Minas Gerais: Pimentel e Anastasia acirram debate na Record para o governo

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Reprodução
 
Jornal GGN – Na reta final das campanhas para as eleições 2018, a disputa pelo governo de Minas Gerais se viu ainda mais acirrada no debate organizado pela TV Record, na noite deste sábado (29). Com troca de farpas e tentativa de conciliar seus respectivos nomes a candidaturas nacionas, enquanto Fernando Pimentel (PT) recorreu ao aval de Haddad, Antonio Anastasia (PSDB) preferiu destacar a aliança junto ao atual governo federal de Michel Temer.
 
O encontro dos candidatos ao governo de Minas ocorreu no início da tarde deste sábado e contou com a presença de seis postulantes. Mas a polarização foi centrada nas duas principais candidaturas, em debate efusivo, com acusações sobre as responsabilidades da atual situação fiscal do estado.
 
Durante o debate, o candidato do MDB, Adalclever Lopes, lembrou a dívida do governo federal com o estado, que chega a R$ 140 bilhões. “Esse dinheiro possibilitaria vários programas sociais em Minas”, afirmou.
 
O governador Fernando Pimentel, candidato à reeleição, ressaltou o bloqueio de repasses do governo federal de Michel Temer para Minas Gerais e, ao mencionar o cenário, questionou  Anastasia se, ainda assim, ele mantém o apoio ao governo emedebista. O candidato tucano, que foi o relator do processo que levou Temer à presidência e apoiou todos os projetos enviados pelo presidente ao Congresso, preferiu se abster da resposta.
 
“Um homem público tem o direito de se arrepender de decisões erradas. Fico triste, mas o senador Anastasia não se arrepende de nada: não se arrepende do apoio ao Michel Temer, do apoio à PEC que tirou recursos da saúde e educação, nem se arrepende das obras faraônicas no Estado”, disse Pimentel.
 
Já Anastasia acusou Pimentel de ter “arruinado as finanças de Minas” e se disse impressionado como o candidato do PT tinha “coragem de se candidatar”. Na tese do tucano, o atual governador aumentou as despesas, não pagou servidores e quis privatizar a Codemig, chamada por ele de “jóia da coroa” de Minas Gerais. 
 
Para Fernando Pimentel, os problemas financeiros do estado serão superados com a saída de Temer e entrada de Fernando Haddad na presidência. “É impossível resolver o problema fiscal com o governo Temer em Brasília, com o apoio de Anastasia, de Aécio e do PSDB”, disse o governador mineiro. “Com Haddad na presidência isso vai melhorar, não só para Minas, mas para todos os estados.”
 
Na mesma linha de Pimentel, a candidata do PSOL, Dirlene Marques, também questionou o apoio de Anastasia a um presidente que prejudica as finanças de Minas Gerais: “o senhor foi o relator do processo de impeachment de Dilma que hoje, todos sabemos, não cometeu crime algum”, disse.
 
Assista ao debate:
 
 
 
Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

5 Comentários

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  1. Errou

    Fala sobre o debate de MG e coloca o vídeo so debate de São Paulo.

    Aí não dá né?

    O GGN está muito morno para os meus interesses.

    Só xaropadas de matérias.

    Tenho me abstido de comentar justamente pelos temas redundantes.

    1. Atualizado

      Estimado,

      Sim, erramos o link. A matéria foi atualizada com o vídeo correto do debate dos candidatos de Minas Gerais, e não de São Paulo, como estava antes.

  2. Niobio de Minas Gerais

    O povo mineiro tem que saber a verdade sobre a CODEMIG. Essa notícia que iria vender o niobio para o estrangeiro é uma falácia dos tucanos. A verdade é que foi o Aécio Neves que em seu primeiro ato de governo em 2003 entregou de forma absurda, sem licitação e sem contrapartida vantajosa para Minas Gerais, a exploração do Niobio para o ITAÚ, num contrato de 32 anos. Não foi à toa que ele obteve o apoio do Itaú em suas campanhas políticas para o Estado de Minas e Presidência.

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