Os servidores do Banco Central decidiram rejeitar a PEC 65, conhecida como PEC da autonomia do Bacen. Ao todo, foram cerca de 74% de votos contrários dentre 4505 votantes.
A decisão foi tomada em assembleia deliberativa com votação eletrônica realizada entre os dias 26 de março e 02 de abril.
Segundo o Sinal (Sindicato Nacional dos Funcionários do BC), até o momento os trabalhadores não puderam contribuir com a elaboração do texto, o que gerou um sentimento de insatisfação.
“Roberto Campos Neto disse, no início de 2023, que proporcionaria dialogo total com a categoria. Contudo, a Pec 65 foi elaborada na surdina, sem debates com os servidores do BC”, afirma Fábio Faiad, presidente nacional do sindicato.
Para o Sinal, a proposta apresentada em novembro de forma inoportuna e precipitada, o que “reforça a mobilização dos servidores em torno de uma agenda que busca o reconhecimento e a valorização da carreira de Especialista do Banco Central”.
“Tamanho desdobramento para sua aprovação, às custas de entrar em rota de coalização, não apenas com o corpo funcional do BC, mas também com a Fazenda, pareceu não visar a melhoria do BC nem do país, mas outros interesses obscuros que o presidente da autarquia precisa explicar”, pontua a instituição.
O sindicato também espera que o relator da PEC 65 no Senado, senador Plínio Valério (PSDB), e a direção do Banco Central apresentem um projeto de autonomia “com uma configuração jurídica que garanta a proteção das atribuições do BC, da estrutura atual da Instituição e dos seus servidores ativos, aposentados e pensionistas”.
A autonomia do Banco Central entrou em vigor em fevereiro de 2021, após ser aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado pelo governo. A lei de independência do Banco Central tem como principal mudança a adoção de mandatos de 4 anos para o presidente e diretores da autarquia federal. Esses mandatos ocorrerão em ciclos não coincidentes com a gestão do presidente da República.
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“Roberto Campos Neto disse, no início de 2023, que proporcionaria dialogo total com a categoria. Contudo, a Pec 65 foi elaborada na surdina, sem debates com os servidores do BC”, afirma Fábio Faiad, presidente nacional do sindicato.
Me parece que não é apenas usar da mentira, da traição aos funcionários e do propósito de não deixar o país crescer, para atender ao gula dos rentistas do mercado.
Eu imagino que um planejado plano de independência total do Banco Central, que possa tornar como seu dependente qualquer governo eleito é o objetivo único e principal de quem encomendou a missão.
Querem o Brasil escravo, dominado e dependente do mercado, dos rentistas, da elite golpista e do capital estrangeiros.
É a visão que me chega, após tantas críticas que o Banco Central vem recebendo desde a aprovação, desde que entrou em vigor em 2021.
Precisamos nos manter fortes e atentos para descobrir quem são todos os traidores e traidoras do Brasil, de nossas irmãs e dos nossos irmãos.