Britânicos ‘precisam aceitar’ piora de vida, diz BoE

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Após disparada da inflação, economista-chefe afirma que os trabalhadores precisam arcar com as suas parcelas de custos

Sede do Banco da Inglaterra. Foto: Wikipedia

O povo britânico precisa aceitar que é mais pobre ao invés de tentar recuperar o padrão de vida após a disparada da inflação, disse o economista-chefe do Banco da Inglaterra, Huw Pill.

Em entrevista ao podcast Beyond Unprecedent, Pill afirmou que “alguém precisa aceitar que está pior (de vida) e parar de tentar manter seu poder de compra real aumentando os preços, seja salários mais altos ou repassando os custos de energia para os clientes”.

Segundo reportagem da Bloomberg, as falas do economista-chefe do BoE foram mais diretas ao afirmar que os trabalhadores devem arcar com mais responsabilidades – o que o coloca em linha direta contra os funcionários do setor público por conta de sua decisão de restringir salários.

A mesma situação foi vivenciada por Andrew Bailey, governador do Banco da Inglaterra, que chegou a ser repreendido por sindicalistas por pedir moderação em suas demandas e que o aumento dos preços “nos deixou mais pobres como país”.

Um mercado de trabalho mais restrito e forte poder de precificação das empresas significa que as empresas podem repassar os custos em preços mais altos, e os trabalhadores podem exigir aumentos salariais, alimentando a inflação.

Leia Também

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

2 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. “Não existe crise econômica tão profunda da qual o capitalismo não possa recuperar-se, uma vez garantido que a classe trabalhadora pague o preço do desemprego, deterioração dos padrões de vida e das condições de trabalho. Se uma crise irá levar a “um estágio mais elevado de produção social” dependerá da consciência e da ação da classe trabalhadora”. – CALLINICOS, Alex. Introdução ao Capital de Karl Marx.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador