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Sugestão de Ricardo Cavalcanti-Schiel
no blog do Alok
A direita israelense em pânico
por Alastair Crooke
no ConsortiumNews, traduzido pelo Coletivo Vila Vudu para o blog do Alok
Uma delegação de alto nível da inteligência israelense visitou Washington, semana passada. Em seguida, o primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu apareceu em Sochi, durante um fim de semana de férias do presidente Putin, onde, segundo alto funcionário de Israel (citado no Jerusalem Post), Netanyahu ameaçou bombardear o palácio presidencial em Damasco e anular todo o processo de cessar-fogo de Astana, se o Irã continuar a “ampliar seu poder sobre a Síria”.
O Pravda, da Rússia, escreveu que, “segundo testemunhas oculares da parte aberta das conversações, o primeiro-ministro israelense estava emocionalmente descontrolado e, mesmo, próximo do pânico. Netanyahu descreveu ao presidente russo um quadro do apocalipse que o mundo conheceria, se não se tomassem medidas para conter o Irã, o qual, como Netanyahu crê, estaria determinado a destruir Israel.”
Assim sendo… o que está acontecendo? Seja rigorosamente acurada a citação do Pravda, ou não (embora a descrição tenha sido confirmada por conhecidos analistas israelenses), o que é absolutamente claro (como se lê em fontes israelenses) é que nas duas cidades, em Washington e Sochi, altos funcionários de Israel movimentaram-se muito, mas nada conseguiram. Israel está só.
De fato, há notícias de que Netanyahu não teria “pedido a Lua” (a saída do Irã), mas apenas “garantias” relacionadas ao futuro papel que o Irã terá na Síria. Sim, mas… como poderiam Washington ou Moscou, com realismo, dar tais garantias a Israel?
Tardiamente, Israel compreendeu que apoiou o lado errado na Síria – e perdeu. Não está realmente em posição de exigir coisa alguma. Não conseguirá uma ‘zona tampão’ imposta pelos EUA além da linha do armistício do Golan; não conseguirá fechar a fronteira iraquiano-síria nem, sequer, que seja “supervisionada” a favor de Israel.
Claro que o aspecto sírio é importante, mas focar exclusivamente nisso seria “ver a árvore e perder a floresta”. A guerra de 2006, que Israel fez para destruir o Hezbolah (incitada por EUA, Arábia Saudita – e também por alguns libaneses), fracassou. Simbolicamente, pela primeira vez no Oriente Médio, uma nação ocidental tecnologicamente sofisticada, além de abundante armada, simplesmente fracassou.
O que fez esse fracasso ainda mais retumbante (e doloroso) foi que um estado ocidental viu-se derrotado não só militarmente: foi derrotado também na guerra eletrônica e de inteligência humana – duas esferas nas quais o Ocidente supunha que sua hegemonia seria inabalável.
Fracasso e efeitos adversos
O inesperado fracasso de Israel gerou medos profundos no Ocidente. E também no Golfo. Um pequeno movimento armado (revolucionário) levantou-se contra Israel – contra todas as probabilidades –, defendeu seu próprio terreno… e se impôs. Esse precedente foi visto por muitos como um evento capaz de “mudar o jogo” regional. As autocracias feudais do Golfo sentiram, no feito do Hezbolah, o perigo latente contra o próprio poder, que adviria daquela resistência armada.
A reação foi imediata. O Hezbolah foi posto em quarentena – com o máximo de sanções que os poderes norte-americanos conseguiram mobilizar. E a guerra na Síria começou a ser promovida como a “estratégia corretiva” contra o fracasso de 2006 (já desde 2007) — embora a tal “estratégia corretiva” só tivesse sido posta em prática depois de 2011, sem qualquer restrição.
Contra o Hezbolah, Israel jogou todo o seu poder militar (embora os israelenses digam agora que poderiam ter feito mais). E contra a Síria, os EUA, a Europa, os Estados do Golfo (e Israel, nas coxias) jogaram o lixo da pia da cozinha: os jihadistas, a al-Qaeda, o ISIS (sim!), armas, propinas, sanções e a mais brutal guerra de informações que o mundo jamais viu. Com tudo isso, a Síria – com a indiscutível ajuda de seus aliados – parece estar a um passo de se impor completamente: defendeu seu campo e impôs-se, contra probabilidades quase inacreditáveis.
Para esclarecer: se 2006 marcou um ponto chave de inflexão, a Síria ter “defendido o próprio campo” e prevalecido é virada histórica de magnitude muito maior. É preciso compreender que a arma da Arábia Saudita (e da Grã-Bretanha e dos EUA) – o sunismo radical incendiário – foi forçada a retroceder e destruída. E com isso, foram gravemente atingidos os Estados do Golfo, mas muito especialmente a Arábia Saudita.
Os sauditas sempre confiaram na força do wahabbismo desde o primeiro momento de fundação do reino: mas o wahabismo no Líbano, Síria e Iraque foi completamente derrotado e desacreditado (inclusive aos olhos de muitos muçulmanos sunitas). E pode bem ser derrotado também no Iêmen. Essa derrota mudará a própria face do Islã sunita.
Já se vê no Conselho de Cooperação do Golfo – fundado em 1981 por seis líderes tribais do Golfo, com o único objetivo de preservar na Península a regra hereditária das tribos deles –, hoje em guerra uns estados contra outros, num conflito interno que tem tudo para ser muito amargo e muito longo. O “sistema árabe” – prolongação das velhas estruturas otomanas pela complacência dos vitoriosos no pós 1ª Guerra Mundial, Grã-Bretanha e França – parece estar vendo o fim da “remissão” de 2013 (estimulada pelo golpe no Egito) e ter voltado à trilha de seu declínio de longo prazo.
O lado perdedor
O “quase pânico” de Netanyahu (se realmente aconteceu como se lê) pode bem ser um reflexo dessa mudança sísmica que se vê acontecer na região.
Israel apoia desde há muito tempo o lado perdedor – e agora se vê “só” e temendo por seus representantes mais íntimos (os jordanianos e os curdos). A “nova” estratégia corretiva de Tel Aviv, ao que parece, quer conseguir: 1. que o Iraque se afaste do Irã; e 2. que se empurre o Iraque para a aliança Israel-EUA.
Se é assim, Israel e Arábia Saudita estão provavelmente atrasados demais para o jogo, e provavelmente subestimam o ódio visceral gerado entre iraquianos de todos os segmentos da sociedade pelas ações criminosas do ISIS. Poucos lá creem na narrativa improvável (ocidental) segundo a qual o ISIS teria surgido já armado e totalmente financiado, como resultado de um suposto “sectarismo” do ex-primeiro-ministro Nouri al-Maliki. Nada disso! De modo geral pode-se ter certeza de que, por trás desse tipo de movimento bem nutrido, sempre há um Estado.
Daniel Levy escreveu artigo interessante para argumentar que os israelenses de modo geral não subscreveriam o que escrevi acima. Diz ele:
“O longo período de permanência de Netanyahu no governo, seus muitos sucessos eleitorais e capacidade para manter unida uma coalizão governante… [são decorrência] de ele ter uma mensagem que tem ressonância num público mais amplo. Repete-se incansavelmente que Netanyahu … ‘levou o estado de Israel à melhor situação em toda sua história, como força global ascendente (…) o estado de Israel está diplomaticamente florescente’. Netanyahu derrotou e fez retroceder o que ele tem chamado de ‘notícia falsa’ segundo a qual sem algum acordo com os palestinos ‘Israel ficará isolada, enfraquecida e abandonada’ diante de um ‘tsunami diplomático’.
“Por difícil que seja para seus detratores políticos reconhecer, o que Netanyahu diz ressoa com o público porque reflete algo que é real, e isso mudou o centro de gravidade da política israelense cada vez mais e mais para a direita. É ideia que, se correta e repetida ao longo do tempo deixará um legado que permanecerá muito depois de encerrado o governo de Netanyahu e qualquer acusação que se possa fazer a ele.
“O que Netanyahu diz é que não está apenas tentando ganhar tempo no conflito de Israel com os palestinos para melhorar os termos de um eventual e inevitável compromisso, mas visa a possibilidade de uma vitória final, com derrota permanente e definitiva dos palestinos e de seus objetivos nacionais e coletivos.
“Em mais de uma década como primeiro-ministro, Netanyahu rejeitou consistente e inequivocamente quaisquer e todos os planos ou medidas práticas que apenas começassem a dar atenção às aspirações palestinas. Netanyahu é absolutamente dedicado a perpetuar e exacerbar o conflito, não a administrá-lo. E menos ainda a resolvê-lo… [A] mensagem é clara: não haverá estado palestino, pela suficiente razão de que a Cisjordânia e Jerusalém Leste são Israel Expandida.”
Nenhum estado palestino
Levy continua:
“A abordagem inverte pressupostos que guiaram esforços de paz e a política norte-americana durante mais de ¼ de século: que Israel não teria alternativa a uma eventual retirada territorial com aceitação de algo que se pareça suficientemente a um estado palestino soberano dentro das fronteiras de 1967. Desafia o pressuposto de que a negação permanente desse resultado seria incompatível com o modo como Israel e os israelenses se autopercebem como democracia. Adicionalmente, Netanyahu desafia a suposição do esforço de paz, de que essa negação seria de algum modo inaceitável para aliados chaves dos quais Israel depende (…).
“Em bastiões mais tradicionais de apoio a Israel, Netanyahu fez aposta calculada – continuará a haver apoio suficiente de judeus norte-americanos, se Israel for cada vez menos liberal e mais etnonacionalista, facilitando assim a perpetuação de uma relação EUA-Israel assimétrica? Netanyahu apostou que sim e acertou.”
E Levy oferece mais um ponto interessante:
“Assim os eventos tiveram ainda mais um movimento a favor de Netanyahu, com a chegada ao poder nos EUA e em partes da Europa Centro-oriental (e com a maior proeminência em outros pontos na Europa e o Ocidente) de tendências marcadamente etnonacionalista com as quais Netanyahu se mostra comprometido, trabalhando para implantar democracias não liberais, onde antes havia democracias liberais. Ninguém deve subestimar Israel e a importância de Netanyahu como vanguarda ideológica e prática dessa tendência.”
Ex-embaixador dos EUA e respeitado analista político, Chas Freeman escreveu recentemente, sem meias palavras: “o objetivo central da política dos EUA no Oriente Médio é já há muito tempo obter a aceitação regional a favor do estado judeu ocupante e colonizador da Palestina.” Ou, em outras palavras, para Washington, sua política para o Oriente Médio – e todas as ações dos EUA – foram sempre determinadas por um claro “ser ou não ser”: “Ser” (com Israel) ou “não ser” (com Israel).
Israel perde terreno
O ponto chave agora é que a região acaba de passar por um movimento sísmico na direção do campo “não ser”. Haverá muita coisa que os EUA possam fazer para mudar isso? Israel está, sim, sozinha, tendo só a Arábia Saudita a seu lado, e há limites claros ao que a Arábia Saudita possa fazer.
Os EUA parecem pode-se dizer pouco adequados, a convocar estados árabes para que se engajem com o primeiro-ministro do Iraque Haider al-Abadi. O Irã não quer guerra com Israel (como vários analistas israelenses já reconheceram); mas, sim, o presidente da Síria já declarou muito claramente que seu governo visa a recuperar “toda a Síria” – e toda a Síria inclui as colinas ocupadas do Golan. E essa semana Hassan Nasrallah conclamou o governo libanês a “traçar um plano e tomar a decisão soberana de libertar as Fazendas Shebaa e as Colinas Kfarshouba” ocupadas por Israel.
Muitos comentadores israelenses já dizem que “está tudo escrito no muro” – e que seria melhor para Israel devolver unilateralmente os territórios, em vez de se arriscar a perder centenas de soldados numa tentativa fútil de preservar territórios ocupados. Isso porém não parece congruente com recentes declarações do primeiro-ministro de Israel nem com seu caráter, de não ceder “nem uma polegada”.
Esse etnonacionalismo garantirá a Israel uma nova base de apoio? Bem, em primeiro lugar, não vejo a doutrina de Israel como “democracia não liberal”, mas, isso sim, como sistema de apartheid orientado para subordinar os direitos políticos dos palestinos.
E com o cisma político que se alarga no ocidente, com uma ‘ala’ buscando deslegitimar a outra e todos se acusando de racistas, fanáticos e nazistas, é claro que os verdadeiros militantes de “EUA em primeiro lugar” tentarão se distanciar a qualquer preço de todos os extremismos e extremistas.
Daniel Levy lembra que o líder da Alt-Right [‘direita alternativa’] Richard Spencer, descreve o próprio movimento como “sionismo branco”. Essa gente conseguirá arregimentar apoio para Israel? Quanto demorará até que os “globalistas” usem precisamente o meme da ‘democracia não liberal’ de Netanyahu para provocar a direita dos EUA?… porque esse é precisamente o tipo de sociedade ao qual eles também aspiram: com mexicanos e negros norte-americanos tratados como Israel trata os palestinos.
‘Nacionalismo étnico’
O eleitorado no Oriente Médio a favor do “não ser” usa palavra mais simples para o “nacionalismo étnico” de Netanyahu: chamam simplesmente de colonialismo ocidental.
O primeiro round da parte de “ser com Israel” do Oriente Médio, para Chas Freeman, foi o assalto de choque-e-pavor contra o Iraque. E hoje o Iraque já está aliado ao Irã, e a milícia Hashad (PMU) está-se tornando força de combate amplamente mobilizada. O segundo estágio foi 2006. Hoje, o Hezbolah já é força regional, não só libanesa.
O terceiro ataque foi contra a Síria. Hoje, a Síria está aliada a Rússia, Irã, Hezbolah e Iraque. O que virá com o próximo round nessa guerra “ser ou não ser”?
Por mais que Netanyahu se vanglorie de Israel continuar forte e de ter espantado o que “ele tem chamado de ‘notícia falsa’ segundo a qual sem algum acordo com os palestinos ‘Israel ficará isolada, enfraquecida e abandonada’ diante de um ‘tsunami diplomático'”, o mais provável é que Netanyahu tenha simplesmente compreendido, nessas últimas duas semanas, que ele confundiu com “vitória” o que não passou de humilhar mais uma vez palestinos enfraquecidos. Então, no instante do seu suposto triunfo, viu-se ele mesmo só, num novo “Novo Oriente Médio”.
Talvez o Pravda esteja certo. É muito provável que Netanyahu tenha dado sinais do mais absoluto sincero pânico, durante aquele encontro solicitado na correria e organizado às pressas, em Sochi, Rússia.
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Irã..
.. esqueçam a Coréia do Norte, o Irã é o novo termômetro do mundo.. a menos que a direita seja massacrada internamente em Israel e daí nasça um processo de integração do povo palestino (uma verdadeira democracia que inclua o povo árabe), teremos ao final dessa jornada um mundo sem Israel, ou um mundo sem o Irã ou o mundo sem o mundo.. se é que me entendem..
O que pensa o leônidas
sobre o assunto?
JUDIAÇÃO…
Solução pro Netaniahu: subir no monte Megido e gritar bem alto: “EU SOU –A– UNIVERSAL.
De pronto, ele ganha um exército de fanáticos sionistas doidos pra realizar a profecia apocalíptica.
Tendo Edir Macedo como aliado não precisa nem reconstruir o templo de Salomão. Só restará responder a tal questão do texto, de decidir entre o “ser” e o “não ser”. No caso, ser ou não o anticristo.
Se fizer a escolha errada, não tem de se preocupar. O hitler do lojinha ainda tem papel garantido na próxima Tela crente.
Complemento
Prezado Ricardo,
Os discursos (http://blogdoalok.blogspot.com.br/2017/09/hassan-nasrallah-do-hezbollah-israel-em.html e, principalmente, aqui http://sayed7asan.blogspot.com.br/) de Sayed Hassan Nasrallah, Secretário-Geral do Hezbollah, e a impecável manifestação de Bashar Al-Assad, para o corpo diplomático sírio (http://sayed7asan.blogspot.com.br/2017/08/bashar-al-assad-on-utter-corruption-of.html), complementam o artigo do Alastair Croke.
E melhor que eles, somente as análises de Elijah J. Magnier (https://elijahjm.wordpress.com/).
Estão certos os que dizem que
Estão certos os que dizem que a destruição da Humanidade é um evento possível, bastante fático, vejam a insanidade tomando conta do espectro global, os americanos foram capazes de colocar um fanático nazista na Casa Branca, A Coreia do Norte tem um louco ensanedecido governando, por incrível que pareça países temidos e odiados pelo ocidente têm sido muito mais racionais e previsíveis, caso da Rússia e o odiado Putin ( pelo ocidente ), a China, apesar de sua ditadura de poartido único tem sido muito mais pragmática, muito mais previsível.
O Japão agora fala em construir uma bomba nuclear, alguém confia no Japão e seu histórico complexo de superioridade racial e étinica, o Japão ,imperialista, que sempre oprimiu seus vizinhos asiáticos com invasões, estupros, violências, colonialismo, o país do sol nascente nuclear desencadearia uma corrida sem precedentes para tornar o mundo todo um bola de fogo atômica, os cenários são desastrosos.
O destino de Israel foi
O destino de Israel foi selado no momento em que os nazistas ganharam a eleição presidencial nos EUA.
Além de perder a guerra na Síria, Israel não poderá exigir qualquer compensação da Casa Branca (cujo esforço de guerra apoiou durante o governo Obama).
Bem feito para Netanyahu. Ele jogou e perdeu.
Quem sabe agora a população israelense possa fazer sua própria primavera contra os militaristas que assaltaram o poder e transformaram Israel num apendice das Forças Armadas Sionistas.
Israel
Tudo pode acontecer,sim, tudo, menos Israel ceder ou perder o que Deus lhe deu, ou seja, quanto mais ajuntamento contra Israel, maior será sua vitória, quanto maior a lógica contra Israel, maior será o milagre a favor dele, enfim, a todos os cépticos, ateus, antisemitas em geral, sim, digo em geral para envolver os que ainda estão ocultos ou ignoram a sim mesmos como tal, a todos que sobreviverem ao eminente Armageddon, o momento de sobrarem seus joelhos está próximo, muito próximo. Assim diz O Senhor Deus de Abraão, Isaac e Jacob.
Discurso do fanatismo e das
Discurso do fanatismo e das interpretações proféticas discriminatórias, a mesma conversa racista de povo escolhido, o mesmo odioso argumento do destino manifesto, como se Deus fosse um torquemada antropomórfico e não o criador do universo, o criador das leis eternas que deram origem ao homo sapiens.
Parece até aqueles libelos da idade média contra as bruchas, contra os hereges, que coisa mais estúpida vaticinar a destruição da humanidade em nome de um discurso religioso em favor de uma raça….porque você não fala de escravidão e matança de negros, colonialismo predatório contra a África, discriminação, preconceito, dominação étnica, ideologia do racialismo dos “civilizados” contra os índios, genocídio dos povos prè-colombianos, vem com esta conversa de “ajuntamento contra Israel”, linguagem velha e racista lixo.
Isso é sério?
Ou é ironia?
Em total dúvida aqui.
Armagedon? Que meda!!!
Se pensarmos em quantas vezes os judeus perderam suas terras no decorrer da História, é inacreditável que ainda se sintam donos daquele monte de poeira. É que estamos falando de um povo que não se emenda, mesmo. Deveriam ter consciência de que uma aliança pressupõe comprometimento de pelo menos, duas partes. O Divino sempre a Dele. Já os narigudos…
Como podem se sentirem com direito sagrado de cometer as mesmas atrocidades as quais sofreram no passado, contra um povo cuja cultura é tão legítima quanto a judaica e que são historicamente tão merecedores daquela terra maldita quanto eles?
Breve retrospecto: Davi, o traíra, Salomão, o perdulário, todos os profetas mortos pelas mãos dos líderes; abriram as pernas pros bailônios, depois pros gregos, depois romanos… Sem contar que aquela diáspora é muito mal contada: sempre tem um grupo que foge e larga todo o resto do povo de Deus pra morrer nas mãos do inimigo. Sem contar, claro, sua incapacidade de aceitar a cultura dos povos que os recebem sem deixar de manter-se próximo às instâncias de poder. Seriam estes comportamentos corroborados pela divindade a qual julgam tê-los escolhido incondicionalmente para governar este e o outro mundo???
Antes que digam qualquer coisa, é bom que fique claro: minha origem é judaica como uma boa parcela da população brasileira. Meu nariz não deixa dúvidas. E sim, não nutro nenhuma simpatia por um povo que, de tão arrogante, se acha incólume diante da justiça divina a qual dizem submeterem-se. Pois que venha logo o armagedon e que se virem – novamente – com sua própria incompetência humana. É pra isto que foram escolhidos: pra ensinarem ao mundo como não se deve agir.
e nem p/ Pasárgada podemos
e nem p/ Pasárgada podemos mai ir, ela fica no Irã….
Confirmam-se as razões do pânico
Não adiantou muita coisa o piti do Netanyahu com Putin:
Rússia ameaça vetar resolução da ONU elaborada por Israel e Estados Unidos contra o Hezbolah