
O exército de Israel utilizou uma base de dados alimentada por inteligência artificial para bombardear a região da Faixa de Gaza.
Tal informação não tinha vindo a público antes, mas fontes da inteligência militar afirmam que o sistema chegou a identificar 37 mil alvos potenciais a partir de suas aparentes ligações com o grupo extremista Hamas.
Ouvidos pelo jornal britânico The Guardian, os israelenses dizem que o sistema de inteligência artificial, chamado Lavender, permitiu que muitos civis palestinos fossem mortos, principalmente durante as primeiras semanas do confronto.
De acordo com a publicação, esse testemunho “invulgarmente sincero proporcional um raro vislumbre das experiências em primeira mão dos funcionários dos serviços secretos israelitas, que têm utilizado sistemas de aprendizagem automática para ajudar a identificar alvos durante a guerra de seis meses”.
O uso de inteligência artificial se tornou um território desconhecido em termos de tecnologia de guerra, levantando diversas questões morais e legais e transformando a relação entre máquinas e as forças militares.
“Isso é incomparável, na minha memória”, disse um oficial de inteligência que usou Lavender, acrescentando que eles tinham mais fé em um “mecanismo estatístico” do que em um soldado enlutado. “Todos lá, inclusive eu, perderam pessoas no dia 7 de outubro. A máquina fez isso com frieza. E isso tornou tudo mais fácil.”
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