O investimento das montadoras no Brasil pelos próximos 5 anos deverá chegar a R$ 100 bilhões. A quantia foi anunciada pelo vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, nesta quarta-feira (07).
Alckmin afirmou que se reuniu com o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima, na terça, e recebeu dele a estimativa de investimentos do setor automotivo no país.
“Na reunião que tive com representantes da Anfavea, foi anunciada a expectativa de um total de R$ 100 bilhões nos próximos anos, provavelmente até 2028 ou 2029”, disse.
O “investimento recorde”, como ele mesmo anunciou, será resultado da construção de, pelo menos, mais 4 fábricas no Brasil e também nas indústrias já atuantes de veículos leves a pesados, como ônibus e caminhões, e diferentes motores.
“Já temos fábrica de ônibus elétrico, teremos também duas fábricas de carros elétricos. São duas montadoras: a BYD [empresa chinesa que assumiu o complexo industrial que pertenceu à Ford] em Camaçari [Bahia] e a GWM [Great Wall Motors, também chinesa] em São Paulo. Mas outras virão”, contou, durante uma transmissão da EBC.
Nas últimas semanas, montadoras anunciaram investimentos bilionários no país. A Volkswagen afirmou um investimento de R$ 7 bilhões entre 2022 e 2026 e anunciou, na última semana, mais R$ 9 bilhões entre 2026 e 2028.
A Chevrolet também havia anunciado R$ 7 bilhões até 2028, a Nissan outros R$ 2,8 bilhões entre 2023 e 2025 e a Renault outros R$ 2 bilhões. No total, os investimentos das montadoras superarariam os R$ 20 bilhões no Brasil.
Com a declaração de Alckmin, contudo, os valores serão ainda superiores em 5 anos.
O ministro destacou que a chegada dos investimentos ocorreram após a aprovação de políticas públicas do governo, desde o incentivo à eletrificação, a taxação de carros elétricos importados e o anúncio da Reforma Tribunária.
Segundo Alckmin, mais “duas boas notícias” vão incentivar a venda de automóveis: “A primeira é a queda da Selic [taxa básica de juros], que deve se manter. A outra é o Marco de Garantia, aprovado pelo Congresso Nacional. Se vende um carro e a pessoa não paga, agora com o Marco pode-se pegar o carro de volta.”
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