Produção industrial cai 0,2% em setembro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – ,A produção da indústria brasileira em setembro teve queda de 0,2% em relação a agosto, divulgou hoje (4) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), após dois meses consecutivos de taxas positivas. Na série sem ajuste sazonal, no confronto com igual mês do ano anterior, o total da indústria apontou redução (-2,1%) em setembro de 2014, sétima taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação.

Assim, os índices apresentados pelo setor industrial também foram negativos tanto para o fechamento do terceiro trimestre de 2014 (-3,7%), como para o acumulado dos nove meses do ano (-2,9%), ambas as comparações contra iguais períodos do ano anterior. Já o indicador acumulado nos últimos doze meses, com o recuo (-2,2%) em setembro de 2014, manteve a trajetória descendente iniciada em março último (2%) e assinalou o resultado negativo mais intenso desde dezembro de 2012 (-2,3%).

Na variação negativa da atividade industrial na passagem de agosto para setembro, sete dos 24 ramos pesquisados registraram queda na produção, com destaque para a redução (-4,1%) de produtos alimentícios, que eliminou o avanço de 0,8% do mês anterior. Outros segmentos que apresentaram resultados negativos foram os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,3%), de produtos de metal (-2,6%) e de outros equipamentos de transporte (-2,7%). Com exceção da última atividade, que mostrou taxa negativa pelo segundo mês seguido e acumulou perda de 12,6% nesse período, as demais apontaram resultados positivos em agosto último: 1,1% e 2,4%, respectivamente.

Por outro lado, entre os 15 ramos que ampliaram a produção nesse mês, o desempenho de maior importância para a média global foi de veículos automotores, reboques e carrocerias (10,1%), que apontou o terceiro resultado positivo consecutivo, acumulando nesse período expansão de 24,2%. Outras contribuições positivas importantes sobre o total da indústria vieram dos setores de produtos farmacêuticos e farmoquímicos (10,1%), de produtos de borracha e material plástico (4,6%), perfumaria, sabões, detergentes e produtos de limpeza (2,3%), metalurgia (2%) e produtos diversos (6,3%).

Entre as grandes categorias econômicas, a comparação com o mês imediatamente anterior mostra que somente bens intermediários (-1,6%) assinalou redução, após avançar 1,9% em agosto último. Por outro lado, o segmento de bens de consumo duráveis (8%) mostrou a expansão mais intensa em setembro de 2014 e eliminou o recuo (-4,1%) registrado no mês anterior. Os setores produtores de bens de capital (1,9%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (0,8%) reverteram os resultados negativos assinalados em agosto último: -0,1% e -0,8%, respectivamente.

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral da indústria variou 0,4% no trimestre encerrado em setembro frente ao nível do mês anterior e interrompeu a trajetória descendente iniciada em março. Entre as grandes categorias econômicas, bens de consumo duráveis (8,9%) e bens de capital (5,1%) assinalaram as expansões mais acentuadas, com o primeiro revertendo cinco meses seguidos de queda nesse tipo de indicador; e o segundo intensificando o ritmo de crescimento frente ao resultado observado no mês anterior (0,1%), após mostrar índices negativos entre abril e julho.

O segmento de bens de consumo semi e não-duráveis (0,2%) também apontou taxa positiva após registrar queda (-0,6%) em agosto. Por outro lado, o setor produtor de bens intermediários, com variação de -0,1%, assinalou o único resultado negativo e manteve o comportamento predominantemente negativo iniciado em maio último.

 

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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