Morre, em São Paulo, ex-prefeito Miguel Colasuonno

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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Do Estadão

Ex-prefeito Miguel Colasuonno morre aos 74 anos em SP

Economista governou a capital durante a ditadura militar; seu corpo foi sepultado neste sábado no Cemitério do Morumbi

O Estado de S. Paulo

O ex-prefeito biônico e ex-presidente da Câmara Municipal de São Paulo Miguel Colasuonno morreu anteontem aos 74 anos. Ele estava internado no Instituto do Coração (Incor), na zona oeste. A causa da morte não foi divulgada.

O sepultamento do corpo ocorreu na tarde deste sábado, 5, no cemitério do Morumbi, na zona sul. Desde março de 2008, Colasuonno era diretor de Administração da Eletrobras. Ele deixa cinco filhos, além da mulher, Marlene.

Colasuonno governou a capital paulista entre 1973 e 1975, durante a ditadura militar, eleito pela Assembleia Legislativa. Na sua gestão, inaugurou a primeira linha de metrô completa da cidade, a atual Linha 1-Azul), em agosto de 1975.

Em seguida, foi coordenador de projetos especiais da Secretaria de Planejamento da Presidência do general Ernesto Geisel, entre 1976 e 1979 e presidente da Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) de 1980 a 1985.

Em 1992, foi eleito vereador paulistano pela primeira vez pelo antigo PPB, hoje PP. E entre 1994 e 1995, presidiu a Câmara Municipal durante a gestão do ex-prefeito Paulo Maluf, hoje deputado federal pelo PP.

Colasuonno se reelegeu em 1997 e foi um dos principais aliados do ex-prefeito Celso Pitta (morto em 2009) no Legislativo paulistano ao lado de Brasil Vita.

Em 2009, ele virou réu ao lado de Maluf e do ex-senador Romeu Tuma (morto em 2010) de uma ação civil pública movida pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento na ocultação de cadáveres de possíveis vítimas da ditadura militar quando foi prefeito de São Paulo. Ele negou.  

 

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

3 Comentários

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  1. Miguel Colasuonno.

    Meus pêsames à família enlutada, porem politicamente falando, ele foi um zero à esquerda, e sempre esteve ao lado dos governantes, desde o tempo da ditadura, quando renegando a formação paulistana que repudiava este tipo de regime, aceitou e compactuou com as torturas, tendo sido acusado com provas, de ter ocultado provas contra vítimas do regime militar, e assim, continuar recebendo as benesses dos governantes.

    Foi aliado e defensor das administrações e “práticas criminosas” do seu padrinho político, Paulo Maluf, e isto, não eleva ninguem a santo, portanto, fora o fato de ter sido um aguerrido vereador que sempre defendeu as “estripulias” do Maluf e do Celso Pitta, nada, absolutamente nada, ele fez, em prol da sociedade paulistana, alem do que é conhecido.

    Certamente não deixará saudades.

  2. Apesar desse currículo morreu

    Apesar desse currículo morreu com uma boquinha boa na Eletrobras dada pelo companheiro…. Afinal pra que serve mesmo a Eletrobras????

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