O bom resultado da economia de 2023, o anúncio da Reforma Tribunária, o retorno da taxação de carros elétricos importados e outros programas de governo contribuíram para a entrada de investimentos bilionários de montadoras no Brasil.
Os tais programas de governo, somados aos bons índices econômicos de 2023, compõem o cenário para a segurança de investimentos no setor.
Foi o que indicou o próprio CEO da Volkswagen no Brasil, Ciro Possobom, quando disse à colunista Paula Gama, do Uol, que “investimentos sempre acontecem, mas o cenário define o tamanho”. A Volkswagen investirá R$ 7 bilhões entre 2022 e 2026 e anunciou, na última semana, mais R$ 9 bilhões entre 2026 e 2028.
A Chevrolet também havia anunciado R$ 7 bilhões até 2028, a Nissan outros R$ 2,8 bilhões entre 2023 e 2025 e a Renault outros R$ 2 bilhões. No total, os investimentos das montadoras superarão os R$ 20 bilhões no Brasil. Leia sobre:
O “cenário” informado pela Volkswagen também envolve o incentivo à eletrificação, uma oportunidade dada a partir da taxação dos carros elétricos importados, ainda em meio ao avanço das montadoras chinesas que chegaram ao país recentemente, como a BYD e GWM.
“A taxação dos carros eletrificados importados influencia totalmente na decisão. Caso contrário, era mais simples trazer carros de outros países”, disse Possobom à reportagem do Uol. Segundo o CEO da montadora, a decisão do governo Lula foi “acertada” e “incentiva o investimento no país”.
Ao mesmo tempo, outro programa criado, o Mover, de incentivo à Mobilidade Sustentável, também atrai o setor. Isso porque montadoras como a Volkswagen apostam na produção de carros híbridos.
Ainda que sem tratar diretamente das montadoras, o anúncio da Nova Indústria Brasil (NIB) pelo governo foi um aceno forte também para as fábricas e investimentos.
Durante o anúncio da primeira fase de investimentos, os executivos da Chevrolet afirmaram que a montadora quer “trabalhar em conjunto com o poder público para reindustrializar o Brasil e crescer no mercado”.
“Estamos vislumbrando um cenário de segurança jurídica, com o anúncio do Mover, o comportamento da taxa de juros, bolsa, etc”, resumiu o vice-presidente da Relações Governamentais da Chevrolet.
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