Irã reconhece ter derrubado avião de passageiros ucraniano por ‘erro humano’

O Irã negou por vários dias que um míssil lançado por suas forças de segurança fosse a causa do incidente.

© AFP 2019 / AKBAR TAVAKOLI

do Sputnik Brasil

Irã reconhece ter derrubado avião de passageiros ucraniano por ‘erro humano’

O Irã anunciou neste sábado que seu Exército “abateu involuntariamente” um avião de passageiros ucraniano, o que causou a morte das 176 pessoas que viajam nele.

A declaração feita pela TV estatal atribui o episódio a um “erro humano”. A mesma mensagem destaca que as partes responsáveis serão responsabilizadas.

De acordo com o mesmo comunicado, o avião civil voava próximo a um posto sensível do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã e acabou sendo confundido com uma possível ameaça.

Em sua página no Twitter, o ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, declarou que a tragédia é culpa pela crise iniciada pelo “aventureirismo dos EUA”.

“Um dia triste. Conclusões preliminares da investigação interna das Forças Armadas: O erro humano em tempos de crise causado pelo aventureirismo dos EUA levou ao desastre. Nossos profundos arrependimentos, desculpas e condolências ao nosso povo, às famílias de todas as vítimas e a outros afetados”, afirmou Zarif.

Caixas-pretas recuperadas do avião Boeing 737-800, que caiu nos arredores de Teerã, no Irã, 10 de janeiro de 2019
Caixas-pretas recuperadas do avião Boeing 737-800, que caiu nos arredores de Teerã, no Irã, 10 de janeiro de 2019 – © REUTERS / HANDOUT
O avião, um Boeing 737 operado pela Ukrainian International Airlines, caiu nos arredores de Teerã durante a decolagem algumas horas depois que o Irã lançou uma série de mísseis contra forças americanas estacionadas em bases militares no Iraque.

 

O Irã negou por vários dias que um míssil lançado por suas forças de segurança fosse a causa do incidente. Mas os Estados Unidos e o Canadá, baseados em informações de inteligência, disseram acreditar que o Irã derrubou a aeronave.

O avião, que que tinha como destino final a capital ucraniana de Kiev, transportava 167 passageiros e nove tripulantes de vários países, incluindo 82 iranianos, pelo menos 57 canadenses e 11 ucranianos, segundo as autoridades.

Redação

6 Comentários

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  1. Pois é, baixas civis são coisas que acontecem. Em ’88, os EUA também derrubaram, com um míssil, um Airbus com 290 pessoas (66 crianças iranianas).

    “A visão americana do ocorrido foi resumida nas palavras do então vice-presidente George Bush, em entrevista à revista Newsweek concedida em agosto de 1988: “Eu nunca pedirei desculpas pelos EUA. Nunca. Não ligo para os fatos”.”

    https://samyadghirni.blogfolha.uol.com.br/2012/07/02/o-dia-em-que-os-eua-mataram-290-civis-iranianos/

    1. Refrescar a memória dos sanguessugas imperialistas é fundamental.

      Valeu, Lazzari

      “Contra a morte, exigimos vida.
      Contra o silêncio, exigimos a palavra e o respeito.
      CONTRA O ESQUECIMENTO, A MEMÓRIA.
      Contra humilhação e desprezo, dignidade.
      Contra opressão, rebelião.
      Contra a escravidão, liberdade.
      Contra tributação, democracia.
      Contra o crime, a justiça.

      Quem com um pouco de humanidade nas veias poderia ou pode questionar essas demandas?” – Comandante Marcos

  2. No dia seguinte à morte do general iraniano no Iraque, Ciro Gomes reprovou a ação de Trump que visou ao calendário eleitoral em total desrespeito à ordem jurídica internacional. Prognosticava que, no mínimo, teríamos a violência contra inocentes. É o que estamos vendo e a escalada de violência (explícita ou dissimulada) não será contida.
    Portanto, não podemos ignorar a origem desse processo: Trump. Paradoxalmente, eleito presidente pelo mesmo partido de Abraham Lincoln.

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