A pesquisa sobre o mito do torcedor violento

Por Klecia R. de O. Batista

Comentário ao post O mito do torcedor violento

Sou a pesquisadora em questão e assim que soube das questões que estavam sendo levantadas nesse blog a partir da matéria, vim conferir. Fiquei muito feliz com os comentários e com as polêmicas que estão aparecendo. Acho que qualquer pesquisa que é feita deve ter  seus resultados divulgados para que esse debate aconteça e para que o conhecimento não paralise.

Quero apenas comentar os dois pontos que mais foram abordados aqui, ainda que de forma breve. Em primeiro lugar, devo concordar com aqueles que apontam para a violência  entre as Torcidas Organizadas como um problema real. Os confrontos estão por aí e não há como negar. O que trago em minha dissertação são perspectivas a partir das quais é possível compreender esse fenômeno. Não estou preocupada, nesse ponto, em achar os culpados por isso e, muito menos, em defender as constantes guerras entre agremiações. Em segundo lugar, e aqui devo me desculpar se me fiz mal entender ou se a matéria leva a essas conclusões, não acho, realmente, que as Torcidas Organizadas são compostas exclusivamente por pobres (nem em Sergipe, nem em nenhum outro estado). Pelo contrário, durante o tempo que passei na Torcida Trovão Azul tive contato com Torcedores Organizados dos mais diversos estratos sociais. É importante frisar que a elitização dessas agremiações não deve ser vista como a causa das políticas de banimento das TO’s dos estádios. São processos que ocorrem ao mesmo tempo e cujos resultados futuros não podemos prever.

Espero que o debate continue.

Klecia

Luis Nassif

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