Setor externo ajuda bolsa a interromper ciclo de queda

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – Após quatro dias consecutivos de queda, a bolsa de valores conseguiu interromper o ciclo e encerrar a quinta-feira com valorização acima de 2%, com apoio do setor externo e pelo avanço das principais ações negociadas no Brasil.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) fechou as operações em alta de 2,51%, aos 50.414 pontos e um volume negociado de R$ 7,960 bilhões. Com isso, a bolsa brasileira conseguiu reduzir uma parte de suas perdas para -5,78%, enquanto a desvalorização anual é de 17,29%.

Em dia de agenda doméstica com poucos indicadores – e as vendas no varejo brasileiro ficando abaixo do esperado –, coube ao setor externo puxar a bolsa. Os destaques ficaram com o varejo norte-americano (que avançaram 0,6% ante abril, acima da projeção de 0,4%. A variação anual avançou 4,3%) e os dados de auxílio-desemprego, que mostrou uma redução de 12 mil pedidos, para um total de 334 mil, na semana até 08 de junho. Analistas esperavam um acréscimo de 350 mil pedidos.

“O mercado já tinha tentado uma recuperação, mas não conseguiu se sustentar. E com os dados que saíram hoje, os investidores voltaram a comprar”, diz o analista Gabriel Ribeiro, da Um Investimentos.

Os indicadores econômicos nos Estados Unidos ajudaram a impulsionar a retomada dos mercados internacionais, ajudando a interromper as vendas e as compras realizadas no mercado doméstico, tanto que as ações das blue chips (as principais companhias negociadas na Bolsa) fecharam o dia com ganhos acima de 3%. “Os dados americanos ajudaram na recuperação, e mostram que o consumidor americano está indo às compras, e isso ajuda a economia do país”, explica Ribeiro.

Quanto ao dólar, informações do serviço Broadcast, da Agência Estado, indicam que a cotação fechou em queda de 0,46%, negociado a R$ 2,1420 no mercado à vista de balcão.

Além do comportamento do setor externo, o fim da cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) em derivativos ajudou a abrir espaço para a queda. Após o fechamento do pregão, Mantega anunciou na noite de terça-feira (11) o fim da cobrança de 1% de IOF em posições vendidas (aposta em queda do dólar) líquidas em derivativos cambiais acima de US$ 10 milhões. Com isso, teoricamente a moeda fica mais livre para oscilar, o que favorece o controle da inflação.

Para sexta-feira, a agenda reserva a divulgação do IGP-10 (Índice Geral de Preços – 10) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e os dados de atividade econômica elaborados pelo Banco Central. No exterior, destaque para os dados de preços ao produtor, de produção industrial e a variação preliminar da confiança ao consumidor nos Estados Unidos, além do índice de preços ao consumidor na zona do euro. “O mercado vai ser bastante influenciado, especialmente com dados dos EUA”, diz Ribeiro.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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