Volume de vendas no varejo recua 0,7% em junho

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Jornal GGN – O comércio varejista encerrou o mês de junho com variações negativas: queda de 0,7% para o volume de vendas e de 0,2% para a receita nominal, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Com o resultado, o volume de vendas voltou a ser negativo depois do crescimento apresentado em maio, enquanto a receita nominal de vendas mostrou sua primeira queda desde maio de 2012.

Quanto à média móvel, o volume de vendas obteve variação de -0,2%, enquanto a receita cresceu 0,4%. Nas séries sem ajuste, o volume de vendas cresceu 0,8% em relação a junho do ano anterior, acumulando alta de 4,2% nos seis primeiros meses do ano e de 4,9% nos últimos 12 meses. Para os mesmos indicadores, a receita nominal variou 7,4%, 10,5% e 11,4%, respectivamente.

Comparando o segundo trimestre de 2014 com o primeiro, na série com ajuste sazonal, observa-se diminuição no varejo, com a taxa passando de 4,5% para 4,0% e queda no varejo ampliado, de 2,1% para -1,8%. Das dez atividades, duas apresentaram resultado superior ao do trimestre anterior: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (de 7,5% para 11,7%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (de 2,6% para 4,4%).

As demais atividades registraram variações inferiores ao trimestre anterior: Material de construção (de 7,2% para -2,9%); Veículos, motos, partes e peças (de -3,7% para -11,7%); Combustíveis e lubrificantes (de 8,1% para 0,3%); Livros, jornais, revistas e papelaria (de -3,7% para -8,7%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (de 12,6% para 7,8%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (de -0,7% para -5%); Móveis e eletrodomésticos (de 6,5% para 3,8%) e Tecidos, vestuário e calçados (de 0,4% para -1,7%).

Em junho, o volume de vendas (com ajuste) recuou em nove das dez atividades pesquisadas: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,5%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,9%); Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%); Móveis e eletrodomésticos (-2%); Combustíveis e lubrificantes (-2,3%); Material de construção (-3,9%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-4,2%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-5,3%); e Veículos e motos, partes e peças (-12,9%). O único segmento com resultado positivo foi o de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%).

Em relação a junho de 2013 (série sem ajuste), quatro das oito atividades do varejo tiveram alta: 7,9% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 7,7% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria; 0,5% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 0,1% para Móveis e eletrodomésticos; -12,1% para Livros, jornais, revistas e papelaria; -7% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; -2,5% para Tecidos, vestuário e calçados; e Combustíveis e lubrificantes com -3%.

Na avaliação regional, 17 das 27 Unidades da Federação apresentaram altas em relação a junho de 2013. Os destaques com volume de vendas positivo foram: Acre (15,0%); Rondônia (9,9%); Roraima (9,1%); Paraíba (7,4%); e Ceará (7,2%). Quanto à participação na composição da taxa do Comércio Varejista, destacaram-se, pela ordem, Rio de Janeiro (4,4%); Ceará (7,2%); Bahia (2,7%); Paraíba (7,4%) e Maranhão com 6,2%.

O primeiro semestre de 2014 apresentou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado foi inferior ao registrado no segundo semestre de 2013, que alcançou 5,4%. Segundo o levantamento, a diminuição do ritmo de crédito e as alíquotas de IPI mais altas, incidentes em algumas categorias de produtos, contribuíram para este resultado.

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

1 Comentário

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  1. Sem comentarios

    Só no final da noticia é mencionada a informação mais relevante do ponto de vista da análise econômica:

    “O primeiro semestre de 2014 apresentou crescimento de 4,2% em relação ao mesmo período do ano anterior”.

    Ou seja o mercado consumidor interno continua aquecido, com uma ligeira tendencia de desaceleração em relação ao ritmo de 2013, quando o crescimento foi de 5,4%.

    Mas o terrorismo economico promovido por 3 anos seguidos de manchetes enviesadas como essa está sem duvida fazendo efeito sobre a confiança dos empresarios e consumidores, contribuindo para que esse dinamismo não seja incorporado pelas expectativas.

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