Por Gustavo Martins
Gostaria de divulgar e pedir a atenção de todos para o caso Martins de Sá em Paraty. Segue texto abaixo copiado e colado da petição para que mais um caso de especulação imobiliária vença sobre nossa sociobiodiversidade. Querem acabar com um dos paraísos que ainda existem no Brasil. A audiência que era pra ser feita ontem, dia 05/06 foi adiada para o dia 12/06 por problemas de saúde do advogado da família que busca comprar a praia para construir um resort particular.
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Na próxima terça 05 de junho de 2012, DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, às 13 horas, a luta dos POVOS TRADICIONAIS pelos seus TERRITÓRIOS travará uma de suas mais importantes batalhas.
Solicitamos que os Desembargadores (Celso Ferreira Filho e Ricardo Rodrigues Cardozo) reconheçam o direito de permanência do Seu Maneco e família em Martins de Sá!! Já reconhecido em primeira instância!
Após 14 anos de luta judicial, será julgado pelo Tribunal de Justiça do Rio o direito de uma família caiçara permanecer na Praia de Martins de Sá, na Reserva Ecológica da Juatinga, em Paraty.
Primeira Reserva Ecológica do Brasil criada para a proteção cultural e ambiental, hoje os pescadores caiçaras que nela resistiram se veem seriamente ameaçados pela especulação imobiliária.
Não podemos permitir a expulsão dos únicos responsáveis pela preservação desse lugar paradisíaco, representantes do patrimônio cultural imaterial brasileiro, protegidos pela Constituição da República, acordos internacionais e leis estaduais e federais.
De um lado uma família rica proprietária de terras, do outro uma família caiçara nascida e criada no lugar, que vive há pelo menos 6 gerações sendo 4 delas vivas.
Divulguem e compareçam no dia do julgamento para uma manifestação de Paz, uma antecipação da Cúpula dos Povos da Rio + 20.
Pedimos que os Desembargadores NÃO nos deem mais um motivo de vergonha na Rio + 20.
E os convidamos a entrar para a história, fazendo prevalecer princípios éticos, morais, ambientais, culturais e sociais na tomada de uma decisão dessa importância, apesar de tão cruel desigualdade – de poder e econômico – entre as partes.
Pedimos, principalmente, que nos deem uma esperança de que ainda há Justiça nesse país.
E acima de tudo, vamos lembrá-los que tem muita gente prestando atenção nesta decisão.
Respeito à sociobiodiversidade brasileira!
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