WALL STREET, SEU DINHEIRO NUNCA DORME.

:: Pelo menos por algumas semanas, a “Primavera Americana” virou moda em Nova York. Centenas, às vezes milhares de pessoas protestando contra o sistema financeiro que as deixou sem emprego, sem casa ou sem futuro. Porém, o movimento já está sendo politicamente sequestrado e nem sabe quem são seus verdadeiros inimigos.


A resposta violenta da NYPD nada mais foi do que o que eles tem treinado há algum tempo para fazer pela maior agência de inteligência do mundo. Silenciosamente, a polícia do país, especialmente de grandes centros, tem sido equipadas e treinadas para este tipo de situação. Vigilância e contenção. Por isso possui uma força-tarefa que cuida somente de avaliar, espionar e infiltrar movimentos de protestos sociais e identificar os seus líderes. Cedo ou tarde, os americanos também irão discutir a H.R. 645. ou The National Emergency Centers Establishment Act. Em termos práticos, o governo americano está preparando centros de dentenção já antecipando qualquer tipo de proto-revolução que possa (irá?) ocorrer. A lei está apenas em discussão mas os campos já estão sendo preparados para entrar em ação.  Até o candidato Ron Paul já andou falando: 

“They’re setting the stage for violence in this country”

Talvez seja por isso que ela anda tão armada que até equipamento anti-aéreo tem.
Não é como se fosse a primeira vez, né?


Mas qual seria o principal interesse da Agência Central de Inteligência nisso? Bom, é difícil saber quando a CIA (e outros serviços de inteligência, grupos terroristas, milícias armadas) nunca estiveram envolvidas no tráfico e lavagem de dinheiro. No caso dos americanos, é coisa da década de 70. Como já mencionei,  vez em quando é pega com as calças arreadas e na cama com traficantes e toneladas de drogas na bagagem.

Como segundo as leis americanas certas instituições bancárias que cuidam dos negócios de certas empresas ou governamentais (como o 16 serviços de inteligência americanos) não precisam detalhar suas transações em Wall Street o ambiente é propício para a lavagem de dinheiro do tráfico. Parece um negócio tão lucrativo que até mesmo Richard Grasso, em 1999 chefe da NYSE, também conhecida por New York Stock Exchange, resolveu buscar mais investidores mundo afora. De alguma forma, ele foi parar no meio da selva colombiana encontrar o líder das FARC Raul Reyes e – ao invés de apelar para que ele parasse de vender drogas, porque faz mal à saúde – pediu para que os guerrilheiros diversificassem seu portifólio e investissem seu lucro em Wall Street. Como você pode ver abaixo, o negócio foi selado com um caloroso abraço entre amigos.


Então, se você realmente quer ser um manda-chuva numa agência de inteligência estrangeira, deixe de lado um pouco o treinamento em armas, artes marciais e gadgets bacanas. Faça como quase todos os grandes espiões-chefes americanos – vá estudar Direito e Economia. Porque Wall Street é a CIA. E a CIA é Wall Street.

Claro, eu posso estar exagerando. Ou não?

:: Clark Clifford… procure sobre ele. Escreveu o “The National Security Act”. No First American Bank, conseguiu a licença para BCCI (oh, o banco vital para as operações da CIA na Ásia Menor e que lavou dinheiro a rodo nos 80′s) operar nos EUA. Aliás, não só era um front da CIA como foi fundado por paquistaneses. Profissão? Advogado e Banqueiro de Wall Street.

:: John Foster Dulles e Allen Dulles … praticamente criaram a CIA para o supracitado Clifford. Foram dois espiões-mestres fodaços desde a OSS. Dulles foi demitido pelo JFK desde aquele pequeno problema na Baía dos Porcos. Depois que JFK morreu, ele assumiu a Comissão Warren, que investigou sua morte. Precisa dizer mais? Ah, sim, precisa…. profissões? Sócios da melhor firma de advogados de Wall Street – Sullivan And Cromwell. A mesma firma que cuidava dos interesses da ENRON.

:: Bill Casey … Diretor da CIA nos tempos do Reagan. Envolvido diretamente naquele rolo conhecido como Irã-Contras (lembram? Lavagem de dinheiro das drogas e compra de armas?). Fora sua ligação com um escândalo de lavagem de drogas pela BBRDW (Bishop, Baldwin, Rewald, Dillingham, and Wong) no Hawaii. À época de Nixon, chairman da Secuties Exchange Commission. Profissão? Advogado e Stock trader de Wall Street.

:: Stanley Sporkin … braço-direito do Casey na CIA. Adivinhem? Processado por fraude, contato de Oliver North no Caso Irã-Contras. O que ele fez após largar a CIA? Se uniu a uma firma de advocacia em Wall Street. Só pra se envolver em DIVERSOS casos de lavagem de drogas de seus clientes.

:: David Doherty… sucedeu Sporkin como Conselheiro-Geral na CIA. O que ele fez depois? Virou Vice-Presidente da NYSE. E se você leu sobre a NYSE acima, well…

:: A.B Krongard… entrou pra CIA em 1998. O que ele fazia nas horas vagas? Era CEO da Alex Brown, banco de investimentos de Wall Street. Amigo pessoal de George Tenet (Chefão da CIA à época do 11 de Setembro). Não vou nem mencionar processos por possível lavagem de dinheiro das drogas que o “A.B. Brown” tem… melhor é comentar sobre as “Put Options” do 11 de Setembro que foram negociadas através da nova A.B. Brown… sim, aquelas ações que na semana do 11 de Setembro APOSTARAM que American Airlines e United iriam sofrer uma absurda queda sem motivo aparente, só porque a A.B. Brown was feeling lucky. Aparentemente, alguém sabia que as ações iam cair. Seja quem for, nunca foi mostrar a cara lá depois que isso veio á tona.

:: John Deutch … uh, esse então… saiu de uma cadeira de Diretor da CIA direto para uma de Diretor do CITIGROUP, onde aproveitou a viagem e anexou o Banco Mexicano que lava dinheiro da DrogasBANAMEX – em 2001.

Pode ser apenas impressão, mas estou começando a ver um padrão aqui.

Ou, claro, é apenas mais uma teoria de conspiração. Mas algo me diz que a coisa já virou bagunça quando os responsáveis nem precisam nem mais esconder hoje em dia, deixando a vergonha pros soldados. Ou seja, se quiser entrar pra CIA mas acha que Direito ou Finanças não combina com você, ainda há chance – Agronomia.

Redação

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