G7 pede moderação, mas defenderá Israel se o conflito com o Irã escalar

Grupo informa que está trabalhando pelo cessar-fogo em Gaza, o que poderia evitar a escalada do conflito no Oriente Médio

Crédito: Getty Images

O G7, grupo composto pelas principais economias do Ocidente, condenou o ataque de drones do Irã contra Israel realizado na noite de sábado (12). A organização também pediu moderação de todas as partes, a fim de evitar a escalada do conflito no Oriente Médio e deve auxiliar a defesa de Israel caso o conflito se intensifique. 

“Expressamos a nossa total solidariedade e apoio a Israel e ao seu povo e reafirmamos o nosso compromisso com a sua segurança. Com as suas ações, o Irão avançou ainda mais no sentido da desestabilização da região e corre o risco de provocar uma escalada regional incontrolável. Isto deve ser evitado. Continuaremos a trabalhar para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada. Neste espírito, exigimos que o Irã e os seus representantes cessem os seus ataques, e estamos prontos para tomar novas medidas agora e em resposta a novas iniciativas desestabilizadoras”, informou o grupo em nota.

O grupo se comprometeu ainda com a ajuda humanitária em Gaza, além de trabalhar pelo cessar-fogo imediato e sustentável. A resolução da guerra entre Israel e Hamas, além de libertar reféns, poderia ajudar a apaziguar os ânimos no Irã, na avaliação do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. 

Estados Unidos

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, condenou os ataques do Irã contra instalações militares em Israel e reafirmou o apoio ‘ferrenho’ de Washington.

“Eu disse a ele [o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu] que Israel demonstrou uma capacidade notável de se defender e derrotar até mesmo ataques sem precedentes – enviando uma mensagem clara aos seus inimigos de que eles não podem ameaçar efetivamente a segurança de Israel”, disse Biden, citando a Casa Branca. 

O Irã lançou drones explosivos e disparou mísseis contra Israel na noite de sábado, em um primeiro ataque direto ao território israelense, uma forma de retaliação que aumentou a ameaça de um conflito regional mais amplo.

Os drones e mísseis foram uma resposta ao ataque de Israel ao complexo da embaixada do Irã na semana passada em Damasco, que matou um comandante sênior da Força Quds no exterior do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana e seis outros oficiais.

Em meio às tensões, a mídia dos EUA informou que Biden está tentando diminuir a escalada e, conforme disse James Bays, da Al Jazeera, há ‘uma grande pressão sobre Israel para mostrar moderação’.

Além da Itália, atualmente presidente do G7, fazem parte do grupo também EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Japão.

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Camila Bezerra

Jornalista

5 Comentários

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  1. Como diria a Hebe: “Não é uma gracinha” essa… esse esquemão ocidental?
    Tudo por uma guerra. Especialmente se na casa dos outros.

  2. A verdade é que o Irã demonstrou ao mundo que não é um cachorro morto. Qualquer país que confrontar militarmente os iranianos terá que gastar rios de dinheiro e mesmo assim não ficará impune. A capacidade do Irã de retaliar qualquer ataque militar é um fato que não pode mais ser subestimado nem por Israel nem pelos EUA nem pela Europa. Ninguém pode mais acreditar que conseguirá exercer direitos coloniais no território iraniano. Se os psicopatas israelenses não agirem com respeito e cuidado, Tel Aviv pode ser reduzida a escombros como Gaza. Não é isso que Teerã deseja fazer, mas é algo que será feito se for necessário.

  3. O Irã mostrou ao Mundo o que é ” dissuasão ” , ao pé da letra.
    Cultura e Educação Persa , deu o tapa na cara do Sionismo .
    Mostrou com seus ataques calculados , que pode ir muito além
    do que mostrou . Foram ataques estratégicos , que deixaram o
    Ocidente boquiaberto.
    Não atingiu nenhuma residência ou cívis , apenas alvos militares
    e mesmo ai , não infligiu danos de monta nas instalações , mas
    deixou o aviso claro , de que pode ir muito além .
    Ao que parece os EUA e parte do Ocidente entenderam o recado ,
    deixando Israel isolado na ONU !!!

  4. Eu imagino que o carcomido G7 deve estar adorando a possibilidade de uma nova e terrível guerra. Talvez, ela venha ser uma espécie de salvação da lavoura, para um fanático clube das guerras. Mais uma vez, tratam da guerra como uma grande prioridade para ganhos políticos, financeiros e territoriais, enquanto fecham os olhos e desprezam, mais outra vez, as vidas de milhares de jovens pelo mundo, que são doutrinados para matar supostos inimigos que não conhecem e que nada lhes fizeram.
    Assim, com muita malícia e malignidade os fazem contribuirem para o sucesso político/militar/estratégicos desses “senhores das guerras”.

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