Os problemas jurídicos de Trump e as eleições nos EUA

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Analistas dizem que decisões em julgamentos envolvendo o ex-presidente vão nortear o país “enquanto for uma república”

Foto: Divulgação via fotospublicas.com

Os diversos problemas jurídicos enfrentados pelo ex-presidente Donald Trump tendem a se aprofundar conforme ele aumenta seu controle sobre a nomeação do Partido Republicano para a disputa à Presidência dos EUA no final deste ano.

Enquanto diversos casos estão se aproximando da reta final na Justiça Civil, existem sinal crescentes de que sua estratégia para adiar a responsabilização total pelos atos até depois das ações “pode funcionar em diversas frentes”, segundo análise da CNN.

Em meio a esse empurra-empurra, juízes e magistrados tentam lutar com as consequências das tentativas de Trump de usar as barreiras de proteção do sistema político ao máximo – “os precedentes gerados irão ecoar enquanto a América for uma república”, diz a publicação.

Entre os diversos julgamentos nos quais Trump está envolvido, está a decisão da Suprema Corte do Colorado de retirar o nome do ex-presidente republicano da votação por conta dos ataques cometidos por seus apoiadores em janeiro de 2021.

O ex-presidente também aguarda decisão de julgamento de fraude civil em Nova York contra ele, seus filhos e a Trump Organization, com foco em quanto ele deverá pagar por ganhos ilícitos e se ele será impedido de fazer negócios em Nova York – um eventual pagamento de centenas de milhões de dólares não só afetaria as reservas de caixa como a própria riqueza do republicano.

Entre os julgamentos criminais que Trump vai enfrentar, o primeiro pode ser devido a uma suposta tentativa de enganar os eleitores em 2016 por conta de um pagamento realizado à atriz Stormy Daniels, considerada por especialistas “a menos grave das ameaças enfrentadas”.

Trump também está envolvido com um caso de extorsão na Geórgia, alegando que ele tentou roubar as eleições de 2020, além da obstrução de entrada dos policiais em seu resort em Mar-a-Lago e o mau uso de documentos confidenciais armazenados no local, em julgamento nominalmente marcado para maio.

Defesa da democracia

Analistas dizem que a magnitude de casos simultâneos enfrentados por Trump “é excepcional para qualquer réu criminal”, e o fato de estar próximas do mais provável candidato republicano à Presidência dos EUA tornam esse momento especialmente perigoso.

“Dado o turbilhão de controvérsias que sempre assolam o ex-presidente e o ritmo diário e gradual dos processos judiciais, muitas vezes é fácil ignorar a surpreendente realidade do mundo e as implicações para as eleições e além delas”, ressalta a CNN.

Um ponto comum entre todos os confrontos judiciais e Trump engloba especificamente a conduta e comportamento do ex-presidente: a relutância em se submeter a todas as regras comuns a outros norte-americanos, como foi possível verificar no desprezo com que trata os tribunais e seus funcionários.

A volta de Trump às disputas políticas após seu ataque às eleições de 2020 para tentar seguir no poder levou o presidente Joe Biden a ancorar sua campanha de reeleição em uma luta a favor da democracia, como tem enfatizado em seus eventos com eleitores.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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