Uso de energia aumenta e consumidor deve pagar a conta em cinco anos

Segundo Lobão, despesa será repassada aos consumidores ao longo de cinco anos, com um aumento máximo de 3%

Jornal GGN – O balanço do uso contínuo de energia no Brasil durante o primeiro semestre de 2013 gerou um gasto bilionário para o governo federal, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo neste domingo. O valor medido e desembolsado até junho deste ano pode chegar ao dobro do previsto pelos especialistas.

De acordo com a Eletrobras, o pagamento da energia cara e poluente chegou aos R$ 3,9 bilhões – o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, os gastos estavam estimados em R$ 2 bilhões até o fim de 2013.

E, naturalmente, alguém deve se responsabilizar por esta conta: a despesa, segundo o próprio Lobão, será repassada aos consumidores ao longo de cinco anos, com um aumento máximo de 3% com uma tarifa.

Porém o ministério está constestando os relatórios apresentados pela Eletrobras, argumentando que outras despesas estão incluídas.e que o valor despedido foi de R$ 3 bilhões. Ainda assim, há um aumento considerável em relação aos anos anteriores. Em 2012, as térmicas custaram R$ 1,7 bilhão, segundo números apresentados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Em 2011, R$ 6,1 bilhões e em 2010, R$ 670 milhões.

As termelétricas são um estoque de emergência de eletricidade. Caso os reservatórios das hidrelétricas estejam com nível baixo de água, o governo autoriza o uso das térmicas (movidas a gás, óleo e carvão) para garantir o abastecimento.

Desde o fim do ano passado, as térmicas vêm sendo mais usadas e por mais tempo. Os recursos para que o consumidor não pague esta conta saem da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) – um fundo que banca, por exemplo, o programa Luz Para Todos. O Tesouro tem injetado dinheiro na conta.

No início de julho, o saldo da CDE estava em apenas R$ 371,2 milhões. Foram repassados R$ 4,9 bilhões vindos de outro fundo do setor elétrico (RGR -Reserva Global de Reversão). Na semana passada, o Tesouro realizou um terceiro repasse. Já foram injetados R$ 2 bilhões.

Redação

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