Bolsonaro diz que vai manter “muita coisa” do governo Temer

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Da ABr

Após a reunião que formalizou o governo de transição, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse hoje (7) que “muita coisa” da gestão Michel Temer vai ser mantida, sem citar detalhes. Ele afirmou que “não se pode furtar” do conhecimento de quem passou pela Presidência da República. Bolsonaro agradeceu o encontro e disse que conta com a experiência de Temer para ajudá-lo.

“Se preciso for voltaremos a pedir que ele nos atenda. Porque tem muita coisa que continuará. O Brasil não pode se furtar do conhecimento daqueles que passaram pela presidência”, disse Bolsonaro, que concedeu entrevista ao lado de Temer, no Palácio do Planalto.

Foi o primeiro encontro entre o presidente eleito e o atual, desde a vitória de Bolsonaro, no último dia 28. Da mesma forma, é a primeira vez que ele vem a Brasília desde a eleição. No encontro, Temer entregou simbolicamente a chave do gabinete de transição, que funcionará no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Unidade

Após as declarações de Bolsonaro, Temer ressaltou que está à disposição do presidente eleito para o que ele e sua equipe necessitarem. O presidente da República afirmou que o momento é de unidade. “Vamos todos juntos”.

O presidente afirmou ainda que, se houver projetos de interesse do governo eleito em tramitação no Congresso Nacional, podem ser especificados para que ele e sua equipe tentem, assim, negociar sua prioridade nas votações.

Temer convidou Bolsonaro para que o acompanhe em viagens ao exterior, como a próxima Cúpula do G20 (grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo) será em Buenos Aires, na Argentina, de 30 de novembro a 1º de janeiro, e contará com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Presente

Durante a reunião, Temer deu um livro de presente para Bolsonaro. Nele, há uma compilação dos projetos realizados do seu governo, em seis eixos: Social e Cidadania, Econômico, Infraestrutura, Brasil e o Mundo, Segurança e Defesa Nacional e Ações Regionais. A publicação começa com a frase “O Brasil é hoje um país completamente diferente de dois anos e seis meses atrás”.

Segundo Temer, durante a reunião no Planalto, foi transmitido a Bolsonaro um balanço das ações do governo nos últimos dois anos e meio e o que está programado. O presidente destacou que o programa vai ser “apreciado” pelo sucessor para analisar se deve ser mantido.

Em sua agenda na capital federal, Bolsonaro também conheceu as instalações do CCBB. A visita ocorreu na manhã de hoje. Ele chegou de carro ao local e um helicóptero militar acompanhou o comboio no trajeto.

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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  1. Os presentes de Temer…

    Bolsonaro feliz com os presentes…   E qual o presente que Bolsonaro dará a Temer?  Que presente ele precisa urgente?  Eu já sabia…

    1. #

      “Que presente ele precisa urgente?”

      Um cargo de embaixador na nova embaixada brasileira em Israel, agora em Jerusalem.

      Só pra puxar o saco do Tramp e dos sionistas malditos que massacram palestinos.

       

       

       

  2. Que o povo pague com alegria a “conta” que virá.

    Mas, o “Duce” não o candidato que “tem que mudar isso aí”?

    Não sinto pena do povo brasileiro. Apesar da “barragem” gigantesca de “fake news”, ele foi exaustivamente informado pela horário eleitoral petista de quem se tratava.

    Merecem tudo o que de ruim virá do “Reich” do “coiso”.

  3. Na verdade, Bolsonaro deveria

    Na verdade, Bolsonaro deveria manter o próprio Temer, as diferenças são mínimas. Temer arrombou as portas e o cofre, com a inestimável contribuição do poder judiciário, Bolsonaro dará continuidade ao processo de ruptura social.

  4. MICO!! MICO!! MICO!! MICO!! MICO!!

    Não era o Bolsonazi que dizia que ia “acabar com isso aí”?

    Com a extinção do Ministério do Trabalho e com o anúncio de que isso aí vai permanecer, interrogações luminosas se acendem nas cabeças dos coxinhas que acreditaram com fé religiosa no “mito”.

    Mico!! Mico!! Mico!! Mico!!

     

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