Moro é alvo do PCC por impedir visita íntima em presídios enquanto era ministro, diz promotor

Patricia Faermann
Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.
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A informação foi divulgada pelo promotor de Justiça, Lincoln Gakiya, que era a principal mira do PCC.

Sergio Moro fala na tribuna com uma bandeira do Brasil ao lado
Sergio Moro. Foto: Divulgação/Ministério da Justiça

Sergio Moro seria alvo do PCC por proibir a visita íntima a detentos do sistema penitenciário federal, enquanto era ministro da Justiça de Jair Bolsonaro.

A informação foi divulgada pelo promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Lincoln Gakiya, em entrevista ao canal BandNews.

O promotor, que integra o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), era o principal alvo das ameaças de morte pelo PCC. Foi ele quem pediu a transferência do líder do PCC, Marcola, para um presídio federal, em 2018.

O Primeiro Comando da Capital teria orquestrado, então, um plano de retaliação, envolvendo diversas autoridades públicas e servidores. Gakiya relatou que “desde 2018” convive “com esse tipo de plano para me matar”. Ele recebe escolta policial há 5 anos.

Moro teria sido uma das autoridades listadas porque, segundo o promotor, ele foi um dos que “causaram algum tipo de descontentamento” no PCC. Sergio Moro, conforme já divulgado pelo senador e colega de Moro, Rogério Marinho (PL), sabia que ele era um dos alvos há mais de um mês e já andava com escolta policial reforçada desde então.

Ainda de acordo com o promotor, a Operação deflagrada hoje ocorreu após o Gaeco identificar o plano do PCC e prender o grupo, em investigação conjunta da Polícia Federal, do Ministério Público de São Paulo, da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Administração Penitenciária e o Departamento Penitenciário Nacional.

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Patricia Faermann

Jornalista, pós-graduada em Estudos Internacionais pela Universidade do Chile, repórter de Política, Justiça e América Latina do GGN há 10 anos.

1 Comentário

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  1. Ué, só agora deu tesão nos bandidos? Quanto tempo não faz que o moro foi ministro? Se esse fosse o motivo alegado pelo PCC eles já teriam agido. Há que se ligar o bip alerta com essa história.

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