A tecnologia digital e as escolas públicas no futuro

Sugerido por jns
 
Traduzido do site garynorth.com
 
Celulares matarão as escolas públicas antes de 2040
 
Gary North | 24 JAN 2014
 
O Ron Paul Curriculum, 100% digital, não usa salas de aula. e não exige que os pais comprem quaisquer livros didáticos, antecipando o futuro não muito longínquo.
 
A densidade de chips de computador dobra a cada 18 meses. 
 
Isso era apontado em 1965, quando Gordon Moore, da Intel, fez esta observação, e, hoje, a densidade é duplicada perto de cada 12 meses.
 
Ray Kurzweil escreveu sobre a Lei de Moore, no seu artigo sobre a Lei de Aceleração do Retorno, um clássico, em 2001, e eu levo a sério as suas estimativas sobre os custos associados.
 
“Em linha com as minhas previsões anteriores, os supercomputadores vão atingir a capacidade do cérebro humano até 2010 e os computadores pessoais vão fazê-lo por volta de 2020. Em 2030,  para processar a capacidade de um conjunto de cérebros humanos (cerca de mil pessoas) serão gastos cerca de $ 1000 em tarefas da computação. Em 2050, apenas $ 1000 de computação serão necessários para obter o poder de processamento de todos os cérebros humanos da Terra.”

 
O que uma escola pública vai ensinar ao aluno que possui um computador tão poderoso com a mobilidade de um telefone celular?
 
O que uma escola pública ensinaria a 2.000 estudantes em 2030 e qual seria o alcance do desempenho dos alunos? 
 
O professor seria brilhante, o suficiente, para ensinar esses alunos ou um aplicativo de smartphone vai ser um  melhor professor, à distância?
 
O professor irá atuar apenas para monitorar e impor a disciplina nas escolas que funcionarão para o armazenamento de operações.
 
Como é que essas pessoas treinarão os melhores e os mais brilhantes cérebros para o admirável mundo novo da produção digital?
 
O êxodo começará.
 
Sites referenciados:
 
http://www.ronpaulcurriculum.com/
 
http://www.kurzweilai.net/the-law-of-accelerating-returns
 
http://edition.cnn.com/2013/12/10/business/ray-kurzweil-future-of-human-life/
 
http://calculatoredge.com/
 
http://www.newyorker.com/reporting/2013/05/20/130520fa_fact_heller?printable=true&currentPage=all
 
Texto integral: http://www.garynorth.com/public/12032.cfm
Luis Nassif

5 Comentários

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  1. Esta visão é ingênua, tanto

    Esta visão é ingênua, tanto quanto à vistas ao processo de ensino-aprendizagem em si, quanto ao papel das Tecnologias de Informação e Comunicação no processo educacional. Diria mais: é superada e reflete um discurso de dominação e opressão de uma classe já oprimida, os professores de escolas públicas.

    Recomendo a leitura de “O Conceito de Tecnologia”, de Álvaro Vieira Pinto e da literatura sobre Educação e Ensino de Ciências sobre o assunto, há vários periódicos nacionais que tratam a questão a fundo e com propriedade, sem fazer um apelo barato ao senso comum com o post acima.

  2. Esta visão é ingênua, tanto

    Esta visão é ingênua, tanto quanto à vistas ao processo de ensino-aprendizagem em si, quanto ao papel das Tecnologias de Informação e Comunicação no processo educacional. Diria mais: é superada e reflete um discurso de dominação e opressão de uma classe já oprimida, os professores de escolas públicas.

    Recomendo a leitura de “O Conceito de Tecnologia”, de Álvaro Vieira Pinto e da literatura sobre Educação e Ensino de Ciências sobre o assunto, há vários periódicos nacionais que tratam a questão a fundo e com propriedade, sem fazer um apelo barato ao senso comum com o post acima.

  3. Saber viver

    Se eu não tivesse filha, muito provavelmente concordaria com essa idéia.

    Mas como tenho, não posso concordar. 

    O que é uma escola? Um “espaço de educação”. Para ser educado, ensinado.

    Ensinar o que? Aprender o que?

    A viver em sociedade!

    Como perguntar a uma máquina: como se vive em sociedade?

    “Não é possível banhar duas vezes no mesmo rio, pois suas águas assim como que nelas banhou nunca serão os mesmos”.

    E mesmo que a máquina a aprenda a aprender, qual a razão de viver se nada mais podemos fazer. Nem pensar, nem criar, nem ser.

    Enquanto existirem pessoas, existirão escolas e professores(as).

    Áh, quando levei minha filha a primeira vez na escola descobri que ela (a escola) entre outras tarefas tem o papel de “socializar”. É um espaço de socialização. Há outros espaços iguais, mas com outros fins. 

    A verdadeira escola é um fim em si mesmo. Um espaço de socialização de saberes. Nada mais que isso. Não quer chegar a lugar algum. Apenas permitir que consigamos viver em sociedade, nos realizando feliz e pacificamente nela.

  4. Isso é uma tolice total

    Ensino exige INTERAÇAO, nao é mera transmissao de conhecimentos prontos, é FORMAÇAO. 

    E também é tolice dizer que os computadores já alcançaram a capacidade do cérebro humano. Em força bruta de cálculo, desde o início o fizeram, mas raciocíniar, usar a linguagem e criar sao coisas muito diferentes de fazer cálculos ou outra operaçoes predisponíveis. 

  5. Ontem:
    A automação do

    Ontem:

    A automação do trabalho passou a trabalhar pelo homem, e o homem passou a trabalhar para o funcionamento desta automação.

    Perde-se aqui, e ganha-se ali.

    Hoje:

    A inteligência computacional está começando a pensar pelos homens, e os homens começarão a pensar para o funcionamento computacional.

    Perde-se aqui, e ganha-se ali.

    Amanhã (2030):

    O que eu como desenvolvedor sei hoje, uma criança, logo mais, “nascerá sabendo”. Exatamente como os “recém nascidos” de hoje hackeiam smartphones. Elas desenvolverão softwares de maneira natural. Em partes pela TI (Tecnologia da Informação) estar presente em todas as matérias desde o ensino fundamental, mas também pelas linguagens de programação estarem mais fáceis, evoluídas, semânticas, e com ferramentas de desenvolvimento absurdamente mais intuitivas e produtivas.

    Esta criança vai crescer e virar professora de Português (por ex.) se tornando uma usuária da tecnologia educacional. Assim como já ocorre hoje, mas ao invés dela somente apertar botões do computador, ela saberá desenvolver sistemas (além claro de sua qualificação: Português).

    Voltando rapdidamente aos dias de hoje, ao fazer uma faculdade de engenharia mecânica/robótica/mecatrônica, você aprende também a colocar a mão na massa. Primeiramente aprende na prática, para depois sentar na frente do computador. Aprendemos a lidar com isto.

    Da mesma forma, nosso professor de 2030 conhecerá a matéria da Língua Portuguesa, porém a parte repetitiva, complexa, que exijam cálculos, cruzamento de dados, estatísticas, etc,  será delegada aos computadores. A primeira instância pode parecer atrofiante, pensar em delegar o trabalho de nossos neurônios à inteligência artificial, porém nosso professor será compensado por suas faculdades e práticas na área de TI. Aprenderemos a lidar com isto também.

    Existem seus prós e contras quanto a esta visão tecno evolucionária, mas é para aí que estamos caminhando.

    Depois de amanhã (2050)

    O problema de verdade consiste em não existir limite para o crescimento da área de TI junto ao seu gradual aumento na fatia de mercado.

    Primeiro chegará uma hora que todo mundo será apenas Desenvolvedores de Sistemas. E todos os cargos, assim como o de Professor, evidentemente, será substituído pela máquina. Muito mais estranho, mas seguindo a lógica de adaptação humana, ok, talvez saibamos lidar com isto também.

    Um pouquinho mais a frente e chutando o balde…

    Mas a próxima etapa, é que a tecnologia terá autonomia para se “auto evoluir” de maneira exponencial. Em primeiro momento, talvez limitado à sua tarefa pelo qual ela foi designada. Mas em segunda instância, poderá obter conhecimentos que nem sonhamos ter, com maior precisão e em questão de segundos.

    Agora o maior dos problemas, não será a educação mas a sobrevivência. Segundo Asimov:

    “Os poucos sortudos que poderão estar envolvidos no trabalho criativo serão a verdadeira elite da humanidade, sozinhos vão fazer mais do que servir uma máquina.”

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