Mandetta apoiou PEC que retirou R$ 22,5 bi da Saúde

Hoje defensor de mais gastos para a Saúde na crise do coronavírus, ministro foi favorável ao Teto dos Gastos Públicos em 2016

Foto: Reprodução

Jornal GGN – Hoje defensor de mais gastos para a Saúde para lidar com a pandemia do coronavírus, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) foi um dos deputados que votou a favor da emenda constitucional do Teto dos Gastos Públicos, que retirou cerca de R$ 22,5 bilhões do setor apenas nos últimos três anos.

Esse valor é superior a todos os recursos destinados ao Ministério da Saúde de forma emergencial para enfrentar a pandemia do coronavírus, no total de R$ 18,9 bilhões. E também representa cerca de sete vezes o orçamento com o programa Mais Médicos, que chegou a atender 60 milhões de brasileiros.

Em artigo publicado no portal UOL, o jornalista Rubens Valente explica que, na época da aprovação da PEC do Teto de Gastos – que ocorreu durante o mandato de Michel Temer -, o então ministro da Saúde, Ricardo Barros, e o deputado Mandetta argumentavam que os orçamentos da Saúde e da Educação não seriam prejudicados. Tanto Mandetta como seu partido (o DEM) votaram a favor da emenda, que acabou por congelar os gastos públicos por 20 anos.

Em entrevista a Valente, o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT-SP) diz que a Emenda Constitucional derivada da PEC retirou “recursos que teriam tido impacto muito importante na atual conjuntura, como ampliação dos leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva]” e ressaltou que, em 2016, Mandetta foi “mais do que um defensor, foi um articulador” da PEC, ao lado de colegas na frente parlamentar de saúde, como o relator, Darcísio Perondi (MDB-RS).

Redação

4 Comentários

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  1. Não foi só ele. A TV Globo, o jornal O Globo também. Rodrigo Maia idem. Isso NUNCA pode ser esquecido. E, pior, esse é só um dos problemas que este senhor e seus apoiadores provocam.

  2. Farinha do mesmo saco do governo. Do DEM, logo, de direita. Adepto do Estado mínimo. Mas, quando a situação aperta, ele e sua turma exigem a intervenção estatal. É sempre assim: capitalização dos lucros e socialização dos prejuízos.

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