Ministério Público denuncia Pizzolato por falsidade ideológica

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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Da Agência Brasil

Por André Richter

O Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina denunciou o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato pelo crime de falsidade ideológica. Segundo o órgão, Pizzolato falsificou documentos para tirar um passaporte em nome do irmão, Celso, morto em 1978 em um acidente de carro. Com o passaporte, ele conseguiu passar pela Argentina e Espanha, antes de chegar à Itália. 

Pizzolato foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 12 anos e sete meses de prisão por lavagem de dinheiro e peculato na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Ele fugiu para a Itália em setembro do ano passado, antes do fim do julgamento no STF, mas  foi preso em fevereiro em Maranello.

“Com isso [a condenação no Brasil], o acusado decidiu que era chegada a hora de utilizar a documentação que arrecadou ao longo dos anos, deixou o território nacional e, como Celso Pizzolato, às 10h17 do dia 11 de setembro encontrava-se no território da vizinha República Argentina, passando por procedimentos de imigração também nesse país, e de onde, no dia seguinte embarcaria, sempre como Celso, e sempre conseguindo ludibriar os órgãos de controle, em voo para o Reino da Espanha, sendo que depois chegaria à Itália, onde somente foi descoberto, na cidade de Maranello, no dia 5 de fevereiro de 2014, após intensa investigação feita por cooperação internacional de polícias”, relata o MPF.

Preso, Pizzolato foi a julgamento, mas a Corte de Apelação de Bolonha, na Itália, rejeitou o pedido de extradição para o Brasil. ele foi solto na semana passada. A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai recorrer da decisão que rejeitou a extradição de Pizzolato. 

 

Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

8 Comentários

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  1. E os mais de 300 mil que

    E os mais de 300 mil que Pizzolato confirmou que recebeu de Marcos Valério e que segundo ele, “deve” ter sido entregue ao PT..???

     Ou Pizzolato é um tremendo cara de pau ou então é um sério candidato à canonização.

  2. Afinal! Culpado ou inocente?

    Que a condenação de Pizzolato na ação penal 470 foi forjada pelo Joaquim Barbosa, eu não tenho a menor dúvida. Agora o que eu gostaria de saber, já que pouco sei sobre sua atuação no banco, é se ele se meteu em algum outro  tipo de maracatuaia durante seu período no Banco, que tenha lhe causado enriquecimento ilícito? Seu patrimonio atual é incompatível com o salário de um Diretor do BB?

    1. Algumas matérias anteciparam

      Algumas matérias anteciparam investigações como se fosse fatos apurados. O patrimônio de Pizzolato é compatível com uma pessoa nascida em família de agricultores do Paraná, que herda alguns imóveis, que tem 2 graduação, uma aposentadoria e ao tempo em que era diretor também fazia parte de um conselho de outra estatal. Segundo reportagem da Retratos do Brasil os vencimentos somados (aposentoria, diretor e conselheiro) atingia 70mil mensais na época que os fatos se passaram.

  3. Pizzolato na Itália

    Eu achei que ele ficou preso na Itália por uso de documentos falsos, na verdade…. o resto foi consequência; que é o mesmo que aconteceu com o Battisti no Brasil.

    Estou enganada?

  4. Cometer falsidade ideológica

    Cometer falsidade ideológica é até agora é o único crime comprovado de Pizolatto, um recurso extremo para buscar em outra terra o seu segundo grau de recurso em um processo montado para produzir condenações.

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