Doenças devem matar mais do que os bombardeios em Gaza, alerta OMS

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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No início de novembro, foi registrado um aumento de 100% nos casos infecções em pessoas com cinco anos ou mais em Gaza

Reprodução: X/Twitter

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou, nesta terça-feira (28), que casos de doenças infecciosas devem matar mais do que os bombardeios na Faixa de Gaza, caso o sistema de saúde não for reestabelecido. A informação é da Reuters.

Eventualmente veremos mais pessoas morrendo de doenças do que de bombardeios se não formos capazes de reconstruir este sistema de saúde”, disse Margaret Harris, epidemiologista da OMS, em uma coletiva de imprensa da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra.

Harris chamou atenção para o aumento acelerado de doenças infecciosas e diarreia em bebês e crianças, em decorrência da falta de água potável, energia e suprimentos básicos no enclave palestino. No início de novembro, foi registrado um aumento de 100% nos casos infecções em pessoas com cinco anos ou mais.

(Não há) medicamentos, não há atividades de vacinação, não há acesso a água potável e higiene e não há alimentos (…) Há necessidades urgentes de saúde, porque as pessoas estão morrendo de fome e estão amontoados”, disse ela.

Desde o início do conflito, três quartos dos hospitais fecharam totalmente em Gaza, devido a bombardeamentos ou falta de combustível, ressaltou Harris. Ela também descreveu o colapso do Hospital Al Shifa, no norte de Gaza, como uma “tragédia” e expressou preocupação com prisão de médico pelas forças de Israel. 

Em números considerados confiáveis ​​pela ONU, as autoridades de saúde de Gaza afirmam que mais de 15 mil pessoas foram mortas no território desde 7 de outubro, quando começou a guerra. Desse número, cerca de 40% são crianças.

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