineres, é mais do que o resultado da construção de uma embarcação — ele na verdade representa a construção de uma nação. “Uma nação é feita por homens e mulheres, uma nação é feita por pessoas que trabalham, por pessoas que estudam, que levam como resultado do seu trabalho o pão para dentro de casa, que vestem suas crianças”, afirmou, lembrando que há mais de 20 anos o Rio de Janeiro não lançava um grande navio.

A garrafa de champanhe que explodiu no casco do ‘Jatobá’ comemorava não apenas o lançamento de mais um navio brasileiro, mas também o bom momento que vive o País, com emprego e renda em alta, garantindo cidadania e dignidade aos trabalhadores. É dessa forma, reafirmou o presidente, que o Brasil enfrentará a violência e garantirá mais segurança a seus cidadãos.

Quando a gente quer enfrentar a violência, mais segurança, nós sabemos que é preciso preparar mais policiais, é preciso fazer o que você [governador Sérgio Cabral Filho] fez, mandando a polícia ocupar determinados lugares para tirar os bandidos e deixar as pessoas decentes morando lá. Mas a coisa mais sagrada é gerar milhões e milhões de empregos como esses que a gente está gerando.

E o renascimento da indústria naval brasileira está garantido, afirmou Lula, porque só a Petrobras tem uma grande quantidade de navios para contratar até 2015, o que “vai deixar todos os estaleiros felizes”. No próximo dia 19 o presidente vai lançar mais um navio, desta vez no estaleiro Mauá, em Niterói (RJ).

Antes de discursar o presidente Lula ouviu os agradecimentos de Luiz Oliveira, coordenador da Comissão da Fábrica do estaleiro Eisa, por ter recuperado a indústria naval brasileira. “Não foi em vão a sua crença neste setor. (…) Hoje nós temos aqui mais de 4 mil trabalhadores, presidente. Olhe no rosto desses pais de família e veja a alegria estampada em cada um deles”, disse, orgulhoso, para em seguida entregar ao ‘colega de profissão’ uma placa comemorativa em nomes dos trabalhadores do estaleiro.

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Nove mil trabalhadores empregados a cada navio lançado ao mar

Cerca de nove mil trabalhadores brasileiros são empregados a cada navio de grande porte que é construído no País, afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, Alex Santos. Segundo ele, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Promef trouxeram para o Brasil uma perspectiva de continuidade na geração de empregos. “Nos anos anteriores, quando se lançava um navio, nós costumávamos dizer que, junto com ele, três mil trabalhadores eram lançados ao mar, porque gerava desemprego. Hoje em dia eles têm uma perspectiva de continuidade: lança-se um navio, e há outro na
carreira para ser lançado novamente”.

E o renascimento da indústria naval brasileira vem transformando a vida de muita gente. Como a do casal Suelen e Gilson. Ela, após um curso profissionalizante, se tornou soldadora, profissão que exibe com orgulho. “Minha vida agora é muito melhor”, diz, com orgulho. “Antes eu não tinha garantia nenhuma de emprego. Agora, mesmo entregando um navio, sabemos que há outros para serem construídos e que o emprego da gente está garantido.”

Gilson, ex-cobrador de ônibus, trabalha há quatro anos na indústria naval e hoje é encarregado da produção. Para ele, uma das grandes vantagens da profissão é a possibilidade de crescimento. “Mudou praticamente tudo na minha vida. É daqui que levo meu sustento, é daqui que estou conseguindo comprar o meu carro. Graças a Deus estou conseguindo o que eu tinha almejado antes. Aqui só não aprende e cresce se você não quiser.”

Gilson e Suelen trabalharam na construção do porta-contêiner Log–In Jatobá, lançado ao mar nesta segunda-feira (25/10) em cerimônia que contou com a participação do presidente Lula e da primeira-dama Marisa Letícia, que foi a madrinha do navio. Seu custo total foi de R$ 152,9 milhões, sendo R$ 137,6 milhões financiados pelo Fundo da Marinha Mercante.

O Log-In Jatobá é a segunda embarcação de uma série de cinco porta-contêineres encomendados pela empresa Log-In ao EISA. Quando em operação, os novos navios deverão ampliar em 300% a capacidade do serviço de navegação costeira da empresa. O primeiro navio foi o Log-In Jacarandá, entregue há cinco meses. De acordo com empresa, a construção de cada embarcação emprega, direta ou indiretamente, cerca de 3 mil pessoas.
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Redação

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