Brasil quer atrair empresas de energia renovável

Jornal GGN – A Apex-Brasil está enviando representantes brasileiros a Nova Iorque para participar do fórum The future of energy, que discute o futuro da geração de energia com foco em tecnologias renováveis. O objetivo é atrair indústrias que possam fomentar o desenvolvimento do setor no país.

Da Agência Brasil

Brasil vai apresentar oportunidades em energia solar e eólica em evento nos EUA

Por Sabrina Craide

Representantes brasileiros dos segmentos de energia solar e eólica e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) irão participar nos dias 4 e 5 de abril do fórum The Future of Energy Global Summit, promovido pela Bloomberg, em Nova York. O objetivo é apresentar as oportunidades de investimentos no Brasil nesses setores.

“O Brasil tem um potencial grande para crescer, para atrair indústrias da cadeia produtiva e para no futuro a indústria nacional desses setores poder até exportar a partir daqui”, explica a gerente de Investimento da Apex-Brasil, Maria Luisa Cravo. Também devem participar representantes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Durante um almoço de negócios, a Apex vai apresentar os avanços do mercado brasileiro nos setores de energia solar e eólica a investidores e formadores de opinião.

“Nossa expectativa é sair de lá já com alguns atendimentos, com algumas empresas interessadas e provocar uma vinda delas aqui para conhecer in loco as oportunidades, conversar com os players, entender melhor a regulamentação do país”, diz Cravo. O evento deverá reunir cerca de mil participantes, entre indústrias, investidores e lideranças do setor em painéis de debates, seminários informativos e oportunidades de negócios.

O Brasil já está na lista de maiores produtores de energia eólica do mundo e a estimativa é de que a capacidade eólica instalada chegue a 24 mil megawatts em 2024. Desse total, 21 mil deverão ser gerados na Região Nordeste.

Para o setor de energia solar, o governo federal lançou, no começo deste ano, o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), que prevê o estímulo à geração de energia a partir de placas solares em residências, prédios, condomínios e lojas, que possa ser compartilhada com o sistema das distribuidoras de energia. O governo estima um potencial de investimentos de R$ 100 bilhões nessas tecnologias e prevê a adesão de 2,7 milhões de unidades consumidoras ao programa até 2030.

Redação

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. DWEconomiaLíder do setor de

    DW

    Economia

    Líder do setor de energia solar alemão luta contra falência

    Acionistas definem reestruturação da maior fabricante de células fotovoltaicas da Alemanha para evitar quebra definitiva. Caso evidencia dificuldades enfrentadas por uma indústria pressionada pela concorrência asiática.

    Nuvens carregadas pairam sobre a cidade de Bonn. Apenas o empresário Frank Asbeck, dono da empresa de energia Solarworld, sorri durante a reunião de acionistas que decidiu o futuro daquela que é a obra da sua vida.

    Nesta quarta-feira (07/08), os acionistas aprovaram um plano de reestruturação para a maior fabricante de placas fotovoltaicas da Alemanha e livraram – ao menos por enquanto – a empresa da falência.

    “Eu avalio a chuva como um sinal positivo. Ela limpa os painéis solares”, comenta Asbeck, que, olhando para o céu cinzento, completa: “Finalmente a poeira será removida.”

    Ele deseja um recomeço. Vestindo uma tradicional jaqueta alemã, Asbeck mais parece um dono de restaurante da Baviera do que o proprietário de um negócio milionário, de dois castelos com vista para o Reno e de um campo de caça.

    Em seu auge, a Solarworld valia 5 bilhões de euros. Hoje não vale quase nada. Para salvar a empresa da falência, os credores tiveram que abdicar de mais da metade do seu dinheiro, e as ações foram desvalorizadas em 95%.

    “Nós compramos as ações há um ano. Na época achávamos que apoiaríamos um pouco essa empresa”, afirma uma acionista.

    Altos e baixos

    Asbeck espera um recomeço

    O tom de decepção era recorrente na manhã do encontro. Alguns herdaram ações, outros apostaram na indústria solar. A maioria dos presentes era aposentado. Ninguém estava furioso, mas a decepção era evidente.

    “Eu comprei ações porque achava que Asbeck era um empresário inteligente. Agora estou decepcionado”, afirma um deles.

    Dentro da restruturação aprovada pelo acionistas, quem tinha 150 ações passa a possuir apenas uma. A falência significaria desvalorização total, ou seja, perda completa de capital. Ao comprar os títulos, muitos acharam que, com o investimento, garantiriam a aposentadoria – ou pelo menos um lugar ao sol.

    “A ascensão da Solarworld aconteceu numa época em que muitas empresas do ramo de energia solar cresceram”, lembra Philippe Welter, redator-chefe da revista Photon.

    Em 2000, a chamada Lei da Energia Renovável incentivou a alimentação das redes de eletricidade com energia solar, o que levou a uma grande ampliação no uso de placas fotovoltaicas na Alemanha.

    “Na época, a margem de lucro para os fabricantes era muito grande devido à produção insuficiente”, diz Welter, que lembra que muitas indústrias solares foram criadas. Mas o mercado em crescimento também atraiu a atenção de empresas do exterior, principalmente dos países asiáticos.

    Produção na Alemanha é cara

    A aventura que começou com uma rápida ascensão terminou em falência e desmantelamento para as empresas alemãs Q-Cells, Solon e Conergy. Grandes nomes, como Bosch e Siemens, abandonaram o setor. Agora, Asbeck espera um recomeço para a Solarworld. Depois da redução no capital da empresa, o Catar investirá 35 milhões de euros, adquirindo 29% das ações.

    Futuro incerto

    Mas mesmo especialistas em energia não têm certeza sobre o futuro da indústria solar alemã. Para Claudia Kemfert, do instituto econômico DIW, a pressão nos preços, exercida pelas empresas asiáticas, é o motivo para a crise na Alemanha, e todas as empresas que quiserem continuar no setor vão ter de se adequar a essa situação. Para ela, o importante será impor inovações. “Somente assim a indústria solar terá um grande futuro”, afirma.

    O diretor do Instituto Fraunhofer para Sistemas de Energia Solar, Eicke Weber, é da mesma opinião. Ele considera a economia alemã muito relutante quanto se trata de investir em novas tecnologias. “Os investidores alemães não gostam mais de arriscar”, diz. Para ele, investidores estrangeiros conseguiram perceber melhor o potencial dessa tecnologia.

    Mas há opiniões contrárias. “Eu nunca considerei a indústria solar como um setor com futuro”, afirma Manuel Frondel, do instituto de pesquisas econômicas RWI. Para o especialista, o governo alemão tem culpa pela atual situação por ter apoiado a produção de energia solar pelos consumidores sem olhar para a procedência das placas solares que eles estavam montando nos telhados de suas casas.

    Assim, empresas de países onde o nível salarial é bem menor do que o alemão acabaram indiretamente tirando proveito de uma situação favorável, que havia sido proporcionada por recursos públicos alemães.

     

  2.   Indústria pressiona governo

     

     

    Indústria pressiona governo para evitar perda de R$ 1 bi com Abengoa

    MACHADO DA COSTA -FSP
    DE BRASÍLIA

    08/03/2016 18p0 

    A indústria de equipamentos elétricos está pressionando o governo para evitar perder cerca de R$ 1 bilhão em contratos devido à quebra da Abengoa.

    Segundo as empresas, muitos dos equipamentos já tinham sido produzidos e só estavam esperando para serem entregues.

    No entanto, com a paralisação de todas as obras da empresa espanhola no Brasil, o risco é de ficar com esse material encalhado.

    A associação dessas indústrias, a Abinee, está percorrendo ministérios e o Congresso em busca de apoio à causa.

    Na última semana, visitaram o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), presidente da comissão de infraestrutura da casa, para tentar viabilizar uma pressão sobre o Ministério de Minas e Energia (MME).

    Também visitaram o ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro.

    Porém, os representantes da Abinee não têm encontrado bons ouvidos para as reclamações.

    Garibaldi pediu para que mobilizassem mais senadores para que fosse aberta uma audiência pública com alguma relevância, para a qual seria chamado algum representante do MME. O objetivo seria criar uma espécia de câmara de arbitragem, para que uma saída conjunta fosse negociada.

    “Não há muito o que fazer além disso e ainda não recebi um retorno sobre quantos senadores eles conseguiram falar”, diz o senador.

    A Abinee ainda não conseguiu essa mobilização e agora parte para um negociação direta no ministério.

    Quinta-feira (8), a associação se reunirá com o secretário-executivo, Luiz Eduardo Barata, para pedir que o ministério não anule as concessões, o que faria os contratos virarem pó.

    “Há casos de que, uma única empresa, possui cerca de R$ 300 milhões em equipamentos contratados pela Abengoa. O que ela fará se esse contrato deixar de existir?”, questiona Humberto Barbato, presidente da Abinee.

    A Folha apurou que, no ministério, a área jurídica tenta encontrar uma saída que beneficie a todos, menos à Abengoa.

    Há duas opções à mesa: ou se retiram as concessões da Abengoa e se promovem novas licitações, mas com a exigência de manter os contratos firmados pela espanhola, ou se vendem os ativos com contratos e tudo.

    O governo já possui duas propostas na mesa, conforme a Folha revelou. Uma da canadense Brookfield, por todas as concessões da Abengoa, e outra da chinesa State Grid, pelos empreendimentos que estão mais avançados.

    Com nenhum dos interessados foi discutida a possibilidade de repassar os contratos com fornecedores brasileiros às possíveis novas concessionárias.

    RECUPERAÇÃO JUDICIAL

    Em dezembro de 2015, a Abengoa entrou com um pedido de recuperação judicial na Espanha devido ao alto endividamento da matriz.

    Desde então, paralisou as obras no Brasil e demitiu a maior parte dos trabalhadores que estavam envolvidos na construção dos empreendimentos.

    No país, além das concessões de linhas de transmissão, a companhia também detém duas plantas de cogeração -quando se produz dois tipos de energia, uma parte elétrica e outra térmica, utilizada no aquecimento ou resfriamento de edifícios- e um hospital em Manaus (AM).

     

  3. Once a Darling, Spanish Solar Abengoa Faces Reckoning

    NYT

    International Business

    Once a Darling, Spanish Solar Company Abengoa Faces Reckoning

    MARCH 17, 2016  Towers belonging to the Abengoa solar plant in Sanlúcar la Mayor, Spain. Credit Marcelo Del Pozo/Reuters

    Announcing government support for clean-energy projects, President Obama hailed a Spanish company, saying its new solar technology would supply tens of thousands of American homes with renewable power, while spurring local employment.

    “It’s good news,” Mr. Obama said in 2010, “that we’ve attracted a company to our shores to build a plant and create jobs right here in America.”

    Since then, the Spanish company, Abengoa, has built two American plants, in Arizona and California, supplying electricity to more than 160,000 homes. It is the world leader in a technology known as solar thermal, with operations from Algeria to Latin America.

    But Abengoa’s global ambitions are now the source of its troubles.

    Saddled with debt from its expansion, the company is scrambling to avoid what would be the largest bankruptcy in Spanish corporate history. Creditors and shareholders are taking the company to court as losses mount and crucial financial support disappears.

    The company’s changing fortunes, from industry darling to financial invalid, are an extreme example of the challenges facing players in the renewable energy business.

    Advertisement

    Continue reading the main story

    Clean-energy technologies will play a crucial role as countries try to meet the ambitious targets set by the United Nations climate accord last December. But many of the technologies underpinning renewables are proving economically unsustainable in the short term, particularly with oil prices declining and governments reducing incentives.

    The financial reality is forcing companies globally to adjust. A big British utility, SSE, is rethinking its wind farms, as the country cuts subsidies. SolarCity and other American renewable companies left Nevada after the state withdrew its support of rooftop systems.

    Continue reading the main story 

    Advertisement

    Continue reading the main story

    In Abengoa’s case, its signature American projects still have around $2 billion in outstanding loans guaranteed by the United States government, and the company benefited heavily from subsidies in Spain. But its solar thermal projects have been slow to turn a profit and generate little income in the interim, amplifying its cash squeeze.

    Its fall from grace, said Valeriano Ruiz Hernández, a retired professor at Seville University who taught many of the company’s engineers, is “a genuine hammer blow” for Spain and its renewable energy sector.

    “I always had the intuition that so much corporate ambition would end up bursting at the seams,” he said.

    Founded by two engineers in Seville in 1941, Abengoa initially set out to manufacture a type of electricity meter. Though the meter never gained traction, the company began installing auxiliary panels for power stations and electrical systems for buildings.

    By the 1960s, it began expanding overseas to Central and South America, with projects like erecting transmission lines in Argentina. It made its first foray into renewables in the 1980s.

    In 2007, the company established the world’s first commercial solar thermal power plant in Sanlúcar la Mayor. On the outskirts of Seville, a handful of towers dominate the farming landscape, rising above sunflower and cattle fields like modern obelisks to solar energy.

    Advertisement

    Continue reading the main story

    In a solar thermal power plant, mirrors reflect the sun’s rays toward the top of each tower, concentrating the light and generating high enough temperatures to heat up a transfer fluid. That heat creates steam to power a turbine, generating electricity.

    Abengoa now accounts for more than a quarter of the five gigawatts produced worldwide by solar thermal plants. Unlike conventional solar power, the thermal technology allows energy to be stored, meaning the turbines can generate power for hours after the sun sets.

    The same year the Sanlúcar plant opened, Abengoa’s stock price hit a record high of 7.39 euros a share. By November, when it began insolvency proceedings, it had fallen below 40 euro cents. It now sits at 71 euro cents.

    Since then, Abengoa has been looking for a lifeline to restructure its $10.3 billion of debt.

    Spanish law gives the company four months to right the ship. And last week, Abengoa said it had reached an agreement with creditors, a deal that requires final approval.

    As part of the restructuring, Abengoa’s global activities — from transmission lines across the Amazon, to water desalination plants in Algeria and Ghana — could all be up for grabs.

    “My expectation is that a lot of Spanish know-how will end up in foreign hands,” said Javier García Breva, a renewable energy expert who is president of N2E, a consultancy.

    For now, Abengoa says the deal will not affect its operations in the United States, where the company holds a 42 percent stake in Atlantica Yield, which runs two solar thermal plants in Gila Bend, Ariz., and near Barstow, Calif.

    The plants, known as Solana and Mojave, have drawn criticism for years over the American government’s backing.

    Advertisement

    Continue reading the main story

    The projects were partly financed by $605 million in federal grants and tax credits, according to Good Jobs First, a research center that tracks public subsidies. Abengoa also received a combined $2.9 billion in loan guarantees from the United States.

    “The whole reason Abengoa Solar had to get the guarantee from the government is that no private lender thought the risk was worth it,” the Institute of Energy Research, a prominent renewables critic that has received financing from the oil industry, said in 2011.

    Abengoa says that nearly $1 billion of the federally guaranteed loans has been repaid. American taxpayers, it says, will incur no costs for the projects as long as they continue operating normally.

    Abengoa’s problems extend from the balance sheet to the courtroom.

    It is facing lawsuits in the United States and Spain from shareholders and creditors. The suits make a variety of claims, with one accusing the company of misleading investors about downplaying its capital needs and another accusing individual executives of acting against investor interests.

    An Abengoa spokeswoman said the company would not comment on the cases.

    At home, crucial revenue supports that Abengoa and other clean-power producers relied on have been removed.

    Looking to cut its debt load, Spain slashed subsidies for renewables. In particular, companies that signed long-term deals to sell green power to customers at guaranteed rates saw those prices cut. The move, which applies retroactively to the summer of 2013, has prompted legal action from international investors who say it is a breach of their contracts.

    The multitude of problems is amplifying the pain for Abengoa, which lost $1.3 billion last year. In February, its employees were paid late and, as part of the negotiations with creditors, it asked for more time to repay one of its bonds.

    The ripple effects are being felt beyond the company.

    A short drive away from Sanlúcar, a research and business park was meant to feed off Abengoa’s presence. Regional authorities originally set aside $22.4 million to develop the area as a hub for clean technology and environmentally focused companies. But three years after opening, only $3.6 million has been spent on it, and it has failed to attract other companies.

    Advertisement

    Continue reading the main story

    Abengoa’s problems have also cast a pall on Spain’s renewables sector. Industry groups, fearful of a withdrawal of government support, are on the defense.

    “The problem of Abengoa is not the failure of a sector, far from it,” said Luis Crespo, the president of Estela, the European solar thermal electricity association. “We really hope policy makers don’t start mixing up cost and value.”

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador