Cessar-fogo e troca de reféns por prisioneiros têm início na Faixa de Gaza

Renato Santana
Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.
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Conforme o Ministério das Relações Exteriores do Qatar, a troca de reféns por prisioneiros será gradual ao longo dos quatro dias da pausa

Prisão de Ofer, na Cisjordânia, controlada por Israel e onde estão mantidos prisioneiros palestinos. Foto: Reprodução/Vídeo Agência RT

Fora da prisão de Ofer, na Cisjordânia, controlada por Israel, a libertação do primeiro grupo de prisioneiros palestinos começou como parte do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, iniciado na manhã desta sexta-feira (24), no fuso horário local.

Primeiro grupo de reféns israelenses mantidos pelo Hamas foi transferido para o Egito, conforme o jornal israelense Haaretz.

O Hamas diz que não permitirá que a Cruz Vermelha visite os reféns restantes. Por sua vez, as Forças de Defesa de Israel (FDI, na sigla em inglês) afirmam que os reféns deverão chegar a Israel por volta das 18 horas, no horário local.

Desde o início do conflito, pelo menos 1.200 civis e soldados foram mortos, segundo o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e 236 reféns são mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza, onde o número de palestinos mortos chegam a 14.854, conforme o Ministério da Saúde de Gaza controlado pelo Hamas.

Conforme o Ministério das relações exteriores do Qatar, país árabe do sudoeste asiático, a troca de reféns por prisioneiros será gradual ao longo destes quatro dias de cessar-fogo. Tanques israelenses se retiraram de Gaza enquanto parte da população palestina regressou ao enclave para averiguar a situação de suas casas. 

Este é o primeiro cessar-fogo acordado entre Israel e o Hamas em vigor na Faixa de Gaza desde o início das hostilidades, em 7 de outubro, quando Tel Aviv iniciou bombardeios no enclave em resposta ao ataque do Hamas.

Informações a esse respeito começam a pipocar em todo o mundo. A primeira-ministra da Tailândia, Srettha Thavisin, informou que o Hamas libertou 12 reféns de seu país e que “o pessoal da Embaixada [da Tailândia] irá buscá-los”.

O acordo, porém, estipula a libertação de 50 reféns israelenses – mulheres e menores – que fazem parte das mais de 240 pessoas capturadas por militantes do Hamas no sul de Israel, bem como a libertação de 150 mulheres palestinas. e crianças entre os milhares de palestinos que permanecem detidos em prisões no país hebreu.

O Hamas declarou na quinta-feira (23) que “para cada prisioneiro sionista, três prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e crianças, serão libertados”. 

As libertações serão realizadas gradualmente ao longo dos quatro dias de trégua, com Israel prometendo mais um dia de trégua para cada liberação adicional de dez reféns.

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Renato Santana é jornalista e escreve para o Jornal GGN desde maio de 2023. Tem passagem pelos portais Infoamazônia, Observatório da Mineração, Le Monde Diplomatique, Brasil de Fato, A Tribuna, além do jornal Porantim, sobre a questão indígena, entre outros. Em 2010, ganhou prêmio Vladimir Herzog por série de reportagens que investigou a atuação de grupos de extermínio em 2006, após ataques do PCC a postos policiais em São Paulo.

1 Comentário

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  1. Gostaria que o jornalista Renato Santana me respondesse a uma única pergunta: As crianças e mulheres libertadas pelo Hamas são REFÉNS. As mulheres e crianças libertados por Israel são PRISIONEIROS. Qual a diferença neste caso? as mulheres e crianças que estavam em Israel acaso são terroristas?

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