A queda de Paris em junho de 1940

Por Andre Araujo

QUEDA DE PARIS – Em 14 de junho de 1940, os alemães entram em Paris, dando fim a uma etapa do início da Segunda Guerra Mundial. A Batalha da França não foi um passeio como muitos pensam. Mobilizou de cada lado mais de 3 milhões de homens, os alemães tiveram perdas de 153 mil soldados, incluindo 49 mil mortos. Perderam também 1240 aviões e 750 tanques. As perdas francesas foram maiores em todos os itens e além disso os alemães fizeram 1.600.000 prisioneiros.

A campanha da França, que incluía a Bélgica, Luxemburgo, Holanda e Dinamarca (a Noruega foi uma campanha separada), teve o comando geral do General Walter von Brauchtsch, o plano geral de campanha, que tinha elementos do antigo plano Schliefen da Primeira Guerra, foi elaborado por Erick von Manstein, ficando conhecido como Plano Manstein.

O desdobramento político da queda de Paris foi a rendição vexatória e a criação do governo colaboracionista de Vichy, ficando o norte da França, incluindo Paris como zona de ocupação alemã e o Sul, com sede em Vichy como um governo ficcionalmente independente de um Estado francês não ocupado.

A Queda de Paris chocou o mundo dando enorme prestígio ao Terceiro Reich. Foi a terceira vez que a grande cidade caía sob ocupação estrangeira, a primeira com a queda de Napoleão em 1814, a segunda com a derrota da França na guerra franco prussiana de 1879, na Primeira Guerra Paris nunca foi ocupada e na Segunda a cidade ficou sob controle alemão por quatro anos.

Redação

23 Comentários

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  1. Não foi um passeio, foi um

    Não foi um passeio, foi um chocolate. E pior, com hora marcada. Depois disso eu teria vergonha de vestir a farda francesa.

    1.   O que me faz lembrar:

        O que me faz lembrar: depois da derrota de 7 x 1 para os mesmos alemães, muita gente aqui ainda enverga a camisa da seleção brasileira. Como símbolo anticorrupção, ainda por cima.

    2. Foi só rápido!

      Não, não foi bem assim.

      O que chocou é que foi rápido. E esta era a novidade da guerra. A assombração veio daí.

      A França jamais poderia se contrapor a ninguém da Europa. Gostam demais da vida e preferem sempre se curvar. Pra que morrer se podem virar escravos?

      Outros povos pensam diferente…

       

      Daí a importância da ordem de Stalim de declarar traidor quem recuar sem autorização direta do comandante de divisão.

       

      1. A diferença é que o Exército Vermelho recuava.

        A grande diferença é que as ordens de não recuar para o Exército Vermelho só era dada quando não havia outra alternativa, já os alemães as ordens eram sempre de não recuar!

        Só passaram a ofensiva quando a relação de forças era favorável, já o exército alemão passava a ofensiva sempre, mesmo quando era impossível.

        São duas visões bem diferentes.

        Por outro lado os franceses recuavam SEMPRE!

        1. Mais ou menos.
          No início não
          Mais ou menos.
          No início não era assim não.

          Alemães tiveram problemas para recuar quando em seu território Porque queriam fazer uma Leningrado.
          A permissão para recuo chegava sempre uma semana depois.
          E ao tentar recuar já tarde demais, os russos. ..

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          Soviet Storm

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  2. A França, ó França…

    Amanhã, dia 16 de junho, completar-se-ão 200 anos da última vitória militar francesa contra um outro país europeu. Desde Ligny que os franceses assumiram o posto oficial de saco de pancadas do continente. É derrotado aqui, perde ali, estrepa-se acolá. 

    Dos últimos setenta anos então é melhor nem falar… do norte da África ao sudeste da Ásia a única coisa que evoluiu nas forças francesas foi a capacidade da retirada vergonhosa. Escapa daqui, debanda dali, foge de lá… um portento da vergonha armada.

    Se não fossem os anglos-saxões e os eslavos seriam colônia oficial dos boches… pensando bem seria melhor, pelo menos o totó Hollande não precisaria fingir que não é o bichon frisé de frau Merkel.

    1. Les enfants terribles!

      Potassio, potassio, potassio (rindo). Afora Napoleão Bonaparte, desde então os franceses se deram mal mesmo. Eles cantam “alons enfants de la patrie, le jour de gloire est arrivé…”  saem confiantes, pensam que vai ser facil e ai, se estrepam. 

      1. Pegando carona!

        Falando em Napoleão, o local onde ele perdeu a guerra na rússia também foi o  local que decidiu a batalha de Moscou(que não aconteceu).

        Os soviéticos tinham sido derrotados e não conseguiriam organizar a tempo para defender Moscou. A evacuação já havia se iniciado.

        Mas os alemães levaram 4 dias para passar pelo local e perderam muitos tanques. O resto da força alemã ficou esperando a passagem para iniciar a operação.

        Foi o tempo que os russos necessitavam.

        Morreram todos mas conseguiram seu objetivo.

        E tinha um batalhão Francês nesta batalha. Foram dizimados pelos russos, novamente.

  3. guerra franco prussiana de

    1870. Mas é erro de digitação comum trocar 0 e 9…

    Mas acho que Paris foi ocupada em 1815 depois dos “100 dias”, e não em 1814.

    Alias essa ocupação de 1815, depois de Waterloo, teve uma consequência inesperada e muito importante para a vida burguesa: até esta época rico não se alimentava fora de casa. Tinha cozinheiros etc… 

    Os oficiais das forças aliadas, Rússia, Prússia, Áustria, Inglaterra eram todos nobres. Se alojaram como puderam, nas casa de primos nobres, alugaram casas etc.. Mas logo faltaram cozinheiros treinados. E as famílias nobres que fugiram na Revolução e voltavam estavam totalmente quebrados.

    Os únicos “restaurantes” eram botecos de e para pobres, com comida vulgar (para eles nobres).

    Aí alguns donos de imóveis bem situados tiveram a ideia de transformar o térreo em casa para café da manhã, almoços e mais tarde jantares. Assim nasciam os “restaurantes” que fizeram a fama de Paris, e a dos donos desses estabelecimentos burgueses que criaram. Os donos dos botecos para pobres e viajantes tinham péssima reputação: vinhos e cerejas ‘batizados”, comida estragada, e inclusive “boa noite Cinderela” com uma erva “daninha” cujo nome agora esqueci…

  4. The Soviet Storm
    Estou vendo aqui a campanha soviética. Sensacional série de documentários. The Soviet Storm.

    Em Leningrado os tanques saiam da fábrica atirando.
    Tanques ainda em construção já estavam em combate. Os operários terminavam, entravam no tank e já iam para batalha.
    Leningrado foi o que dê pior aconteceu na guerra.

    Os alemães perderam sua campanha ao tentar tomar Moscou. Só ali foram 400mil pro saco.
    Stalingrado heroísmo puro. Kursk onde provaram que não eram inferiores.
    Após não conseguir , deveriam ter mudado Seus objetivos.
    Após derrotas, continuaram tentando avançar.
    Da ofensiva, não sobrou nada.

    Mas à propaganda. …não deixava. Não estavam preparados para perder.
    Ego…

    1. Hitler planejava invadir a

      Hitler planejava invadir a União Soviética há muito tempo. O trigo e o petróleo seriam essenciais para sustentar a máquina de guerra contra a Inglaterra, batalha que duraria muito tempo de qualquer modo.

       

      O problema é que a invasão, programada para meados de maio, só começou no fim de junho. A esse atraso inicial (culpa dos italianos, que se meteram numa enrascada na Grécia) somaram-se  as maiores distâncias entre a Alemanha e a URSS, que criaram problemas lojísticos graves. A precariedade de muitas estradas soviéticas, a resistência difusa e constante também contribuíram para a lentidão no avanço. Resultado: o “tenente outono” chegou com suas chuvas e o ‘general inverno” com seu frio e neve intensos.

      Registre-se ainda que boa parte das tropas não era de alemães (havia muitos noruegueses, por exemplo).

      Assim, tendo de lutar em duas frentes (Ocidental e Oriental), Hitler viu-se em maus lençois.

       

      1. Tudo o que vc disse é
        Tudo o que vc disse é besteira vendida pela.mídia ocidental.

        Veja a história contada pelos russos e depois conclua o que aconteceu.

        Quem não tinha roupa de inverno era só o 6 exército que ficou cercado. E só no início do cerco.

        O inverno veio porque os russos se recusaram a perder.
        Quase perderam Moscou antes do inverno. Atacaram com TUDO que tinham e não levaram.
        Por isso eles perderam.
        Tentando chegar à Moscou foram 400.000 soldados alemães mortos. Isso antes do inverno.
        Simples assim.

  5. Opa…a batalha

    A batalha da frança não envolveu somente o exército francês mas também o exército inglês e ambos foram derrotas feito um sorvete ao sol.

    A única diferença entre os exércitos é que o inglês em debandada foi evacuado por Dunquerque única e exclusivamente por beneplácito de Hitler.

  6. Há o fator geográfico que estão esquecendo.

    Paris fica a menos de 200km da sua fronteira com a Bélgica e 300km da fronteira com a Alemanha, logo quando os Alemães conseguiram vencer os Belgas e Holandeses eles já estavam há 150km de Paris. Porém todos esquecem que a capital francesa está bem ao norte do país, logo que as forças francesas tivessem feito como os russos, recuado, tocado fogo em Paris (pelo menos nas indústrias) e se reordenado a uns 50 km ao sul de sua capital, os alemães abririam duas frentes, contra os ingleses (a RAF) e contra os franceses.

    Porém o que se passou é que a estratégia da terra arrasada que foi empregada na Rússia, não colou com os franceses pois eles achavam que Hitler não ia manter a ocupação por muito tempo.

    O moral do comando francês que não permitiu a resistência e o famoso herói da primeira guerra, Petain, entregou a repadura.

  7. “… tocado fogo em Paris…”

    ?????

    Tá loco, meu?…

    Paris é eterna… quatro anos de ocupação não são nada… nem o general alemão cumpriu as ordens de Hitler para incendiar a cidade.. 

    1. História, o meu! Paris foi refeita depois da Comuna!

      Paris não é eterna coisa nenhuma, ela foi reconstruída entre 1853 e 1870 pelo Barão Haussman o  “artista demolidor”, que para evitar o enfrentamento do povo contra forças militares como na Comuna de Paris e outras revoluções anteriores, Haussman simplesmente abriu os chamados Boulevards para que as tropas pudessem se deslocar rapidamente e atirar com canhões a distância contra os revoltosos.

      Se olhares o que sobrou da Paris anterior a esta época é muito pouco, logo poderiam reconstruir tudo de novo!

  8. A França atacou primeiro

     ……mas recuou logo depois para trás da linha Maginot.

       Em cumprimento ao acordo de cooperação militar Franco – Polonês, em 07/09/1939 a França invadiu a Alemanha ( Ofensiva do Saar ), ocupando 32 kms de território alemão + 7,5 km2 de uma floresta fronteiriça, até 12/09/1939 quando recebeu ordens para recuar para suas posições originais.

        Uma ótima que mostra como estava tão fora da realidade a mente militar francesa, foi a promessa aos poloneses, da transferencia de esquadrões de bombardeiros ( ultrapassados Amiot 143 ), para bases na Polonia – sendo que estes esquadrões teriam que cruzar apenas a Alemanha.

         Paris e a França estavam perdidas desde a “bagunça politica” que se instaurou no  des-governo francês, durante os anos 20 – 30, mais de 10 “governos” , que combinados a cristalização da mente militar francesa*, aos problemas de produção industrial de defesa, os muitos simpatizantes das doutrinas de extrema direita, inclusive em postos de governo, francamente admiradores de AH e BM, derrotaram a França antes das batalhas começarem.

          * “dans le beton ” = A maior parte dos oficiais formados nos anos 20/30 pela Academia de Saint Cyr,os melhores e mais destacados, foram destinados a ficar enclausurados em fortificações, no concreto ( beton ).

  9. la drôle de guerre – “a guerra engraçada”

    na verdade, já não se fazem mais “guerras engraçadas” como antigamente…

    No livro São Luís – Biografia, de Jacques Le Goff, para explicar uma referência do livro a respeito de uma “drôle de croisade” (cruzada engraçada) comandada pelo imperador Frederico II (1194-1250), em 1228… o tradutor criterioso da obra, Marcos de Castro, explica, nas notas de rodapé, a referência do autor Le Goff à chamada “drôle de croisade” do imperador Frederico II, em 1228:

    “”Cruzada engraçada.” O autor faz referência implícita ao apelido pelo qual ficou conhecido o primeiro ano da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), la drôle de guerre, “a guerra engraçada”, por causa da calma que reinava na frente de batalha. A rigor, trata-se dos primeiros 10 meses a partir da declaração de guerra da França e da Inglaterra contra a Alemanha, a 3 de setembro de 1939. Só no início de julho de 1940, quando os alemães atravessaram a Linha Maginot (pela Bélgica), começaram de fato os combates. Até então Paris e toda a França levavam uma vida em tudo e por tudo normal, mas, como havia uma guerra oficialmente declarada, os franceses a chamavam la drôle de guerre. (N. do T.)”.

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