Petrobras lucra R$ 6,201 bilhões no trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A Petrobras encerrou o segundo trimestre do ano com um lucro líquido de R$ 6,201 bilhões, revertendo perda de R$ 1,3 bilhão registrada no mesmo período do ano passado devido ao efeito da depreciação cambial sobre o endividamento líquido, parcialmente compensado pelo aumento no lucro operacional. Entretanto, o montante perdeu força em relação aos primeiros três meses de 2012, quando o total foi de R$ 7,693 bilhões. O lucro acumulado no semestre atingiu R$ 13,894 bilhões.

O lucro operacional totalizou R$ 11,1 bilhões, aumento de 13% ante o primeiro trimestre do ano, devido ao efeito do aumento dos preços de diesel e gasolina ocorridos ao longo do primeiro trimestre, maior produção desses derivados, ganhos obtidos com as operações de desinvestimento no exterior, pelos resultados da otimização de custos operacionais e pela continuidade na recuperação da eficiência operacional da produção na Bacia de Campos.

A receita de vendas chegou a R$ 73,627 bilhões, 2% acima do visto no primeiro trimestre, devido ao efeito integral dos reajustes praticados nos preços do diesel e gasolina ocorridos ao longo do 1T-2013 e ao aumento da demanda no mercado interno (3%), com destaque para o diesel (6%) e gás natural (4%). Estes efeitos foram parcialmente compensados pela menor receita de exportação de petróleo, decorrente da redução dos volumes e das cotações internacionais (Brent 9%).

O custo dos produtos vendidos atingiu R$ 54,919 bilhões, 2% superior aos primeiros três meses deste ano, por conta do aumento no volume de vendas no mercado interno (3%), a maiores importações de GNL e ao maior processamento de óleo leve importado. Estes efeitos foram parcialmente compensados pela menor participação dos derivados importados no mix de vendas.

Com o aumento do dólar em mais de 10% no ano, a estatal anunciou em julho uma alteração contábil que permite registrar, durante os próximos sete anos, parte do prejuízo causado pela variação contábil. A manobra é considerada legal, e permite que as empresas diminuam os impactos das variações cambiais, desde que gerem fluxos de caixa futuros em moeda estrangeira no sentido oposto. No caso da Petrobras, ela vai usar o petróleo a ser exportado futuramente para anular a perda cambial atual.

Segundo a estatal, a extensão da chamada contabilidade de hedge para proteção de exportações futuras permitiu que perdas cambiais de R$ 7,982 bilhões, relativas a cerca de 70% do endividamento líquido exposto à variação cambial, fossem contabilizadas no Patrimônio Líquido, as quais serão transferidas para o resultado à medida que as exportações forem realizadas. Os demais passivos líquidos expostos geraram perdas cambiais de R$ 3,180 bilhões no resultado. A despesa financeira líquida atingiu R$ 3,551 bilhões, devido à depreciação cambial sobre o endividamento líquido (depreciação de 10% do Real frente ao Dólar), já contemplando a menor exposição cambial decorrente da extensão, em meados de maio, da contabilidade de hedge para proteção de exportações futuras, que evitou a redução de R$ 7.982 milhões no resultado financeiro.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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