Expansão do crédito será aposta do governo para fazer a economia voltar a crescer

A política adotada pela Fazenda será a de democratização do crédito, especialmente o microcrédito, almejando atender pequenas empresas.

Agência PT

Na visão do próximo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), o acesso ao crédito é o mecanismo, ao lado da educação, mais eficaz para promover a ascensão social da população e multiplicar oportunidades.

Assim, o crédito será a grande aposta de Haddad como política para a retomada econômica do Brasil no governo Lula 3. “Em 2003, fizemos uma grande agenda de crédito no Brasil. Uma das mais eficazes agendas de expansão do crédito com responsabilidade. Não teve quebra de bancos, ao contrário. Os bancos ficaram mais robustos, porque eram programas de expansão de créditos corretos.”

Para o próximo ano, a política adotada pelo governo será a de democratização do crédito, especialmente o microcrédito, almejando atender pequenas empresas.

Haddad garante, no entanto, que o governo deve acabar com a mamata de empresas já consolidadas no mercado. “Não há necessidade de nenhum tipo de apoio do estado para aqueles que têm acesso a crédito barato.”

Aberto ao diálogo

O novo ministro admitiu ainda que o mercado financeiro está bastante diferente do que o encontrado pela equipe de Lula quase 20 anos atrás. Há bancos relevantes que não têm, sequer, uma agência física de atendimento aos clientes, pois todo o modelo de negócio está ancorado no digital.

“Temos uma série de providências a tomar. As cooperativas de crédito estão reclamando algumas dessas providências. Precisamos discutir a regulação do mercado financeiro, que prosperou no último período por conta da expansão da concorrência. Não teremos nenhum preconceito em sentar com líderes do sistema financeiro para o aperfeiçoamento das regras, da governança, da sustentabilidade”, concluiu Haddad.

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Camila Bezerra

Jornalista

1 Comentário

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  1. Hehehe…tentanto consertar o que não tem conserto…

    Expandir o crédito é como jogar um balde de sangue em água infestada de tubarões…

    Meu zeus, este pessoal não leu Robert Kürz? Então tá, vamos mais baixo, não leram Conceição Tavares?

    Capitalismo de periferia não expande, não existe este troço de desenvolvimento regional ou nacional, senão como soluço sazonal (cada vez mais raros)…

    Crédito não é capitalismo, crédito é o anticapitalismo encarnado, é o antivalor, minha gente…

    Desde que os Estados Nacionais abriram mão do poder de emitir moeda, e passaram beber na dívida, ao mesmo tempo que deixaram de tributar, a sobrevida do capitalismo mundial reduziu em 30, 40 anos…

    Como dizem os cartazes nas salas de AA: “burrice é cometer os mesmos erros, e esperar resultados diferentes”.

    Pois é: o crédito é o novo “imposto privado” sobre a Humanidade, a nova religião, o novo ópio do povo…

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