S&P melhora perspectiva de nota do Brasil

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Na primeira revisão desde 2019, agência de classificação de risco sinaliza que próximo movimento pode ser de melhora

Foto: Reprodução – International Investment Bank

Texto atualizado às 19h30 para acréscimo de informações

A agência de classificação de risco Standard & Poor’s anunciou a melhora da perspectiva da nota do Brasil de estável para positiva, em sua primeira revisão desde o ano de 2019. A nota do país segue como BB-, três graus abaixo do grau de investimento.

Vale lembrar que, quando uma das três agências de rating (S&P, Fitch Ratings e Moody’s) faz uma mudança de nota, existe a tendência de que as outras sigam a mesma trajetória.

Em comunicado divulgado no final da tarde desta quarta-feira (14/06), a S&P indicou que os sinais de maior clareza sobre as políticas fiscal e monetária podem beneficiar as perspectivas de crescimento, apesar das ressalvas em torno do impacto do déficit na dívida pública brasileira.

Segundo o comunicado, a melhora da perspectiva representa um primeiro passo para melhorar a nota da dívida pública brasileira.

De acordo com a S&P, a classificação de risco do país poderá ser elevada em dois anos caso as instituições implementem uma política econômica “pragmática”, que consiga abrir espaço para mais crescimento. Além do novo arcabouço, a agência citou a aprovação de reformas adicionais, como a tributária.

“Todos os pontos mencionados como fundamentais para a mudança na perspectiva de rating dizem respeito a mudanças estruturais levadas a cabo nos últimos anos. A incerteza sobre a política monetária só pôde ser reduzida por conta da aprovação da autonomia da autoridade monetária, formalmente concedida em fevereiro de 2021”, diz Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital.

Ela ressalta que a decisão da S&P não foi tomada com base em movimentos conjunturais, mas em diretrizes estruturais, que tendem a seguir inalteradas (ou com poucas mudanças) e trazer mais clareza sobre os próximos passos em termos econômicos.

Contudo, Carla pontua que fatores igualmente estruturais foram citados como limitadores da melhora do rating, em especial a dinâmica entre os poderes. Para ela, é preciso um trabalho contínuo, “principalmente no que concerne à evolução das contas públicas” para que essa perspectiva positiva não sofra nova alteração.

Com Agência Brasil

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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