A era do Financeiro: o caso Eletropaulo

Auditores, controllers e diretores financeiros dirigindo grandes corporações têm um roteiro clássico: tudo é feito para gerar lucros no curto prazo À CUSTA do futuro da companhia. É um processo simples e fácil. Cortam-se despesas que são fundamentais para a sobrevivência da empresa e com esse corte de custos aumenta-se o lucro no balanço do ano à custa de destruição dos ativos da companhia por falta de manutenção.

Em 5 anos a empresa está em ruínas, o atual dirigente já está fora mas garantiu seu emprego no presente e ganhou bônus sobre um lucro fictício porque feito à custa da deterioração do ativo e da imagem da empresa.

Um personagem clássico desse processo foi o executivo americano Alfred Dunlap, presidente da companhia de eletrodomésticos Sunbeam,  fabricante de ótimos produtos. Quando chegou na empresa esta tinha 30.000 empregados, em um ano Dunlap, que tinha o apelido de ”Serra Eletrica” demitiu 20.000, saiu na capa da Business Week como um gênio. Na realidade era um crápula manipulador, um estelionatário do sistema corporativo americano, mesmo nessa selva de dirigentes ele foi demais.

Seu corte de custos acabou com a Sunbeam, destruiu a qualidade dos produtos, acabou com a rede de revendedores, mas gerou lucros no curto prazo e grandes bônus para Dunlap, processado depois pela SEC e proibido até hoje de ser diretor de qualquer empresa. Sua ficha é horrorosa:

http://en.wikipedia.org/wiki/Albert_J._Dunlap

Temos um roteiro parecido na Eletropaulo, cuja origem é uma das mais importantes empresas do Brasil moderno, a São Paulo Tramway Light and Power Co.Ltd., pioneira na produção de energia elétrica no País, por um processo na época (1898) revolucionário, jogar água Serra do Mar abaixo, um desnível de 890 metros e mover turbinas em Cubatão, que até hoje funcionam.

Para tanto a São Paulo Light construiu duas represas símbolos de São Paulo, a Guarapiranga e a Billings. Apesar da poluição, essas duas represas garantem água para 4 milhões de habitantes da Grande São Paulo, se fossem limpas seriam suficientes para toda São Paulo.

A empresa sempre teve boa gerencia técnica e operacional, estatizada no Governo Militar, reprivatizada em 1996, manteve bom padrão de serviços, com pessoal de excelência e experiência, alguns com décadas de casa.

O cenário mudou completamente quando a empresa, hoje controlada pelo Grupo AES, dos EUA, procurou através de um head hunter um novo diretor financeiro .  Encontraram um que não é paulista e mora no Rio de Janeiro. Contratado esse novo diretor foi promovido a presidente não só da Eletropaulo mas de todo grupo no Brasil, uma função para o qual ele não tinha preparo, experiência, vocação e perfil. O anterior presidente, o engº eletrecista Eduardo Bernini já tinha sido presidente na fase estatal e conhecia a empresa como a palma da mão, homem de fios,  postes, transformadores, quando havia problemas graves na rede ia pessoalmente ao local, não importava a que horas, os problemas de rede eram mínimos e rapidamente solucionados.

Na era do diretor financeiro adotou-se o MANTRA DO CORTE DE CUSTOS para maximizar resultados financeiros, típico da mentalidade de financistas.

Ora, a tarifa  autorizada pela  ANEEL tem uma parte dela para CUSTEAR A MANUTENÇÃO DA REDE, essa parte é paga pelo cliente da Eletropaulo e não pode ser transferida para lucro.

1. Árvores nas ruas existem em São Paulo há cem anos, não aumentou o número de árvores nas ruas, ao contrário, diminuem ano a ano.

2. Sempre choveu em São Paulo, não é só agora, aliás hoje chove  menos do que no passado. Assim fica prejudicada a alegação de que é a queda de árvores que provoca interrupção da rede. E em 1990 não caía árvore?

3. Até a gestão Bernini era a mesma rede de fios, porque não havia interrupções e agora está uma CALAMIDADE?  Interrupções de 200 mil residências e prédios por mais de 40 horas, ruas, bairros e casas chegam a ficar sem luz por uma semana, cortes continuados em regiões centrais, na minha casa nos Jardins, área central, houve nove  interrupções em Dezembro, duas de mais de 15 horas e em Janeiro já foram três interrupções, não chegamos ainda ao meio do mês. Em outros bairros têm sido muito pior, interrupções de 20, 30 horas são hoje consideradas normais, a Galeria dos Pães, uma das maiores padarias de São Paulo, com 300 funcionários teve o último fim de semana sem luz, apesar de ter gerador tiveram sérios problemas para funcionar. São Paulo está virando o maior mercado de geradores do mundo. Quem pode, compra gerador, altamente poluente mas hoje indispensável.

4. A empresa é a mesma, a rede é a mesma, os fios são os mesmos, as árvores são as mesmas, há uma extraordinária piora nos serviços, o Governador Alckmin deu entrevista reclamando da empresa cinco dias atrás, o Secretário de Energia foi à empresa na semana passada exigindo um relatório em 10 dias sobre providências a tomar.

5. Na área de outra concessionária, a de Campinas, os serviços de reparos se fazem em meia hora, a queda de energia é rara, por qual motivo a diferença?

6. Há um sério problem de gestão na Eletropaulo, essa se dá na área operacional, há incapacidade de gerir a rede ou as falhas são decorrentes de deliberado corte de custos para fazer caixa de curto prazo. Os problemas não são só de  reparos na rede mas também de atendimento, o call center é PÉSSIMO, não dá previsão de religação, que é obrigatória e se dão a previsão é quase sempre furada, na maioria das vezes o atendimento é eletrônico, o que frustra o cliente.

7. É evidente o excesso de terceirizações nos serviços de manutenção de rede. Não se pode terceirizar tanto. A empresa tem que ter um “core group”, um nucelo próprio de técnicos com mais experiência do que tercerizados para situações críticas. Não pode ser 100% tercerizado.

Quando foi privatizada a Eletropaulo tinha 27.000 funcionários, numero razoável para atender cinco milhões de clientes, não é só a Capital, a maior parte da Grande São Paulo também. Hoje tem pouco mais de 3.000 funcionários, é ridículo, é muito pouco, pior ainda, terceiriza-se pelo menor custo possível, daí aparece pessoal sem treinamento e sem experiência.

A ANEEL não tem nada a dizer sobre esses índices? Não existe uma relação de pessoal de manutenção com quilômetros de rede?  Pelas informações que tenho são 2.000 de pessoal de rua na manutenção de rede. Isso é NADA, hoje são 6 milhões de casas e prédios na rede. A questão que a ANEEL deve responder é: pela tarifa quanto dinheiro a Eletropaulo dispõe para manutenção da rede, está sendo gasto nessa função? Isso é fácil de auditar.

Pelas entrevistas dadas pelo diretor comercial da Eletropaulo, que parece sem nível para o cargo, não se prevê nenhuma mudança, ele disse isso em entrevista na CBN logo depois da visita do Secretário de Energia.

A registrar a passividade extraordinária da ARCESP, agencia delegada de fiscalização da energia em São Paulo, da ANEEL, que já devia ter dado prazo para correção dos problemas sob pena de intervenção, do BNDES, sócio da AES na Eletropaulo.

A solução óbvia é a troca de comando da Eletropaulo colocando gente com experiência OPERACIONAL, a Eletropaulo é a maior distribuidora de energia do País e está entre as maiores do mundo, não pode ser dirigida dessa forma, é o interesse publico que está em jogo, a saúde econômica da região da Grande São Paulo já entra em risco com tantas paralisações.

A controladora AES é uma grande corporação com presença global, provavelmente a matriz ignora a gravidade da situação em São Paulo, são informados pela administração local que não tem nenhum interesse em mostrar falhas dela própria. Os executivos nos EUA são excelentes, por isso o que acontece com a Eletropaulo não combina com o nível da controladora, tudo indica estar havendo também uma falha de conhecimento.

Redação

23 Comentários

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  1. Lembram da GM

    Havia uma cia que era presidida por engenheiros. Seu nome era General Motors. Mas a partir da década de 1980 seu comando foi parar mas mãos do pessoal do financeiro. Então aquela que era a nº1 do mundo em seu core business , fabricar automóveis  foi ficando paulatinamente para trás até que no fatídico ano de 2008 não resistiu e teve que ser socorrida pelo “comunista” Obama. Outro exemplo: TAM após a morte do Rolin,

    Tanto a Eletropaulo como a Sabesp estão em coma. Não que não sejam lucrativas, são até demais. Cortaram na carne. E um lutador peso-pesado quando perde muito peso perde massa muscular também. E apanha duro. E conhece a dura realidade da lona.

    Quanto ao sistema de agências reguladoras: herança maldita da época de Fernando II. Não funciona.

    1. Concordo com quase tudo,

      Concordo com quase tudo, menos a última parte: não se pode falar em herança maldita depois de 12 anos de um partido no poder. Isso soa como desculpa esfarrapada.

      1. Falta de coragem

        Não é falta de coragem de meter a mão nesta invenção sem eira nem beira copiada da matriz estadunidense.

        Repito: agências reguladoras , herança maldita.

  2. call center é PÉSSIMO
    até bem

    call center é PÉSSIMO

    até bem pouco atrás era muito bom, eu tenho certeza absoluta que acabaram com o call center interno e terceirizaram para a Atento, aquele lixo pertencento ao lixo que é a Telefônica.

     

  3. Se essa empresa é uma concessionária,

    (e que, claro por motivos de sobrevivência provavelmente financia políticos) a concessão da mesma deveria ser pura e simplesmente cassada, o que faz os ativos retornarem ao estado. 

    Talvez uma ameaça dessas endereçada à sede da empresa vai acordar os mandachuvas por lá. 

  4. Se o MP paulista não

    Se o MP paulista não existisse apenas para acobertar os tucanos, estaria processando a Eletropaulo e exiginda multa de, sei lá, 100 milhões de reais, e processando criminalmente os diretores responsáveis. Quanto à Sabesp então, nem se fala, estariam aplicando a teoria do “domínio do fato” ao geraldinho pinheirinho.

  5. Crime e castigo

    As duas irmãs – Sabesp e Eletropaulo – precisam perder suas respectivas concessões para operar em SP.

    Se é só no bolso que essa gente pensa, é no bolso que tem que vir o castigo.

     

  6. Em 2013, reformei uma casa

    Em 2013, reformei uma casa que era de  minha falecida avó, para que minha mãe a alugasse e aumentasse um pouco a sua aposentadoria.

    Reforma geral, e precisamos substituir o medidor de força & luz (o “relógio”) por um novo, padronizado de acordo com as Normas da Eletropaulo. Fizemos a nova entrada e solicitei a ligação na agência da Eletropaulo em Santo André, e disseram que em 3 dias fariam a nova ligação. Depois de 10 dias, fui à agência ver porque não foi realizada a ligação. A atendente me disse que foram ao local e a “Dona Virgínia (minha avó) não permitiu que fizessem a ligação”. Olhei para a atendente e disse que a equipe deve ter falado com o fantasma de minha avó, porque ela faleceu em 2005. A atendente ainda reclamou não da cascataiada e presepada da euipe da Eletropaulo, mas reclamou porque eu não havia mudado o nome da pessoa responsável pelo endereço da ligação (O inferno são os outros, já disse Sartre)

    FHC, como bom capacho do capitalismo financeiro, fez um trabalho primoroso, destruindo a infra-estrutura do Brasil, e reduzindo a poeira as perspectivas de crescimento do Brasil ao envenenar a sociedade com individualismo selvagem e feroz

  7. Ou a era da “gestão”?Pelo

    Ou a era da “gestão”?

    Pelo menos foi o que o PSDB prometeu e muitos acreditaram.

    Gestão para privatizar

    Privatização é busca de lucro

    Lucros e serviços essenciais e coletivos não combinam.

    Mataram a política e reclamam.

  8. Prezado

    Prezado Mayaranger

    Relembrando o que escrevi aqui no mês passado:

    Recentemente estive conversando com um colega que trabalha na Eletropaulo ( não vou identifica-lo por razões obvias) e o que ele me disse é estarrecedor.

    1 – Faltam de peças, material de segurança e pessoal especializado em todas as areas

    2 – São obrigados a enterrar 40 km/ano de cabos, não fazem nem 10.

    3 – Todas as chamadas são atendidas fora do prazo, não importando se são pessoas fisicas ou juridicas.

    4 – Resumindo: a percepção é que estão em fase de desmonte geral.

    Quando da privatatização, a Eletrobras foi vendida a preço de banana, criou-se um monopólio, cobrando pela energia um valor considerado o mais alto do mundo, tendo a matriz energética mais barata e limpa.

    São Paulo esta passando por crises por falta de gestão pública, logo, crime de responsabilidade.

    Pergunta 1: Cadê o Governador, ALESP, MPE, MPF, Governo Federal. Não vou perguntar das mídias, também por razões obvias.

    Pergunta 2: Porque a Elektro não atende mais regiões do Estado de SP?

    Abração

     

  9. Falta informação

     

               Nada atinge as empresas aqui em São Paulo. O sistema de informação é formado pra blindar as empresas. Falhas da Eletropaulo são direcionadas para as árvores do Haddad e falhas da Sabesp são direcionadas para São Pedro.O Estado é o retrato do capitalismo sem controle.O governo do PSDB vive dos impostos da população e das empresas. Seria normal que isso acontesse mas aqui é o estado em que o deus mercado mais tem importância. A simples atuação na cobrança das responsabilidades das empresas gera a sensação que o estado está querendo regular as empresas.E essa palavra gera indignação nos tucanos. Mas nem a obrigação de serviços mínimos são respeitados. O melhor lugar para qualquer empresa de serviços se estabelecer é São Paulo, não só pela seu poder econômico e o mercado de consumo, mas principalmente pela certeza que terá ao seu lado um governo conivente e ao mesmo tempo um ministério público cooptado e ausente no cumprimento as suas obrigações. 

  10. O missivista tem razão. Numa

    O missivista tem razão. Numa empresa do porte da Eletropaulo que atende a mais de 6milhões de pessoas torna-se necessário um corpo técnico que conheça a empresa a fundo. Todos os seus meandros e todas as suas fraquezas. Uma concessionária de energia vive dois momentos em todos os anos. A seca e a chuva. A chuva sempre traz alguns transtornos: isoladores já depreciados começam a dar passagem e daí o curto-circuito. As árvores que enfeitam as cidades e nos protegem do sol crescem e com a ventania tocam e até mesmo caem sobre as redes provocando seu desligamento. Mas é no período seco que a empresa ganha este jogo. Na época das chuvas você só empata o prejuízo. No período seco, com as devidas programações de intervenções nos circuitos mais sobrecarregados, mais castigados e mais importantes para a população são feitas obras de MANUTENÇÃO PREVENTIVA. Poda de árvores, automatização das redes tronco com instalação de equipamentos eletronicos, recabeamento das redes urbanas por cabos protegidos (na MT)  e cabos isolados (na BT) que suportam o toque das árvores. Redimensionamento dos troncos de alimentadores e principalmente, treinamento de mão de obra especializada para localização e saneamento de falhas que costumam ser sempre as mesmas.

    Mas para realizar tudo isso é necessário INVESTIMENTO, dinheiro que a ANEEL reconhece apenas uma parte e não o todo! A AES é uma empresa que visa única e exclusivamente o lucro. Nós mineiros podemos dizer com orgulho que o finado Itamar Franco nos fez um grande favor ao defenestrar esta doença do comando da Cemig!!

  11. Se fosse só a eletropaulo.

    Se fosse só a eletropaulo estaria ótimo. Todas,  digamos, quase todas as empresas privatizadas ou entregues a privatizantes do psdb têm a mesma sorte, digo, azar.

    Mas os chamados “economistas” não são ligados ao “humor” do mercado? Mesmo o nassif. Pois é , o mercado adora tais coisas. 

    Em minas a a péssima rita mudim faz comentário econômico(?) baseado totalmente na bolsa de valores. Há anos.

  12. o pior é que esta

    o pior é que esta privatização possibilita o envio desses lucros criminosos

    à matriz norte-americana da empresa que administa tão mal aqui.

  13. Fundos de investimento

    São os acionistas por trás de 90% das corporações. Engoliram tudo graças ao seu enorme poder de capitalização turbinado por esquemas especulativos, arbitragem e carry-trade. Seu pasto são as assimetrias entre juros e cambio mundo afora. Um pasto praticamente inesgotável, quando desregulamentado.

    No Brasil estão engolindo tudo também graças ao tripé, que proporciona juros e cambio ideais para alimentar o esquema. Varejo, universidades, a rede Frango Assado das estradas paulistas…

    Celebramos essa desnacionalização-financeirização como prova da confiança do investidor estrangeiro em nossa economia, ignorando que estamos cavando a cova do nosso balanço de pagamentos com essa liberalidade incondicional. Se ao menos trouxessem tecnologia ou gerassem divisas… Como equilibrar remessas de lucros em dólar se as receitas são em reais?

    A lógica dos fundos é de curto prazo, necessariamente. No mercado em que competem, quem não der retorno de curto prazo é elimindao ou engolido pela concorrencia. Start-ups são apostas de luxo que se permitem para uma fração de seu capital.

     

     

  14. É o que eles querem fazer com

    É o que eles querem fazer com a Petrobrás. O pig fala isso noite e dia. “Eficiência do setor privado” para salvar a Petrobrás do “estado aparelhado pelos companheiros”. Sinceramente, prefiro a Petrobrás com mil Paulos Roberto Costa do que na mão dos tucanos. 

    O país dos tucanos, com a benção do pig: Sem água, sem luz e sem gasolina. Bom pelo menos eu ando de bike. Mas o AA não 

  15. A seca também chegou nos setores da economia privatizados
    1. Não nos esqueçamos que o mundo vive grave e profunda crise econômica e, certamente, devemos pensar que quando PRIVATIZAMOS, PARA ESTRANGEIROS, a condução de negócios, estratégicos, para o Brasil, (telecomunicações, energia etc.) natural que as matrizes, no exterior, orientem as filiais, no Brasil e no resto do mundo, a enxugar custos, no Brasil, para aumento de resultados ou lucros, a serem remetidos, do Brasil para o exterior, com a finalidade de ajudar, financeiramente, a matriz e/ou o pais, em dificuldade, onde está localizada a matriz. 2. Os desinvestimentos, congelamento de investimentos ou redução de investimentos, no Brasil, pelas filiais, brasileiras, por ordem das matrizes, no exterior, nunca apareceram, nos anos seguintes as privatizações, por que não havia a desaceleração, sincronizada, da economia de todos os países do mundo. 3. Assim como, no passado, fizemos reservatórios de hidrelétricas, para durar dois anos, em caso de seca, aos invés de fazê-los para durar 5 anos, para o caso de seca, por questões políticas, ambientais e populacionais, muitas vezes contornáveis, implementamos extensa e profunda política de privatização de áreas estratégicas para o Brasil, no período de chuvas abundantes (situação econômica mundial como céu de brigadeiro), sem ponderarmos os danos que sofreríamos, no caso de ocorrência de seca prolongada (desaceleração sincronizada da economia do mundo, afetando matrizes, no exterior e seus respectivos países de origem, obrigando-os a buscar recursos, no Brasil, ainda que isso signifique perda, abrupta de qualidade ou até mesmo o colapso dos serviços, em prejuizo da economia do Brasil.) 4. A pergunta que não quer calar: o que o Brasil fará diante dessa situação, na Eletropaulo e de outras situações análogas que há estão ocorrendo com empresas do mesmo ou de outros setores da economia?

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