Produção industrial melhora em quatro de 15 regiões em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Benefícios sociais e corte do ICMS sobre combustíveis afetam tomadas de decisões, com tendência de antecipação, segundo IBGE

Foto: Lenny Kuhne on Unsplash

A produção industrial aumentou em quatro dos 15 locais pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), com destaque para Pará (4,7%), Mato Grosso (3,7%), Santa Catarina (1,9%) e Rio de Janeiro (0,7%), que ficaram acima da média nacional (0,6%).

“O crescimento no Pará se deu principalmente pela indústria extrativista de minério de ferro. No Rio de Janeiro, o setor extrativo também é o grande responsável pela alta, mas destacamos o petróleo e gás natural”, disse Bernardo Almeida, analista do IBGE.

“Em Santa Catarina temos os setores de máquinas e equipamentos e produtos de borracha e material plástico. Já em Mato Grosso, o principal setor que influenciou de forma positiva foi o setor de alimentos”, completa Almeida.

Tais localidades foram favorecidas por medidas como a redução do ICMS sobre os combustíveis e o aumento de benefícios sociais modificam as tomadas de decisões por parte da produção, com tendência de antecipação.

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Os principais resultados negativos se deram no Espírito Santo (-7,8%), intensificando a queda de 1,3% em junho; Bahia (-7,3%), eliminando o ganho acumulado de 7,6% observado no período entre fevereiro e junho; e região Nordeste (-6,0%), que teve queda na produção de 6,8% em três meses consecutivos. Já Minas Gerais ficou estável (0,0%).

“Ainda permanecem efeitos negativos que observamos em divulgações anteriores. Por parte da oferta, o abastecimento de insumos e o encarecimento das matérias-primas, e pelo lado da demanda, inflação alta e juros elevados, causando o encarecimento do crédito. Tudo isso impacta diretamente no consumo das famílias e na cadeia produtiva”, pondera Bernardo. 

O estado de São Paulo, com queda de 0,6% na comparação com junho, representou a segunda maior influência no resultado industrial nacional, atrás apenas da Bahia no mês de julho.

Na comparação com julho de 2021, o setor industrial recuou 0,5%, com quatro dos quinze locais pesquisados apresentando taxa negativa.

Nesse mês, Espírito Santo (-10,6%) assinalou redução de dois dígitos e a mais acentuada enquanto Mato Grosso (25,6%) se destacou positivamente. Vale citar que julho de 2022 (21 dias) teve um dia útil a menos que o mesmo mês em 2021.

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Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. O impacto de um pequeno aumento na renda apenas nas famílias que recebem o benefício, impactam em alguma medida a recuperação do nível da produção e em decisões nos setores industriais. Não fosse a busca por atalhos e uma decisão acerca do que pode o País e como isso pode ser feito, qual seria o impulso disso em todo o conjunto econômico do País. O “vai pra onde o vento soprar” , que tem determinado muitas decisões e causado com que o Brasil praticamente não saia do lugar, consiste num dos maiores entraves ao desenvolvimento. Quem é levado pelo vento não tem nenhum destino, quando acelera e pensa que encontrou um destino, volta para o mesmo lugar. A promiscuidade política no País, acaba causando aversão ao termo e ao tema. Mas o rumo do País depende das várias políticas que interferem a construção do seu desenvolvimento econômico e social. O não crescimento também tem grande interferência na intensidade do desenvolvimento e organização do País e sua sociedade. São as ações que fazem o País mudar enquanto sociedade civilizada; sem boas ações, sem bons resultados.

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